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   Troquei minhas roupas por um pijama de seda, a calça era nude e a parte de cima de renda com seda preta. Desci para a cozinha, enchendo o copo com água para levar ao quarto e ouvi a porta de entrada se fechando. Me aproximei curiosa e Ares pareceu surpreso ao me encontrar acordada.

— Ainda acordada?

— Não é tão tarde quanto está pensando._ comentei e ele conferiu as horas.

— Realmente. Estive tão concentrado que achei que seria tarde, mas ainda não passa das onze.

— Você comeu? Acho que deixaram seu prato separado.

— Me faria companhia? Me sinto desanimado para comer sozinho. _ ele comentou tirando o blazer e o dobrando sobre o braço, e me peguei reparando no modo em que o tecido da sua camisa social branca se assentava em seu peitoral e braços fortes.

— Ainda deve estar quente, mas se quiser posso esquentar.

— Não se preocupe com isso. Você estava indo para cama, se não quiser ficar vou entender.

Balancei a cabeça em negativa tranquila, com um sorriso sutil e estreito em meu rosto

— Estou um pouco energética hoje. E a culpa é sua... _ dei de ombros e acompanhei Ares até a cozinha.

— Minha?

— Bom, você me levou para um passeio quando eu menos esperava. Parecíamos que estavamos em uma fuga pelo modo que me puxou para o carro.

   Ele buscou seu prato feito, e duas taças entre seus dedos na outra mão, com um sorriso maroto em seus lábios.  

— Pegue aquela garrafa de vinho branco para nós. _ ele apontou com o queixo para uma frigobar e apontei para a garrafa o vendo confirmar, e a trouxe comigo.

   O vejo colocar as taças com cautela na mesa e seu prato sobre o forro. Coloquei a garrafa na mesa e puxei uma cadeira ao lado da sua. Ele se afastou voltando para a cozinha e instantes depois voltou com um saca-rolha.

  O observei abrir a garrafa, ainda em pé e me servir primeiro com elegância.

— Obrigada!

— Você tem comido bem? Está confortável com seu quarto e com as refeições?

— A comida é excelente. E a cama parece me engolir. _ comentei rindo rouca, com meu peito vibrando o vendo se sentar para finalmente comer.

— É porque não experimentou da minha cama...

  Arqueio uma sobrancelha ao ver o brilho malicioso em seus olhos.

— Acho que posso experimentar dessa sensação. Que tal trocarmos de quarto essa noite?_ sugeri e o sorriso no rosto de Ares lentamente despencou. Ele pigarreou balançando o líquido em sua taça, aspirando com elegância como um verdadeiro apreciador de vinhos.

— Tem algum tipo de comida que você não gosta?

— Eu não gosto de camarão. Tem cheiro de peixe podre com chulé. _ murmurei, e Ares maneou a cabeça sério.

— Direi aos chefes preparar algo diferente para você quando forem preparar frutos do mar.

— Oh não! Não precisa fazer isso, não por minha causa ... Eu posso preparar algo para mim.

— Eu disse que vou fazer isso, Hallie, e seus argumentos não me farão mudar de ideia.

— Você é mesmo difícil, hum..._ resmunguei e Ares sorriu ladino me olhando de forma galante, enquanto cortava seu filé mignon.

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora