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Hallie

Terminei de dobrar o último casaco que achei necessário para aquela viagem, e o empurrar para dentro da mala quando Ares saiu do closet. Eu estagnei, sem reação, o vendo apertar um colete a prova de balas antes de colocar sua camisa. Meus olhos subiram lentamente para seu rosto quando meu marido finalmente me encarou de volta.

— Não disse que esse trabalho precisaria disso.

— Apenas um cuidado. _ Ares maneou a cabeça, mantendo seu semblante lívido de emoções.

— Ares, isso é realmente necessário? Você é o chefe. _ neguei mais para mim do que para ele. A ideia de meu marido ferido foi demais para meu pobre coração que já tinha vivido surpresas demais por um único dia. _ Por favor, não vá!

Ele se aproximou com aquela graciosidade, ainda sem se dar o trabalho de colocar uma camisa. E pelos céus, ele não sabia o quão sexy ficava só com aquele colete. Seus dedos cercaram meu queixo como se eu fosse uma rosa em suas mãos, seus olhos encararam os meus com profundidade. E eu quis me agarrar àquele homem.

— Eu preciso ir, Hallie. Você se lembra do Franklin, certo? Ele está impaciente com os capachos dos Hamptons invadindo o território dele.

— Isso deveria ser problema dele! _ grunhi, apertando o cenho. _ Você vai ficar em casa! Ligue para ele, e diga que sua esposa o proibiu de ir! E aí de sua pele se desobedecer.

— Por mais que eu adore ser o capacho de minha esposa, não posso me dar o luxo de desfazer alianças e ganhar novos inimigos. Não por causa dos caprichos, compreensíveis, de minha adorável esposa. Mas estou tão impaciente com os Hamptons quanto eles. Eles ainda vão pagar caro pelo que fizeram com você! Eu não me esqueci! E não vou me esquecer! Não há perdão ou negociação.

Suspirei, sua boca roçou na minha junto do ar da tentação e da aflição. Ares se afastou, passando os braços pelas mangas da camisa branca e começando a fechar os botões.

— Então me leve junto!

— De forma alguma, docinho!

— Então você não vai e pronto!_ grunhi, fechando minha mala com brutalidade. Bom, se ele podia fazer todo aquele drama sobre me colocar em perigo, eu podia devolver na mesma moeda.

O som do zíper da mala ecoou pelo quarto, e Ares nem mesmo se moveu. Seus olhos correram em mim, e eu sabia a intenção por trás daquele olhar, mas ignorei completamente. Por mais que adorasse a ideia de Ares me colocando contra minha mala... Não era hora agora. Não quando ele tinha que correr. E eu sabia muito bem o que aconteceria se o provocasse. Ares com certeza ia me fazer perder a viagem amanhã. Provavelmente eu estaria amarrada a cama e ele caçoando de mim por minha ousadia.

— Eu não vou para a linha de fogo, Hallie!

— Eu não vou ficar aqui, e apenas acreditar nisso!

— Eu estou dizendo, vou ficar seguro e longe da briga. Provavelmente irei para a casa de Franklin Gambino, enquanto os outros limpam o território.

— E o que me garante que você não vai se esconder na casa de uma garota por aí?_ resmunguei e Ares gargalhou. Ele balançou a cabeça em negação, juntando meu corpo ao seu em um puxão firme.

— Eu amo isso em você.

— Os meus pensamentos apurados?

— O único lugar que me esconderia com uma garota, é se ela fosse você... E eu correria para casa!

— Eu vou fingir que acredito nisso. _ murmurei e o telefone de Ares tocou, mas nem sequer prestou atenção nele. Ares retirou uma mecha de meu cabelo de meu rosto com carinho, mapeando cada detalhe de meu rosto com ternura indescritível.

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora