Cap XLIII - Sorte.

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Pov Wanda

Minha cabeça se encontra em um estado catastrófico agora, e tenho certeza que não é só a minha. Como isso foi possível? Preciso urgentemente de respostas, mas vou esperar até que a Natasha esteja pronta para ouvi-las também. Busco qualquer informação que eu tenha visto a respeito em todos os livros de magia, feitiçaria e bruxaria que já tenha lido, qualquer coisa a respeito disso, mas não encontro nada em minha mente. Não existe lógica nisso.

Além da ausência da razão... A Natasha está esperando um filho. Um filho meu. Meu Deus, isso é real? Isso é mesmo real? Estou repleta de emoção agora e, mesmo que eu tentasse, não saberia distinguir se são minhas ou se são da Natasha.

Estou andando de um lado para o outro no quarto agora, com minha mão no queixo realmente tentando entender alguma coisa, enquanto Bruce faz algumas perguntas clinicas para Natasha, que parece não estar mentalmente aqui. Yelena se encontra sentada na cadeira ao seu lado, tentando ajudar a irmã a lembrar de quando aconteceu e o quais foram os sintomas.

Falei, sem detalhes específicos, do que houve no momento da "concepção", e a cada palavra que saia da minha boca, todos nós ficávamos mais preocupados. Eu precisava ver a Agatha e o Stephen, ele sabia de tudo isso, ele teria que me dar uma razão e acima de tudo uma projeção, do que pode acontecer com a gente a partir de agora.

_ Vou precisar fazer mais alguns exames detalhados, para ver a saúde de vocês, o desenvolvimento do feto e... – Bruce explica, mas o interrompo.

_ Dar para não usar esse nome? -Falo e recebo o olhar de todos da sala.

_ Só estou usando termos clínicos, mas desculpe. – Olha pra mim. _ O que posso fazer é bem limitado por conta do período curto. Precisaremos de mais tempo para ver se o desenvolvimento da gestação será normal. Vamos começar com uma ultrassonografia, tudo bem, Nat?

_ Não estou duvidando da sua capacidade, mas não seria melhor chamarmos um obstetra ou algo assim? – Falo para o Bruce, e pela minha visão periférica, vejo a Natasha semicerrar os olhos na minha direção.

_ Se quiserem posso... – Ele tenta argumentar.

_ Não. Está tudo bem, Bruce. Prepare tudo para os exames, por favor... – Ela fala me olhando e Bruce sai do quarto. _ Yelena, dar para arrumar alguma coisa pra gente comer? Estou com fome. – Se volta para irmã e entendendo o recado, ela sai do quarto. _ Qual o seu problema? – Com certeza, agora é comigo. _ Ele está tentando ajudar, e tudo isso já é confuso demais. Não precisamos de um desconhecido sabendo dessa história, e não é um bom momento para ter crises de ciúmes... – Fala e se recosta, tomando ar. _ O resultado da última, ainda está me deixando desconfortável. – Diz em voz baixa.

_ Não é ciúmes. Só quero ter certeza que você está bem... Vocês. – Suspiro e me direciono a cadeira, onde Yelena estava antes, me sentando nela. _ Será que podemos conversar sério sobre isso?

_ Você quer respostas. – Me olha e apenas fico em silêncio. _ Não acho que seja uma boa ideia alertar uma bruxa que já quis te matar, sobre a concepção de uma criança com a sua magia. E se o Stranger sabia de tudo isso e deixou acontecer... Talvez não seja algo ruim. – A olho confusa. _ Acha que ele usaria essa situação para te machucar?

_ Não... Acho que não. – Respondo-a.

_ Podemos fazer esses exames e esperar um pouco, ver o que acontece antes de espalhar isso aos quatro ventos, o que acha? – Apenas a olho e ela se senta no leito, se posicionando para ficar de frente pra mim. _ Wanda, estou com medo. – Toco em sua mão e sento ao seu lado.

_ Eu também, mas eu juro que nada vai te acontecer, eu prometo. – Tento confortá-la.

_ Existe a possibilidade de ter uma criança de verdade crescendo dentro de mim...? – Derrama lágrimas silenciosas. _ Um filho, Wanda. – Me olha nos olhos.

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