Cap II - Todos tivemos nossas chances.

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Pov Wanda.

Foi uma longa viagem de carro até o Missouri, mas tenho que dizer, a fazenda do Clint realmente tem um ar acolhedor, familiar. Os filhos deles vieram cumprimentá-lo antes mesmo de chegarmos até a varanda. Isso me trazia lembranças dos meus garotos, mas tentei não demonstrar minha dor.

_Ei garotão. – Clint fala erguendo o Nathaniel no ar. _ essa é a Wanda, irmã do Pietro, da história que te contamos lembra?

_ Oi Wanda, meu nome também é Pietro sabia? Nathaniel Pietro Barton. – O garoto fala olhando pra mim com os olhos brilhando.

_ Sério? Esse é um lindo nome Nathaniel. Será que você é quietinho como o Pietro que conheci? – Digo me abaixando para ficar do tamanho dele.

_ Isso a senhora vai ter que ficar para saber. – Fala e sai correndo em direção a mãe. Eu rir daquilo, certamente é igual, que nem.

_ Wanda, essa é a Laura, minha esposa e esses são meus outros filhos, Lila e Cooper. – Todos me cumprimentam e Laura vem até mim, me abraçando.

_ É um prazer te receber na nossa casa, Wanda.

_ O prazer é meu, obrigada por me receber. - Sorrio. _ Não quero incomodar vocês, posso ajudar no que for necessário.

_ Não será incomodo nenhum, vem, entra. – Laura me mostra a casa enquanto Clint conversava com seus filhos na sala. _... E esse é o quarto onde você pode ficar, sinta-se à vontade. Ele era da Nat antes de... Bom, você sabe.

_ É lindo, Laura. Tudo bem mesmo eu ficar aqui? Sei o que ela significava para vocês. – O quarto era aconchegante e espaçoso. As paredes brancas com alguns quadros, uma cama de casal, cômoda larga com alguns porta-retratos, e uma cortina estampada em tons cinzas na janela. Uma porta do lado esquerdo que acredito ser um banheiro, e tudo se mantinha perfeitamente arrumado. Ninguém diria que a viúva negra habitou ali, digo... Tudo era leve. Talvez toda aquela grosseria e marra fosse realmente sua personagem.

_ Clint o mantém da mesma forma, sei lá, as vezes parece que a qualquer momento, ela vai chegar naquela moto barulhenta e fazer a maior bagunça com os meninos na sala... Passou bastante tempo e nada daquilo ainda parece real. – Ela fala, analisando alguns pontos do quarto.

_ Eu sinto muito por tudo o que houve. – Digo sentando na cama.

_ Eu também sinto pelo que houve com você, Wanda. Não tenho ideia do que você está passando agora, mas sei o que é ser mãe e nenhuma deveria perder seus filhos, principalmente da forma que você perdeu. – Também senta na cama, segurando em minha mão.

_ Obrigada, significa muito. – Aperto sua mão. Aquela era a primeira vez que alguém realmente falava sobre meus filhos assim.

_ É bom te ter aqui, querida. – Se levanta e vai até a porta. _ Descansa da viagem, estaremos lá em baixo caso precise de alguma coisa.

_ Agradeço. – Quando Laura fecha a porta, levanto e vou até a cômoda, vendo as fotos que estavam lá. Era Natasha com os filhos do Barton, ela com Barton e Laura, uma de todos os Vingadores, lembro do dia que a tiramos... E ela sozinha, encostada na sua moto.

Seguro especificamente essa última nas mãos e a levo até a cama. Mentiria se dissesse que nunca pensei nas outras joias do infinito, mas a da alma em especial, junto com tudo o que aconteceu em Vormir, está mexendo com minha cabeça desde o hotel, talvez pelo fato de não saber tudo o que houve lá.

Após um tempo imaginando todos os últimos acontecimentos, acabo dormindo, com a foto de Natasha ao lado.

(...)

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