XXXII - Isso não parece casual.

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Pov Natasha.

Wanda fica em cima de mim, enquanto ambas recuperamos a respiração. Depois de um tempo, ela ergue a cabeça e me olha sorrindo.

_ Isso foi... - Começa.

_ Uma delícia! - Completo, vendo-a sorrir antes de deitar ao meu lado. A encaro, e percorro meu olhar pelo seu corpo nu. _ Você está bem?

_ Muito bem! - Move-se na cama, ficando de frente para mim. _ So tentando acreditar... Você gostou? - Pergunta sem jeito, e eu não contive meu sorriso, indo em sua direção, beijando-a suavemente.

_ Acho que sua mão pode responder isso. - Aponto com o queixo, e ela olha para a sua mão, vendo resquícios do meu gozo nela, e umedecendo os lábios. _ Wanda... - Chamo sua atenção e suspiro, antes de continuar. _ Eu gosto mesmo de você, mas preciso que saiba de uma coisa... - Toco seu rosto. _ Você sabe um pouco do que aconteceu comigo na Sala Vermelha, eles mexeram com minha cabeça e infelizmente tem coisas que ainda luto para tentar concertar, como... Saber me envolver com alguém. Preciso que tenha paciência com isso.

_ Ambas já fomos quebradas, e não precisa se justificar. Vamos vivendo o momento no nosso tempo, tudo bem? - Fala e encosta nossos lábios. Passamos um tempo em silêncio, apenas trocando algumas carícias. _ Eu soube do seu lance com o Bruce, mas, foi isso que houve com a Carol? Teve medo de se relacionar? - Percebi que ela estava selecionando as palavras para chegar até esse ponto. Não consegui segurar o riso, mas me contive assim que a vi arquear uma sobrancelha.

_ Durante o Blip, ela passou algumas semanas na terra, no complexo para ser exata. Uma noite, bebemos um pouco e aconteceu. Depois disso, ficamos casualmente algumas vezes, mas nunca houve sentimentos, acredito que de nenhuma parte. - Digo enquanto a olho, passando segurança em minhas palavras.

_ Mas você disse para o Clint... - Ela começa.

_ Eu estava me referindo a envolvimento com membros da equipe. - Explico. _ As últimas vezes não acabaram bem... Depois de um tempo a Carol teve que percorrer outros planetas, vindo apenas por alguns dias e nesses dias, passávamos algumas noites juntas.

_ Isso não parece casual. - Me interrompe e eu balando a cabeça negativamente.

_ Eu não me envolvi com ninguém além dela, porque eu estava mal e o que tínhamos era carnal, Wanda... Estávamos tristes e tentando se adaptar a uma realidade que nos foi forçada. Quando pareceu demais... Nos afastamos. Ela se afastou na verdade. Não reclamei em nenhum momento. - Desliso minha mãos pelo seu corpo, fazendo-a se arrepiar. _ Só quero que entenda que isso aqui é diferente.

_ É? - Suspira quando rodeio um dos seus mamilos com o dedo, acariciando e vendo suas reações aos meus toques. _ Diferente como?

_ Eu estou apaixonada por você, e esse sentimento não começou depois que eu voltei, agora tenho a certeza disso. - Aperto seu peito, enchendo minhas mãos com ele, e ela arfa.

_ Co-como assim? - Pergunta, enquanto subo em cima dela, beijando novamente sua boca com desejo e tocando seu corpo por inteiro, provando para mim mesma que aquilo era real. Ela reage aos meus toques na mesma intensidade e sem lembrar do que, ou de quem estávamos falando, transamos mais algumas vezes aquela noite, até adormecemos agarradas uma na outra, completamente exaustas.

Quando o dia amanhece, sorrio, mordendo o lábio inferior, fosses da noite anterior vindo a minha mente e ponho meus olhos em Wanda ainda nua ao meu lado. Senti vontade de apenas continuar com o que paramos por exaustão, mas meu estômago protestou de fome. Então tomo um banho e vou até a cozinha preparar um café da manhã para a gente.

