Cap XXVIII - Visitas.

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Pov Wanda

O dia se passou tranquilo, e pude me concentrar melhor no que aconteceu. Lembrei dos detalhes do beijo, da pegada, do gosto, da maciez... Isso me animou um pouco, se é que me entendem, mas as dúvidas sobre o motivo do seu afastamento acabavam com todo o clima. Não tenho que falar da diferença que é, comparando a última vez que tive contato com alguém, pois apesar de que, com o Visão havia um sentimento estruturado e reciproco, com a Natasha tudo foi mais... Quente. O calor da sua pele, os sentimentos de raiva e desejo, tudo era humanamente intenso. E eu queria mais...

Não quero e nem vou colocar a culpa disso na nossa conexão, porque apesar dela, tudo o que me trouxe aqui foi convivência e o simples fato de, dessa vez, eu tê-la observado. Não me entendam mal, eu já tinha notado a Romanoff, mas ela nunca deu espaço para que desenvolvêssemos nada sólido entre nós, seja amizade ou conversas fora do necessário, nada... Só que agora sei o motivo disso, pelo menos acredito na minha interpretação.

Quando a noite cai, estou disposta a conversar sobre o que houve, entender é a palavra certa. Depois do jantar, resolvo esperá-la lendo, porém quando se aproxima das 22:00 e ela não chega, resolvo ligar. O telefone chama três vezes, antes de escutar a voz dela do outro lado da linha.

_ Maximoff? – Que bom ouvir essa voz.

_ Você está voltando?

_ A caminho.

_ Teve êxito no que foi buscar?

_ Sim, teremos visitas por um ou dois dias, tudo bem?

_ O que? Quem? – Visitas, no plural?

_ Já estou chegando, Maximoff. Espera acordada! – Ela solta um riso gostoso e desliga.

Eu queria conversar sobre o que houve, por isso não me empolguei muito com o fato de termos mais pessoas no trailer, mas como ela disse que seria ajuda para o nosso problema, eu resolvo aceitar a situação. Talvez a gente possa se resolver na cama... Nossa conversa, mentes maldosas, apenas conversas.

Próximo da meia noite, ouço o barulho do carro se aproximar e vou até a porta recebê-los. Meu sorriso se alarga quando vejo quem ela trouxe como ajuda. Sam dar um grande sorriso e vem na minha direção e eu caminho até a dele, nos abraçamos.

_ Mas o que diabos você fez para trazer essa maluca de volta? – Ele pergunta quando nos afastamos.

_ O básico, me liguei a ela até a morte... – Rimos. Olho para o lado e vejo Bucky, que me salda com um levantar de cabeça.

_ Carreguem suas malas e não façam bagunça. – Natasha fala rindo e vem na minha direção, me beijando na testa. Nos olhamos por um breve momento e sorrio para ela.

_ Que foi isso? Trouxe ela de volta com um coração? – Sam brinca ao ver o gesto dela e todos rimos depois que ela mostra o dedo para ele.

_ Aqui está frio e foi uma longa viagem, podemos entrar? – Bucky pergunta. Eu e Natasha entramos e eles nos seguem, cada um com uma mochila. Sam solta um assovio de admiração assim que coloca os pés dentro do trailer.

_ Que que isso? Stark deixou mesada para vocês? – Brinca olhando para os lados.

_ Contatos, meu querido, contatos... – Natasha responde. _ Lamento informar que só temos um colchão de ar, vão ter que dividir.

_ Sem chance. – Sam fala.

_ Tá maluca? – Bucky diz ao mesmo tempo. Natasha apenas rir.

_ Sem o Steve, não sei como não se mataram ainda. – Falo, balançando a cabeça negativamente. _ Não quebrem nada. – Aponto para os dois.

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