Pov Wanda.
Já era noite quando Yelena e Kate foram embora, na promessa de retornar em breve. Ambas vieram de forma repentina, e tinham que cuidar de algumas coisas, mas pelo que entendi, nem Yelena e nem a irmã, estavam prontas para se desgrudarem agora.
Passaram a tarde juntas, o que me deu mais tempo para conhecer a Kate, e preciso dizer, a menina fala, viu? Apesar do monologo, que o Clint parecia já está habituado, ela é uma boa pessoa.
Depois do jantar, me despedi do restante do pessoal, e vim para o quarto. Preciso acumular energia para amanhã.
Duas horas se passam até que a porta é aberta e Natasha entra, indo direto para o banheiro. Ouço o barulho do chuveiro sendo ligado, e ela passa um bom tempo lá, quando sai, o cheiro dela invade todo o ambiente.
Ouço a cômoda ser aberta e me viro, na intenção de lhe dar mais privacidade, até ouvir o barulho do colchão afundar.
_ Tenho que dizer, não estou confortável em te deixar ir sozinha amanhã. – Fala, e me viro para o lado dela, deixando minha cabeça bem próximo a ponta da cama, para vê-la melhor. _ Minha última tentativa para concordarmos, é dizer que ficarei fora do radar. Você nem vai perceber que estou lá...
_ Achei que já tivéssemos conversado. - A interrompo.
_ Encerrar o assunto com um posicionamento final, não é bem uma conversa. Fui intimada, mas foi você quem me chamou de amiga, então... Usando do meu título, me deixa ficar por perto, quando você precisar. É isso que amigas fazem.
_ Own, bela tentativa, mas não será necessário. – Rio do seu argumento falho.
_ Arg, tá então. Yelena só voltará no fim de semana, e irei resolver umas coisas na cidade mesmo, então...
_ Hm... Tá. – Viro meu rosto pra cima. _ Peraí, não está pensando em me seguir, né? Você tem que confiar em mim para isso dar certo, Natasha. Está tudo sob controle.
_ O que? - Faz uma falsa cara de ofendida. _ Claro que não, Maximoff. Preciso de roupas melhores, documentos e dinheiro. Conheço um cara que pode me ajudar, e irei vê-lo, só isso. - Ela pareceu ser sincera, então apenas dei de ombros.
_ Não quero me intrometer, mas acha uma boa ideia fazer isso agora? Não devemos esperar um pouco mais até... O mundo acha que você está morta, seria bom se algumas pessoas continuassem pensando assim.
_ Eu sei, e obrigada pela preocupação, mas quem eu vou procurar é confiável. E eu preciso, quer dizer, aqui é ótimo e me sinto em casa, mas não posso ficar aqui para sempre.
_ Você voltou a dois dias, dar para ir devagar, por favor. – Perco a paciência. Natasha estava desenfreada, tive medo por ela.
_ Ei, calma aí, isso tá parecendo uma briga de casal. – Ela me encara e reviro os olhos – Sou uma assassina treinada e tomarei cuidado, ok? Mas me fala, qual é a sensação de não ter o controle de tudo o tempo todo, hein?
_ Tá se vingando por não poder ir comigo amanhã, sério?
_ Você que tá dizendo, não eu. - É a vez dela de dar de ombros.
_ Meu Deus... – Ponho as duas mãos na cabeça. _ Vai lá ver seu cara, Romanoff.
_ Tá. Boa noite!
_ Boa noite. – Me viro para o outro lado, e suspiro tentando controlar minhas emoções. Preciso estar bem para amanhã ,e não vou me desgastar com essa conversa.
Sem dúvida, o fato de não termos tidos muitos diálogos torna tudo novo, mas oh mulher difícil. Contudo, ela tem razão, sabe se cuidar sozinha, não preciso me preocupar tanto. Esses sentimentos novos devem está ligados a essa droga de feitiço.
_ Maximoff? _ Ouço-a me chamar, após um tempo.
_ Hm?
_ E se não der certo? – Me viro para ela de novo, e a vejo com a cabeça apoiada sobre as mãos, me encarando.
_ Vai dar, não se preocupa.
_ Mas, e se... Não houver uma forma disso ser quebrado, o que vamos fazer?
_ Ainda daremos um jeito. – Confesso que já me peguei pensando nisso. Não é atoa que Agatha não tem ninguém, pelo menos não que eu saiba. Se ela sabia como fazer, porque não teria feito por alguém próximo a ela? Espero que tudo isso seja respondido amanhã.
