29. clã denali 💫

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Havia muito em que pensar. Como eu iria conseguir ficar sozinha para pesquisar sobre J. Jenks e por que Alice queria que eu soubesse dele? Se a pista de Alice não tivesse nenhuma relação com Charlie, o que eu poderia fazer para salvar o meu filho? Como Edward e eu iríamos explicar tudo à família de Tanya de manhã? E se eles reagissem como Irina? E se tudo acabasse numa luta?




Eu precisava de muitas respostas, mas não tinha a chance de fazer as perguntas. Querendo alguma normalidade para o meu filho, eu insisti em levá-lo para o nosso chalé na hora de dormir. Depois de Charlie adormecer profundamente, eu o coloquei em sua cama e fui para a sala, a fim de fazer minhas perguntas a Edward. Pelo menos aquelas que eu podia fazer; um dos problemas mais difíceis era tentar esconder alguma coisa dele.



Ele estava de costas para mim, olhando o fogo.




- Edward, eu...




Ele girou e atravessou a sala, sem que parecesse transcorrer tempo nenhum, nem mesmo a menor fração de segundo. Eu só tive tempo de registrar a expressão feroz em seu rosto antes de seus lábios pressionarem os meus e seus braços se fecharem à minha volta como vigas de aço. Não precisei de muito tempo para entender o motivo de seu estado de espírito - de ainda menos para sentir exatamente o mesmo.




Foi difícil me afastar dele quando o sol nasceu, mas tínhamos um trabalho a fazer, um trabalho que podia ser mais difícil do que a busca que o restante da família empreendia. Assim que me deixei pensar no que estava por vir, fiquei tensa; parecia que os meus nervos estavam sendo esticados, cada vez mais.




- Queria que houvesse uma maneira de conseguirmos a informação de Eleazar antes de contarmos a eles sobre Charlie - murmurou Edward enquanto nos vestíamos às pressas no imenso closet, que me fazia lembrar de Alice mais do que eu queria no momento. - Só por precaução.





- Mas ele não entenderia a pergunta - concordei. - Acha que eles vão nos deixar explicar?





- Não sei.




Tirei da cama Charlie, ainda adormecido, e o segurei tão perto que meu rosto se enterrou em seus cachos; seu cheiro doce, tão próximo, superava qualquer outro aroma. Eu não podia perder um segundo que fosse do dia de hoje. Havia respostas que eu procurava, e não sabia quanto tempo Edward e eu teríamos a sós. Se corresse tudo bem com a família de Tanya, com sorte teríamos companhia por um longo tempo.




- Edward, você me ensina a lutar com um vampiro? - pedi a ele, atenta à sua reação, enquanto ele segurava a porta para mim.




Foi o que eu esperava. Ele ficou paralisado, depois seus olhos me percorreram com um significado profundo, como se me vissem pela primeira ou pela última vez. Seus olhos demoraram em nosso filho dormindo em meus braços. Ele ainda achava que eu era frágil.




- Se houver uma luta, não há muito o que qualquer um de nós possa fazer - esquivou-se ele.




Mantive a voz calma.





- Você me deixaria totalmente indefesa?




Ele engoliu em seco convulsivamente, e a porta estremeceu, as dobradiças protestando, enquanto sua mão a apertava. Depois ele assentiu.




- Considerando dessa maneira... Creio que devemos pôr mãos à obra assim que pudermos.





Eu também concordei, e partimos para a grande casa. Não corremos.





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