Cap XXXV - Volta pra mim, por favor.

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Pov Wanda.

Eu e Kate saímos para um local mais distante do trailer, porque sei que ela quer falar sobre a Agatha. Então nos conduzo para um local afastado.

_ Você acha que consegue me ajudar? A Agatha tem uma coisa que preciso recuperar o mais rápido possível.

_ Olha Wanda, consegui dois desses – me mostra um aparelho preto, que parece mais um dos fones do Stark. – A bateria é praticamente infinita, e vai capturar som e imagem, mesmo no escuro. Você só vai ter que posicioná-lo em um bom lugar, e conseguirei me conectar aos aparelhos eletrônicos ao redor, num raio de 100 metros. Somente assim para monitorá-la. Tem outros aparelhos na empresa, mas para o que você quer, acredito que essa é a melhor escolha. – Me explica, e aceno positivamente.

_ Isso é ótimo, Kate! Obrigado. – Pego-os.

_ Eles também são imperceptíveis a qualquer forma de rastreio, só não sei se está imune a magia de vocês. – Rio do seu comentário.

_ Vai bastar, Kate! Quero te pedir só mais uma coisa, não fala disso com a Natasha, ok? Não quero que ela saiba, pelo menos não por enquanto. Já está sendo muito para a gente. – Peço.

_ Não se preocupe, não irei falar nada. Toma – me entrega um celular – Você vai se conectar aos aparelhos por esse celular aqui. Consigo monitorar pelo meu também para poder hackear os outros aparelhos, e te mando tudo, você vai conseguir ver por esse app. – Me mostra como manusear todas as ferramentas, o que demora um pouco, e depois de agradecer, retornamos ao trailer.

O dia foi passando entre conversas aleatórias e Natasha se aproximou mais, me abraçando vez ou outra, demonstrando carinho, mesmo na frente das meninas e entendi que estava tudo bem por ela, se agíssemos normalmente e esse pensamento me pegou de surpresa. Esse é o nosso novo normal? Não rotulamos nada e combinamos ir devagar, mas não falamos nada sobre demonstração de afeto na frente das pessoas. E se fosse demais?

Não que eu esteja incomodada com isso. Retribuo os carinhos e as vezes, eu quem a abraço em meio a brincadeiras ou para tirar sua concentração de algo que a Yelena falou para irritá-la, e ficar assim com ela, era natural de se fazer. Então me permitir apenas viver o presente, mas fiz uma nota mental de conversarmos a respeito depois, como uma forma de analisarmos nossa situação.

Ao fim da tarde, meu coração aperta um pouco em antecipação, então apresso a Natasha para irmos logo, na desculpa que ainda iriamos montar a barraca. Ela me olha confusa, mas logo se despede das meninas, pega algumas coisas, e um tempo depois estamos em cima dessa linda montanha. Esse lugar tem um significado importante pra mim, acho que meus sentimentos por ela ficaram claros, aqui.

_ Esse lugar é perfeito. – Digo, ajudando-a a tirar as coisas do carro.

_ Com você, ele é mesmo. – Diz e sorrio como uma boba, me xingando mentalmente por estar agindo como uma adolescente. Ela monta a barraca, até tentei ajudar, mas recusou, dizendo que dava conta sozinha, então a deixei trabalhar, enquanto explorava um pouco mais o lugar antes de escurecer. _ Vem, o por do sol já vai começar. – Me chama e estende uma toalha em um local que poderíamos apreciar melhor a visão.

Ficamos ali, curtindo o show de cores e a brisa leve, em silêncio, até a noite cair e esfriar. Ela acende uma pequena fogueira próximo a barraca, com uma pequena mesa e duas cadeiras dobráveis ao redor, monta sanduiches e depois de esquentar um pouco de água, e preparar um chá, me entrega o jantar. Ficamos ali, próximas a fogueira, uma de frente para a outra.

_ Trouxe marshmallows, se quiser, depois podemos assá-los. – Diz.

_ Seria ótimo, obrigada! – Digo enquanto finalizo meu sanduiche. _ Preciso te perguntar uma coisa e quero que seja sincera. – Ela acena positivamente me fazendo continuar enquanto morde seu sanduiche. _ O que temos? – Dou uma pausa e ela me encara. _ Sei que estamos bem, que é recente e por mais que seja rápido, esses são os nossos passos. Mas... Hoje não nos importamos com a presença das meninas para agirmos como realmente somos uma com a outra, e isso me fez pensar que... E se estivermos indo rápido demais?

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