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Selene

Uma semana depois

Finalmente festa, não que eu seja uma alcoólatra mas eu e meus amigos bebemos iguais umas condenadas. E hoje sendo o aniversário de Donna. Eu Alice, Gaspar e Vinícius vamos alegrar aquela gente.

Encaro meu reflexo e minha nossa estou um arraso. Um vestido de seda bege simples de alça e um salto, bom se 4cm for considerado salto eu usei.

Pego meu celular e ligo pra Alice mas dá  na caixa postal. Onde essa garota se meteu, eu sou a pessoa que sempre chega atrasada não ela. Se ela ainda estiver dormindo eu levo ela mesmo suja para lá.

Pego outro capacete e saio em direção a casa dela. Espero que pelo menos ela esteja já arrumada ou como eu disse vai suja. Levo apenas 10 minutos para chega até sua casa já que ela não mora tão longe.

— Ali cheguei. — Grito abrindo porta e entrando como se a casa fosse minha, é a força do hábito.

Estranho o facto de sua casa estar silenciosa de mais será que ela ainda não voltou do trabalho, mas hoje ela e Vinícius não iriam trabalhar eles prometeram. A mãe dela também deve estar trabalhando e ela apagada na cama feito a bela adormecida, eu conheço a amiga que tenho. Ela ultimamente vem sonecando nós lugares mais inapropriados.

Minha mão trava a centímetros da maçaneta ouvindo gemidos vindo de dentro do quarto, não acredito que ela está se atrasando por isso, não podia esperar voltar da festa para transar melhor.

Reviro os olhos pegando no meu celular prestes a enviar uma mensagem a ela dizendo que eu já fui mas a presença dela conta, mesmo que exista uma rixa entre ela e minha irmã.

— Mais forte por favor. — Ela súplica e faço uma carreta — Meu Deus, Vinícius. — Ela geme me fazendo estagnar no mesmo lugar.

Qual a probabilidade do Vinícius dela ser o meu Vinícius?. Impossível. Eles nunca fariam isso. somos amigos certo?.

— Porra Alice tão gostosa. Eu te amo. — Suas palavras foram igual um soco em meu estômago.

Eu não acredito, os dois juntos?. Minha amiga e meu noivo. Como eu fui burra.

Sem me aperceber abro a porta do quarto lentamente rezando para que tudo não passe de uma simples ilusão. Coloco a mão na boca contendo o grito e fico observando a cena. Vinícius tem as mãos de Alice presa nas costas enquanto ele entra fundo nela fazendo ela morder o lençol. Minha ânsia aumenta e sinto as lágrimas banhando meu rosto.

— Porra. — Ele geme jogando a cabeça para trás e nossos olhares se cruzam — Selene?. — Ele indaga surpreso saindo de dentro dela se deitando na cama.

Alice puxa o lençol para si cobrindo seu corpo e abaixa a cabeça envergonhada.

— Selene não é o que você pensando — Levanto minha mão fazendo com que ele pare de falar, sua voz está me causando náuseas.

— Eu sei muito bem o que eu estou vendo Vinícius!. — Sibilo áspera, me sentindo traída, pior eu fui corna — E você Alice eu te chamei de irmã. Merda como eu fui estúpida o tempo todo, vocês trabalham juntos, passam a maior parte do tempo juntos.

Pelos vistos mereço o diploma de corna condecorada, com PDH e tudo. Me viro saindo do quarto.

— Selene. — Ele tapa sua nudez com o travesseiro, solto uma fungada nasal.

— Adeus. — Falo saindo daquele lugar, daquela casa.

Como eu não pude perceber isso, Alice sempre me falava do namorado dela mas nunca disse o nome dele, jesus, estou me sentindo a pessoa mais estúpida em todo mundo.

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora