31. aliados 💫

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A enorme casa dos Cullen estava mais apinhada de hóspedes do que qualquer um julgaria poder ser confortável. Só deu certo porque nenhum dos visitantes dormia. A hora das refeições, porém, era arriscada. Nossos hóspedes cooperavam com o que era possível. Deram a Forks e a La Push uma boa distância, só caçando fora do estado; Edward era um anfitrião gentil, emprestando seus carros quando necessário, sem pensar duas vezes. A transigência me deixava muito pouco à vontade, embora eu tentasse dizer a mim mesma que, de qualquer maneira, todos estariam caçando em algum lugar do mundo.



Jacob estava mais perturbado ainda. Os lobisomens existiam para evitar a perda de vidas humanas, e ali estava o assassinato desenfreado sendo tolerado pouco além das fronteiras das matilhas. Mas, nessas circunstâncias, com a nossa família em tamanho perigo, ele mantinha a boca fechada e com os olhos fuzilava o chão, em vez dos vampiros.



Eu fiquei surpresa com a tranquila acolhida dos vampiros visitantes a Jacob; os problemas que Edward previu nunca se materializaram. Jacob parecia mais ou menos invisível a eles, não era bem uma pessoa, mas também não era comida.



Leah, Seth, Quil e Embry foram designados a correr com Sam e Jacob os teria acompanhado com satisfação, mas não suportava a ideia de ficar longe de Bella com os novos amigos de Carlisle por perto.



Repassamos a cena da apresentação de Charlie ao clã Denali uma meia dúzia de vezes. Primeiro para Peter e Charlotte, que Alice e Jasper nos mandaram sem lhes dar qualquer explicação; como a maioria das pessoas que conheciam Alice, eles confiaram em suas instruções, apesar da falta de informações. Alice não lhes disse nada sobre a direção que ela e Jasper estavam seguindo. Ela tampouco prometeu vê-los novamente no futuro.



Peter e Charlotte nunca tinham visto uma criança imortal. Embora conhecessem a regra, sua reação negativa não foi tão forte quanto a dos vampiros Denali. A curiosidade os impeliu a permitir a "explicação" de Charlie. E pronto. Agora eles estavam tão empenhados em testemunhar quanto a família de Tanya.




Carlisle havia mandado amigos da Irlanda e do Egito. O clã irlandês chegou primeiro, e foi surpreendentemente fácil convencê-los. Siobhan - uma mulher de forte presença cujo corpo imenso era ao mesmo tempo lindo e hipnotizante ao se movimentar em suaves ondulações - era a líder, mas tanto ela quanto o parceiro, de expressão severa, Liam, estavam acostumados a confiar no julgamento da integrante mais nova do clã. A pequena Maggie, com os flexíveis cachos castanhos, não era fisicamente imponente como os outros dois, mas tinha um dom para saber quando estavam lhe dizendo uma mentira, e seus vereditos nunca eram contestados.




Maggie declarou que Edward falava a verdade, e Siobhan e Liam aceitaram nossa história antes mesmo de tocar Charlie. Amun e os outros vampiros egípcios eram outra história. Mesmo depois de dois membros jovens de seu clã, Benjamin e Tia, terem sido convencidos pela explicação do meu filho, Amun recusou-se a tocar nele e ordenou ao seu clã que fossem embora. Benjamin - um vampiro estranhamente animado que parecia um menino e era totalmente confiante e totalmente descuidado ao mesmo tempo - convenceu Amun a ficar, com algumas ameaças sutis sobre desfazer sua aliança.




Amun ficou, mas continuou se recusando a tocar Charlie e não permitiu que sua parceira, Kebi, tampouco o fizesse. Formavam um grupo improvável - embora os egípcios fossem tão parecidos, com o cabelo preto e a pele bronzeada que facilmente passariam por uma família biológica. Amun era o membro mais antigo e o líder sem papas na língua. Kebi nunca se afastava de Amun mais do que sua sombra, e nunca a ouvi dizer uma única palavra. Tia também era uma mulher silenciosa. E todos eles pareciam girar em torno de Benjamin, como se ele tivesse um magnetismo invisível de que os outros dependiam para ter equilíbrio. Vi Eleazar fitar o rapaz com os olhos curiosos e imaginei que Benjamin tivesse um talento que atraía os outros para ele.




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