24. favor 💫

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Foi só um pouquinho mais tarde que Edward me lembrou das minhas prioridades...




Ele só precisou usar uma palavra:




- Charlie...




Eu suspirei. Ele acordaria logo. Devia ser quase sete da manhã. Será que ele procuraria por mim? De repente, alguma coisa próxima ao pânico deixou meu corpo paralisado. Como Charlie estaria hoje?




Edward sentiu a minha tensão.




- Está tudo bem, amor. Vista-se e estaremos de volta à casa em dois segundos.




Eu devia estar parecendo um desenho animado, pelo modo como me pus de pé num salto e olhei para ele - seu corpo de diamante cintilando levemente na luz difusa. Então olhei para o oeste, onde Charlie esperava, depois voltei a olhar Edward de novo, depois olhei Charlie novamente, minha cabeça virando de um lado para o outro meia dúzia de vezes em um segundo. Edward sorriu, ele era um homem forte.




- É tudo uma questão de equilíbrio, amor. Você é tão boa em tudo isso, imagino que não levará muito tempo para ter uma visão melhor da situação.





- E temos a noite toda, não é? - perguntei, arqueando uma sobrancelha.





Ele abriu um largo sorriso.





- Acha que eu suportaria a ideia de deixar você se vestir agora, se não fosse assim?




Isso teria de ser o suficiente para me fazer atravessar as horas do dia. Eu equilibraria aquele desejo esmagador e arrasador para ser uma boa... Era difícil pensar na palavra. Embora Charlie fosse muito real e essencial em minha vida, ainda era difícil pensar em mim como mãe. Mas acho que qualquer mulher sentiria o mesmo, sem nove meses para se acostumar com a ideia. E com uma criança que mudava a cada hora.





O pensamento da vida acelerada de Charlie me estressou de novo. Nem parei nas portas duplas entalhadas para recuperar o fôlego antes de descobrir o que Alice tinha feito. Eu simplesmente irrompi no closet, decidida a vestir a primeira roupa que me aparecesse à frente. Eu devia saber que não seria fácil.




- Quais são as minhas? - perguntei, me virando para Edward.




Como prometido, o closet era maior do que o nosso quarto. Talvez fosse maior do que o resto da casa, mas eu teria de medir para ter certeza. Tive um breve lampejo de Alice tentando convencer Esme a ignorar as proporções clássicas e permitir aquela monstruosidade. Me perguntei como Alice venceu essa discussão com Esme.



Todas as roupas estavam guardadas em sacos de roupas, imaculados e brancos, fila após fila.




- Até onde eu sei, tudo, exceto este suporte aqui - Edward respondeu, tocando uma barra que se estendia por meia parede à esquerda da porta - é seu.




- Tudo isso?




Ele deu de ombros.




"Alice" - dissemos juntos.




- Muito bem - murmurei, e abri o zíper do saco mais próximo. Gemi entredentes quando vi o vestido de seda longo dentro dele: rosa-bebê. - Onde estão as roupas normais?




- Deixe-me ajudar - ofereceu Edward.




Ele farejou com cuidado o ar e então seguiu algum cheiro até o fundo do cômodo comprido. Havia uma cômoda embutida ali. Com um sorriso de triunfo, ele estendeu uma calça jeans desbotada. Voei para o lado dele.




breaking dawn - Amanhecer Onde histórias criam vida. Descubra agora