Cap XIV - O tipo dela.

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Pov Wanda.

É impossível não me culpar, não deveria ter confiado na Agatha assim, claro que teria consequências voltadas para o meu poder e, por causa desse descuido, mais uma vez, tinha alguém sofrendo, como consequências dos meus atos.

_ Ela passou mal enquanto estávamos conversando, não entendi bem, só vi quando ela caiu. Estava sentindo muita dor, pois gritou por um tempo, antes de desmaiar... Já estávamos saindo do nosso encontro quando aconteceu. - Mason fala e olho para ele na mesma hora. Encontro? Não sabia que Natasha tinha alguém. Percorro meus olhos pelo homem e definitivamente, esse não parecia ser o tipo dela. _ Imagine se ela estivesse na estrada... Sabe-se lá quem poderia acha-la, não é? – Diz olhando especificamente para mim. _ Mas tem um médico vindo para cá nesse exato momento. Não se preocupem, cuidarei dela. – Ignoro o que ele falou, e a pego nos braços.

_ Não vai ser necessário, obrigada! – Digo enquanto caminho com ela até o lado de fora.

_ Ei, espere aí, o que está fazendo? – Continuo ignorando-o e saio da casa. Olho para Stranger, que entende o que preciso e reabre o portal. Não demoro para atravessá-lo. 

Ouço o Stranger tentando falar com ele, mas não estou nenhum pouco interessada. Me direciono até a sala da Agatha e deito Natasha em um dos sofás. Meu celular toca com uma chamada do Barton... Aperto o botão de rejeitar, enviando apenas uma mensagem dizendo que estamos bem, que eu já estou com ela, e logo iremos para casa. 

Olho para Agatha em seguida que observava tudo com um pano sobre o nariz, como se estivesse assistindo a uma novela mexicana.

_ Ajude-a, ou esqueça o nosso acordo. – Digo com autoridade, assistindo-a ir em direção a cozinha, em seguida. Olho para Natasha e ela estava com o rosto sereno, como quem estivesse em um sono profundo e tranquilo. Me abaixo, ficando na altura do seu rosto.

_ Me desculpe. – Sussurro. _ Por favor, me desculpe.

Passou cerca de uma hora desde que a trouxe para cá, e a mesma ainda estava desacordada. Agatha falou que ela só precisava descansar, tomar um pouco do chá que preparou quando acordasse, e tudo ficaria bem. 

Questionei-a sobre o líquido, e ela revirou os olhos antes de se servir com o mesmo, depois colocar para mim e Stranger também, deixando uns aperitivos na mesa de centro. 

Mesmo me sentindo consideravelmente bem depois de bebericar do chá, ainda não consigo sequer olha para essa bruxa. Mas acertarei minhas contas com ela depois, por agora, só quero que a Natasha acorde.

Stranger estava com Agatha na cozinha, pareceu chateado com ela, quando retornou da casa do Mason. 

Com toda sinceridade, a única coisa que estou pensando agora, é em como vou me distanciar da Natasha... Para onde vou ter que ir para deixa-la segura, porque se tenho uma certeza nesse momento, é que ela não passará por isso de novo.

_ Ei. – Ouço a voz dela me chamar. Deixo a xícara na mesa e me abaixo, ficando na sua altura.

_ Ei. – Digo enquanto movo uma mecha de seu cabelo para trás. _ Me desculpe por isso, eu não sabia, eu juro. – A vejo com uma expressão confusa, mas logo pareceu lembrar do que aconteceu, e sentou-se rapidamente, o que causou uma dor em sua cabeça, já que gemeu, levando a mão até a mesma.

_ Você está bem? – Me pergunta receosa, analisando meu corpo com os olhos. _ Eu sabia que não deveria ter deixado você ir sozinha, isso não vai mais acontecer, me entendeu? – Falou tudo de uma vez, colocando a mão em meu rosto, o que não diminuiu a forma autoritária como agia.

_ Não, não vai. Me desculpa, eu não queria... – Tento me desculpar, mas Agatha me interrompe.

_ Olha só quem acordou... Eu disse que ela iria ficar bem! – Diz rindo, entrando na sala. Natasha levanta, caminhando na direção dela em passos largos, demorei um pouco para seguir seu raciocínio.

_ Ei, ei... – Stephen entra na frente de Agatha para evitar outra catástrofe. 

