09. conversa 💫

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                              Alec;




Eu me sentia... não sei como eu me sentia. Não parecia real… Mas eu conversaria com ela. Tentaria fazê-la me ouvir. E ela não me ouviria.


Edward não respondeu nem comentou os meus pensamentos enquanto seguia na minha frente de volta à casa. Fiquei pensando sobre o lugar onde ele escolherá parar. Seria bastante longe da casa para que os outros não pudessem ouvir nossos sussurros? O motivo era esse?


Talvez. Quando passamos pela porta, os olhos dos outros Cullen estavam desconfiados e confusos. Então, eles não deviam ter ouvido nenhum dos apelos que Edward me pediu.


Ele foi para o meio do grupo, os ombros rígidos. Kris o olhava com ansiedade e seus olhos desviaram-se para mim por um segundo. Depois ela o observou novamente.


O rosto dela adquiriu uma palidez cinzenta, e pude ver o que ele quis dizer sobre o estresse fazê-la sentir-se pior.



– Vamos deixar que Kris e Alec conversem em particular. – disse Edward. Não havia inflexão nenhuma na voz dele.


– Só sobre as minhas cinzas – sibilou Rosalie. Ela ainda pairava sobre a cabeça de Kris, com uma das mãos frias pousada possessivamente no rosto dela.



– Eu posso cuidar disso. – Ergui a mão direita e deixei uma pequena névoa escapar.



Rosalie prendeu a respiração. Então eles estavam cientes do que o meu poder fazia. Sorri ao pensar nisso.



– Pare com isso, Alec. – Kris me advertiu.



– Por que você só guarda esse humor para mim? – Eu ergui uma sobrancelha. – Com os outros você é um amor de pessoa… comigo você me atira pedras.



– Porque você me irrita. – ela resmungou.



– Você também me irrita... – eu fechei a mão e a névoa sumiu — Te odeio.



– O sentimento é mútuo. – ela fez uma careta, mas não conseguiu reprimir um sorriso.



– Kris – disse Edward num tom vazio. – Alec quer conversar com você. Tem medo de ficar sozinha com ele?



Kris me olhou, confusa. Depois olhou para a loira.



– Rosalie, está tudo bem. Alec não vai nos machucar. Vá com Edward.



– Pode ser um truque. – alertou a loira.



– Não vejo como. – disse Kris.



– Carlisle e eu ficaremos o tempo todo em seu campo de visão, Rosalie... – disse Edward. A voz sem emoção falhava, demonstrando raiva. – É de nós que você tem medo… Todos – disse Edward, a mão rigidamente indicando a porta. – Não vou pedir de novo.


A compostura que ele tentava manter para Kris era instável. Eu podia ver o quanto ele estava perto do homem ardendo em chamas que tinha sido lá fora. Os outros viram isso também. Em silêncio, passaram pela porta enquanto eu saía do caminho. Eles andavam rápido, exceto por Rosalie, que hesitava, e Edward, que ainda esperava à porta.



– Rosalie. – disse Kris, firmemente. – Eu quero que você vá!



A loira fuzilou Edward com os olhos e gesticulou para que ele saísse primeiro. Ele desapareceu pela porta e ela me lançou um longo olhar de alerta, depois desapareceu também.



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