Pov Wanda
Ela falou que eu saberia quando ela estivesse flertando, e aí está. Não acredito que me intimidei assim, o que tem de errado comigo? O trabalho dela é esse, conseguir o que quer usando qualquer arma disponível..., mas dois podem jogar esse jogo, Romanoff.
Me mantenho sentada na cama, pelo menos tento parecer o mais indiferente possível ao ocorrido, fingindo ler meu livro, enquanto planejo minha vingança. Não demora muito para ela sair do banheiro.
_ Peguei duas blusas, acredita? — Fala casualmente, me fazendo olhá-la, e me arrependendo fortemente por isso no momento seguinte. Ela está com uma regata cinza sem sutiã e uma calcinha preta de renda. Só isso. Caminha até a cômoda devagar, de costas para mim, aquela visão... _ Cadê, cadê? — Meu ouvido escuta a sua voz, mas a informação não chega até o cérebro. Fico só... Admirando, eu acho.
Suas cochas são extremamente definidas e torneadas, a bunda... Porra, a bunda é perfeita. Não que eu não tenha notado o quanto la é definida antes, afinal, lutamos corpo a corpo inúmeras vezes nos treinamentos, mas com essa quantidade de pele exposta, era a primeira vez.
_ O que você está fazendo? — Eu iria jogar contra a Romanoff, e ela contra a minha sanidade.
_ Parece que meus shorts acabaram, terei que dormir assim. — Ignorando minha pergunta, ela me notifica e se vira para me mostrar ao que estava se referindo. Minhas bochechas devem está queimando agora. _Tem uma coisa aqui, oh... — Aponta para o canto dos próprios lábios, sorrindo.
_ Você é uma idiota. — Afirmo, após entender a insinuação de que eu estava babando. Será que estava?
_ Boa noite, Maximoff! — Deita no colchão de bruços, sem se cobrir.
_ Boa noite. — Falo rápido e me viro para o outro lado, totalmente desnorteada. Tá... A batalha está perdida por hoje. Não preciso julgar minha sexualidade, certo? É da Natasha Romanoff que estamos falando. É normal, relaxa... É normal. Com o pensamento cravado na mesma imagem, durmo.
(...)
_ Ei, acorda. — Amanheceu mais rápido que nunca, pois acordo com a sua voz me chamando.
_ O quê? — Resmungo ranzinza, me virando para ela, e logo meus olhos, inconscientemente, descem para a parte do seu quadril, mas ela está devidamente vestida. Consigo ver seu sorriso sarcástico, provavelmente deve ter acompanhado os meus olhos traidores.
_ Bom dia, para você também! Nossa carona chegou, vamos. — Informa, e tento despertar de verdade. Ela sai do quarto com uma bolsa já pronta e eu, vou para o banheiro. Após tomar banho e café, me despeço da família Barton calorosamente, nunca me senti tão acolhida assim, então me certifico de deixar uma promessa de retorno rápido.
Saio com minha bolsa e avisto um jato, o porte é menor do que os que tínhamos no complexo, mas certamente deve servir. Quando entro no mesmo, vejo Yelena e ela na cabine, então guardo minhas coisas junto a delas, avistando a bolsa com armas e dinheiro já ali, e me acomodo em uma das poltronas traseiras. Depois de algum tempo, elas iniciam voo. A viagem durou cerca de oito horas e ao pousarmos, sinto a mudança do clima na hora.
_ Aqui é extremamente frio. — Me encolho. Natasha abre uma das bolsas e me entrega um casaco quente, não tive nem como negar.
_ Obrigada! — Agradeço após vesti-lo e ela sorri. — Nos despedimos de Yelena ainda na zona de pouso, comigo dando uma certa distância para que elas se despeçam do jeito delas. Quando o jato sai, por mais que eu esteja de calça e o bendito casaco por cima de uma blusa com mangas, ainda tremo com o frio.
_ Precisaremos andar um pouco, tudo bem para você? — Pergunta, colocando um casaco também. Concordo e seguimos viagem, depois de dois quilômetros de caminhada nesse frio congelante, avistamos uma lanchonete com alguns carros parados. Ela me pede para esperar e vai até lá, arrombando um deles, para a minha surpresa.
_ Sobe logo. – Manda, quando para em minha frente, e ainda perplexa, entro. Ela parece perceber, pois logo se justifica. _ Só para constar, só realizo isso em emergências. Você não aguentaria a caminhada até o trailer.
_ Tá me chamando de sedentária, ou dizendo que fez esse grande gesto por mim? — Tento descontrair.
_ A opção que escolher está bom para mim, mas só para constar, foi você quem disse e não eu. — Ri, e bato em seu braço. Cerca de uma hora depois, chegamos a um local bem isolado com um grande trailer perfeitamente escondido. Por fora tinha um tamanho razoável e aparência desgastada. _ É aqui. — Descemos e após realizar uma breve checagem do local, adentramos.
_ Pensei que você tinha falado trailer, mas isso aqui tá mais para um motorhome de luxo. — Constato completamente surpresa com o interior.
_ Voltar dos mortos tem suas regalias. Pedi para ele efetuar uns ajustes, mas claramente isso aqui não é, e não se compara, a onde eu vivia quando estava fugindo do governo. — Deduz, também analisando o local. — Mas tenho que dizer, dessa vez o Mason se superou... Irei compensá-lo por isso. — Mente suja, mente suja... Não vai por esse caminho, Wanda. _ Abandonarei o carro em algum lugar, os armários e geladeira estão abastecidos, só não demora na água quente, o histórico dele com gerador não é bom.
_ Você demorará muito?
_ Não, volto antes do anoitecer. — Responde e sai. Aproveito meu tempo sozinha para explorar o local, e sem dúvida isso aqui é melhor do que muitos hotéis que eu frequentava com o Visão.
Todo espaço interno é privilegiado de muitas formas, os móveis são marrons, alguns com couro branco, led em um branco quente amarelo, banheiro com chuveiro espaçoso, uma cozinha compacta, mesa de jantar com apenas duas cadeiras, e um quarto com uma ampla cama de casal, que definitivamente, não será um problema.
Pego minha bolsa e começo a desfazê-la, colocando minhas coisas no pequeno guarda-roupa ali, que certamente iremos dividir, e isso me faz lembrar que precisarei de peças novas, por conta do clima. Após finalizar, tomo um banho e coloco um conjunto de moletom cinza, preparo alguns sanduíches e leite quente, me servindo na cama.
Quando a noite cai, começo a ficar preocupada, não deixando de expor isso, para ela entender que está na hora de voltar, e minha paciência fica escassa quando o relógio marca oito da noite, no horário local.
Vou até a bolsa de armas, retiro uma, pego o casaco e me preparo para sair, não sei para onde, mas sem o uso de meus poderes, não me resta muita opção. Assim que engato o pente na arma, vejo faróis se aproximando, então entro em alerta, relaxando segundos após a ver no volante. Guardo a arma rápido e tiro o casaco, sentando-me em uma das cadeiras para esperá-la.
_ Achei que chegasse antes do anoitecer. — Começo assim que ela abre a porta. _ Não pode me deixar aqui, sem contato, em um lugar onde não conheço nada e nem ninguém, e pior, sem poder usar meus poderes... — Notando a minha tensão, ela se mostra algumas sacolas.
_ Precisávamos de roupas quentes e combustível, então busquei. Assim que senti sua preocupação, voltei. Não acontecerá novamente.
_ Aqui é isolado, fiquei preocupada.
_ Isso me lembra... — Tira um celular de uma das sacolas e me entrega — Esse é seguro, tem meu contato, dos Bartons, do Mason e alguns outros de emergência. Trouxe o jantar também.
_ Você sabe que isso não justifica sua demora, né? Deveria ter avisado antes.
_ Verdade. Mas meu atraso valerá apena em três, dois... — Tira o jantar da sacola e abre uma embalagem contendo Paprikash. O cheiro invade o ambiente, e meu sorrido cresce na hora.
_ Assim não vale. — Pego a embalagem, e me sento à mesa. _ Como você sabia?
_ Sei mais do que imagina. — Pisca para mim. _ E aí, como estáo sabor?
_ Perfeito! — Falo após experimentar a primeira porção.
_ Então vamos jantar! — Ela lava as mãos e senta na outra cadeira em minha frente. E foi assim que a nossa nova rotina começou.
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Welcome Back
FanfictionDepois de tudo, todos tiveram uma segunda chance. Era justo para ela, principalmente para ela, então a trouxe de volta. - Bem-vinda de volta, Romanoff. REVISADA ATÉ O CAP XXVII. 🥇 #wandanat 27/10/2022 🥇 #wantasha 27/10/2022 🥇 #natasharomanoff 09...