_ Natasha, espera. – Seguro seu braço quando consigo acompanha-la. Foi tudo muito rápido, mas até que eu a deixaria extravasar a raiva, se não estivesse acabado de acordar de um puta desmaio, ocasionado por dor. _ Não vale apena, além do mais, já fiz o serviço. - Natasha continua a encarando, com um ódio razoavelmente mortal.

_ Acho melhor vocês irem embora. - Stephen me entrega um pacote com algumas ervas, e abre um portal para a casa do Clint. _ Vão. A gente conversa depois. – Fala olhando diretamente para mim. Puxo o braço de Natasha e atravessamos o portal até a fazenda, solto seu pulso assim que o portal é fechado, suspirando em seguida.

_ Você vai me contar o que aconteceu, agora. – Por mais que essa pose intimidadora dela funcionasse comigo de formas diferentes, dependendo do momento, eu apenas balancei a cabeça positivamente como resposta.

_ Vamos entrar para você descansar e conversamos. – Ela parece concordar porque caminhou com as mãos no bolso da calça em minha frente, abrindo a porta de supetão. Barton logo desce as escadas preocupado.

_ Graças a Deus, vocês tão bem? – Pergunta analisando a nós duas

_ Eu acabei de sentir uma dor parecida com a da morte, então não. -  Ela responde, fazendo Clint, me olhar confuso.

_ Vamos ficar bem. – Sussurro para ele e caminho até a cozinha.

_ Pra onde você pensa que vai? – Ela me pergunta, com uma feição assustadora, mas tento ser a adulta de nós duas, já que ela acabou de sentir a "dor da morte", usando suas palavras.

_ Para a cozinha fazer um chá, e pegar algo para a gente comer. – Respondo e me viro, antes que ela fale mais alguma coisa. Nesse momento Laura sai da cozinha, e faço um sinal disfarçado para ela se virar e ir para o lado oposto, a mesma logo entende e vai voltando de ré. 

Quando entramos, eu apenas solto o ar que nem sabia que estava segurando. Vou deixar claro aqui, não é medo, mas ela pode ser bem persuasiva e ranzinza quando quer. Essas são as características que conheço da Natasha de antes do blip.

_ Mas o que foi isso? – Laura me pergunta, confusa.

_ Isso minha cara, é a viúva negra com raiva. – Coloco as duas mãos sobre a mesa, me apoiando.

_ Deus me livre, vamos correr pra onde? – Ela rir, e vai até o armário pegar uns pratos, sorrio também e pego a chaleira.

_ Preciso preparar uma coisa, posso? – Pergunto.

_ Não peça, só faça. – Me entrega algumas coisas e quando finalizamos tudo, vamos as duas com uma leve refeição, para a sala. _ Mandei os meninos para a cama mais cedo, então só não gritem. – Laura fala para todos na sala e se senta ao lado do marido. 

Eu não espero nada, apenas sirvo uma xícara de chá e entrego para Natasha, fazendo a mesma coisa para mim logo em seguida e começo a falar, omitindo apenas o lance da distância, acho que isso precisa ser conversado apenas entre mim e ela. 

_ Ela merecia muito mais do que seja lá o que fez no nariz dela. – É tudo o que Natasha diz, então um silêncio paira no ar. Clint já entendendo o significado, se levanta.

_ Acho melhor vocês se alimentarem e irem descansar. – E é exatamente o que fazemos. Depois de um jantar improvisado, ela sobe na frente sem falar nada, e eu fico para ajudar Laura na limpeza.

Preparo um pouco mais do chá das ervas que trouxe, não sei o que são, mas me sinto bem melhor. Ambas estávamos controlando melhor as nossas emoções, pois não sinto nada de ruim vindo dela.

Finalizo o chá, e subo. Ao chegar no quarto vejo ela deitada em seu colchão, digitando em um celular, então deixo as coisas em cima da cômoda e vou para o banheiro em silêncio. 

O banho não foi tão rápido porque , definitivamente, estava merecendo relaxar. Após sair, noto-a ainda na mesma posição, digitando no celular.

_ Tá falando com quem? – Mais rápido do que meu pensamento, a frase saiu da minha boca, então o seu olhar de surpresa para mim foi justificável, já que eu também estava.

_ Com o Mason. – Se limitou em dizer. Ah é... O encontro.

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