Welcome Back

Cap XV - Vamos resolver juntas.

Pov Natasha.

Certo, essa pergunta foi estranha, mas para não levarmos para outro caminho, prefiro pensar que o dia foi exaustivo, e ambas estamos com o psicológico cheio. Então, não alongarei o assunto.

_ Desculpe ter estragado seu encontro, não era minha intenção te causar o que houve. — Certo, esquece o fato de não alongar o assunto, veremos do que se trata.

_ Não tem que se desculpar, você não sabia. — Não chegando a olhá-la diretamente, apenas bloqueio a tela do celular, onde só para constar, estava respondendo uma mensagem do Mason, que perguntava sobre meu estado atual e, de alguma forma, iniciamos uma breve discussão sobre que armas são mais úteis. Finalizei marcando de encontrá-lo amanhã, em um local próximo, para recolher meu pedido.

_ Ok... Só não é um jeito bom de terminar um encontro, quer dizer... — Gargalhei. Ela estava mesmo querendo entrar nesse assunto?

_ Pergunta de uma vez, Maximoff.

_ O quê? — Muito lenta, mas vou poupá-la. 

_ O "encontro" era com meu fornecedor. Recolheria algumas coisas, não temos nada. Quer dizer, já rolou um lance enquanto estava fugindo do governo, mas foi casual. 

_ Tá bem, então. Não que seja da minha conta, desculpe se soou estranho. Estou cansada e não queria terminar a noite sabendo que estraguei um reencontro, se ele fosse alguém importante, um amor antigo, ou sei lá... — Suspira cansada. 

_ Amor é coisa de criança. — Me limito a dizer. 

Passamos um tempo em silêncio, ambas deitadas, até que a vejo se remexer na cama. Mais algum tempo, e se move de novo, e depois de novo. Algo estava a incomodando, sinto sua preocupação.

_ Está com uma ervilha em baixo do travesseiro, princesa? — Foi o bastante para fazer ela sentar na cama, e repeti o gesto. _ O que houve?

_ Tem algo que não te contei.

_ Certo...?

_ Agatha me falou algo sobre a ligação. — Parecia incerta sobre o que estava preste a falar, mas incentivo-a com o olhar. _ Se nos distanciarmos uma da outra, fisicamente falando, as dores, os sentimentos negativos... Tudo isso diminuirá. Quanto maior a distância, menor a dor. — Soltou em um só folego. Demoro um pouco para responder, absorvendo a informação. _ Ficamos distantes quando estávamos nos escondendo, nem sabíamos do paradeiro uma da outra, então...

_ O que te faz pensar que ela está falando a verdade? — A interrompo.

_ Nada, mas se existe alguma chance de você sair dessa ilesa, faremos. — Ela estava dando um intimato, e não perguntando minha opinião. 

_ Você não decide por mim. — Deixo claro. _ Há duas pessoas nessa situação, então concordamos, ou nada feito. 

_ Qual o problema, Natasha? Quer ficar aqui, onde pode ser pega de surpresa em qualquer lugar, com uma dor que pode causar a sua morte, e consequentemente a minha?

_ Não precisamos passar por isso, se não usar os seus poderes.  Sei o que você está pensando, e não quero te impor isso, nem mesmo queria falar a respeito com você agora, mas o momento faz necessário o assunto. — Ela permanece em silêncio. _ Você me trouxe aceitando as consequências de passar por tudo o que passo. Me pediu para fazer o mesmo, e eu fiz... Eu aceito. — Levanto e me aproximo, ficando em sua frente. _ Não vamos nos distanciar sem entender isso. Viveremos com as consequências...

_ Natasha... — Tenta me interromper, e tenho quase certeza que não é para concordar.

_ Você nem sabe se isso é verdade. — Saio de perto, alterando a voz, o que surpreende até amim mesma. Isso é totalmente o oposto do que fui criada para fazer. _ Como pode acreditar naquela bruxa, depois de tudo o que ela já te fez passar? — De relance, vejo-a assustada com meu comportamento repentino, mas estar nessa situação me faz tomar medidas drásticas. _ Wanda, entendo os seus motivos, nem éramos próximas, mas éramos uma equipe, uma família. Como família, eu te peço, procuraremos outra saída juntas, ou pelo menos, pensar melhor a respeito... Por favor. — Estou de costas para ela agora, mas ouço seus passos se aproximarem, e no segundo seguinte, segura a minha mão.