_ Você tem razão.
_ Tenta descansar. – Falo por fim. Ela apenas me olha por mais alguns segundos e vira para o outro lado, deitando. Fecho os olhos, e alguns minutos depois, pego no sono.
O dia amanhece mais rápido do que nunca. Acordo quando sinto um peso na cama, me viro e ela está lá sentada, já com outra roupa.
_ Bom dia! Tava vigiando meu sono? – Digo me esticando. _ Sinto sua preocupação.
_ Acabei de acordar também, estava apenas te esperando. Podemos ir juntas até NY, de lá, seguimos nossos caminhos.
_ Hm... Ok. – Ela me olha confusa.
_ Se apresse. - Levanta, e vai até a porta. _ Vou esperar lá fora, vê se não demora ou vai ter que ir voando, bruxa.
_ Olha só... – Tento revidar, mas ela já está fora do quarto. Apenas suspiro. Tomo um banho, desço, e tomo um café acompanhada do Clint.
Ela já estava lá fora então, tentei ser rápida. Quando saí, lá estava ela, mexendo em uma moto preta.
_ Como você conseguiu isso? - Pergunto ao me aproximar.
_ Presentinho da minha irmã, nada melhor do que contatos, meu amor. - Limpa as mãos sujas de graxa em um pano velho.
_ Bom pra você, mas nem fodendo que subo nisso aí. - Aponto para a moto.
_ Ah... Então espera um pouco. – Ela sai sentido a lateral da casa, e retorna com uma vassoura.
_ Aqui. – Me entrega.
_ Pra que isso?
_ Seu novo meio de transporte? Vai, voa. – Fala rindo, e eu fecho imediatamente a cara, indo na sua direção. Vou espancar essa arrogante.
_ Você vai ver onde eu vou enfiar isso... – Digo, mas sou interrompida pelo barulho da porta da frente se abrindo.
_ Ué, ainda estão aqui? – Clint pergunta, cruzando os braços e nos observando.
_ A sua amiga não quer subir na moto, então... Me empresta o carro. – Fala para ele, com um meio sorriso que dar vontade de matá-la. _ Sinto sua raiva... – Sussurra, e vai na direção do Clint.
_ Qual o problema de vocês em ter uma manhã tranquila? – Ele pergunta, entrando na casa para pegar as chaves.
_ Meu, nenhum. – Ela fala da varanda e eu apenas dou as costas para ela. Ok, inspira e expira... Tá já acabando, tá já acabando... - Faço uma meditação rápida.
Seguimos caminho a NY e depois de um tempo, sinto sua preocupação de novo, que continua até chegarmos na cidade, mas permanecemos em silêncio.
Ela para o carro em frente ao Sanctum. A olho antes de me retirar o sinto, e quando faço menção de descer, ela segura meu pulso, me impedindo.
_ Espera. Eu estava só brincado, nem tudo precisa ter essa tensão toda, ok? Já temos problemas demais, e olha que só voltei a três dias.
_ Eu sei. – Falo olhando pra cima, concordando com ela.
_ Estou preocupada, e queria mesmo ir junto para Westview, mas confio em você e vou te esperar na fazenda, tá bem? - Sinto sua preocupação aumentar cada vez mais, então a encaro com afeto, dessa vez sou a mais verdadeira que já consegui ser, desde que estamos nessa.
_ Eu sinto você... E sei que também vai saber se algo estiver errado comigo, então tem minha permissão de ir até lá, se isso for te fazer se sentir melhor. – Trocamos olhares intensos, e recebo um sorriso muito bonito vindo dela.
_ Eu confio em você, bruxinha. – Me fala e solta minha mão, que nem lembrava mais que ela estava segurando. Então desço do carro e a vejo seguir viagem, bem mais aliviada.
_ Vamos lá, hora de fazer inimigos se tornarem amigos. – Tenho um plano, e espero de verdade, que funcione.
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Welcome Back
FanfictionDepois de tudo, todos tiveram uma segunda chance. Era justo para ela, principalmente para ela, então a trouxe de volta. - Bem-vinda de volta, Romanoff. REVISADA ATÉ O CAP XXVII. 🥇 #wandanat 27/10/2022 🥇 #wantasha 27/10/2022 🥇 #natasharomanoff 09...