02. longa noite ✨️

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- Já sinto a sua falta. - sussurrei em seus lábios.



- Eu não preciso partir. Posso ficar...




- Hmmm.




Fez-se silêncio por um longo momento: apenas o martelar de meu coração, o ritmo interrompido de nossa respiração irregular e o sussurro de nossos lábios movendo-se em sincronia.



Às vezes era fácil demais esquecer que eu estava beijando um vampiro. Não porque ele parecesse comum ou humano, mas porque ele fazia parecer que nada era igual a ter seus lábios nos meus.



Abri os olhos e encontrei os dele também abertos, fitando o meu rosto. Não fazia sentido quando ele me olhava desse jeito. Como se eu fosse o prêmio, não a vencedora afrontosamente sortuda. Nossos olhares se fixaram por um momento; seus olhos dourados eram tão profundos que imaginei que pudesse ver sua alma. Parecia tolo que esse fato - a existência de sua alma - fosse questionado, mesmo ele sendo um vampiro.



Puxei seu rosto para o meu mais uma vez.



- Sem dúvida, vou ficar - murmurou ele, um instante depois.



- Não, não. É sua despedida de solteiro. Você precisa ir.



Eu disse as palavras, mas os meus dedos se fecharam em seu cabelo cor de bronze e sua mão direita apertou o meu seio.



- As despedidas de solteiro são feitas para aqueles que lamentam o fim de seus dias de solteiro. Eu não poderia estar mais ansioso para deixar para trás os meus. Então isso não faz sentido algum.



- É verdade. - Eu respirava contra a pele gélida de seu pescoço.



Aquilo era muito próximo do meu paraíso. Charlie dormia em seu quarto, Bella estava em La Push. Edward e eu estávamos enroscados em minha pequena cama, entrelaçados ao máximo.



A camisa dele estava no chão. Passei a mão por seu peito de pedra, acompanhando a sua barriga. Um leve tremor percorreu seu corpo, e sua boca encontrou a minha de novo.



Seu peso me empurrou mais fundo na cama e minhas mãos ganharam vida novamente. Minhas unhas se cravaram nos músculos esbeltos de suas costas enquanto sua mão se fechou em volta do meu seio de novo.


Eu arqueei minhas costas para fora da cama, me pressionando contra ele, implorando sem palavras para que ele me tocasse mais.



Ele começou a se afastar - essa era sua reação automática sempre que concluía que as coisas tinham ido longe demais.



- Espere - eu disse, agarrando seus ombros e me aninhando junto dele. - Achei que já tínhamos superado essa fase. Você disse que estava pronto para me dar tudo o que eu quisesse de você.




Ele riu.



- E estou. - sussurrou ele - mas se continuarmos com isso... não acho que vamos conseguir parar.




Eu bufei e ele me beijou.




- Está com o pé atrás? - ele perguntou.




- Muito à frente.




- É mesmo? Nenhuma dúvida? Não é tarde demais para mudar de ideia.




- Está tentando se livrar de mim?




Ele riu.




- Só estou me certificando. Não quero que você faça nada de que não esteja certa.




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