Corto algumas frutas, preparo o café e estou mexendo a massa de panquecas, quando me assusto por ser agarrada por trás.

_ Me deixou sozinha na cama, depois de ontem? - Vejo-a enrugar o nariz. Nenhuma assassina treinada deixaria de achar aquilo fofo, só pra deixar claro.

_ Estava preparando nosso café, iria te levar lá. - Digo, e deixo a massa em cima na pia, me virando para abraça-la, beijando seu nariz, boca, bochechas, e todo seu rosto inúmeras vezes. Meu Deus, virei uma boiola por causa dessa mulher. Ela rir com meu carinho e a ergo, colocando-a sentada em cima do balcão, iniciando um beijo mais intenso, parando apenas por falta de ar _ Toma um banho e vem tomar café comigo? - Peço.

_ Só se vier junto... - Ela responde e eu nego rindo.

_ Já tomei banho, vai logo, vou terminar aqui. - Digo, fechando os olhos quando, sorrateiramente ela coloca a mão dentro da massa de panqueca e passa-a do meu rosto ao meu pescoço, depois.

_ Opa... Acho que sujou um pouco, agora vai ter que vir comigo. - Desce do balcão e me puxa para o banheiro. Não preciso falar o que aconteceu, mas fazê-la gozar de costas para mim, apoiada na parede, ficará no top 10 das minhas cenas favoritas. Quando ela devolve a gentileza me chupando, até eu gozar na sua boca, finalizamos o banho e enfim tomamos café, depois dela prontamente me ajudar a finaliza-lo.

Já no quarto, devidamente vestidas, pego o notebook e damos uma olhada nas informações contidas nos arquivos que baixei.

_ Eu ainda não entendo porque nunca soube nada sobre isso... - Diz séria, olhando alguns papéis.

_ Eu também não, mas acho que no Grimório, poderemos saber mais a respeito disso. E por tocar no assunto, depois que você analisar os livros que o pessoal trará, vou para a geladeira buscar o outro, enquanto você visita a Ágatha. Estaremos distantes, então poderá usar os seus poderes, mas quero que tenha o máximo de cuidado com ela, Wanda... A Ágatha sabe muito mais do que o que te contou.

_ Eu sei... Terei cuidado. Preciso desse livro mais do que tudo, Natasha. Eu achei que eu sabia tudo o que esse poder era, mas sempre me surpreendo com o que ele pode causar. Isso me frusta um pouco... - Me aproximo dela.

_ Você saberá de tudo em breve. Acredito que temos de três dias a uma semana, até que os livros comecem a chegar.

_ Quanto a isso... Eu li o Darkhold em uma cabana distante e quero fazer esse estudo lá também.

_ Porque não pode fazer isso aqui, comigo? Eu não entendo ainda sobre esses feitiços, mas posso entender e...

_ Você já fez muito, Romanoff... - Pega em meu rosto. _ Vai ser bom para que eu teste os feitiços que contenham neles, e me prepare melhor para a Ágatha. Além do mais, ainda não testamos a teoria da distância. É a oportunidade que perfeita. - Se justifica.

_ Não gosto muito dessa ideia, mas acho que ficar comigo, sempre vai te limitar a algumas coisas. - Viro o rosto e levanto da cama, vendo o quanto essa minha afirmação pode ser expandida para outros problemas.

_ Ei... - Rodeia seus braços ao meu redor. _ Ficar com você, só me trouxe coisa boa até agora, e continuará assim... Sei que tudo isso foi rápido, Natasha, mas estamos indo em nossos passos. Vai dar tudo certo.

_ Eu conto com isso. - Me viro para ela. _ Tem uma coisa importante que preciso saber... Como exatamente o feitiço que você fez, funciona em relação a recuperação do meu corpo?

Comentem o que estão achando e o que esperam. Sempre bom ouvir a opinião de vocês! Solto outro até o fim do dia 😉

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