32

4.6K 336 12
                                    

Selene

Eu não queria largar Dionísio, tal como ele também. Quando Donna disse que a vida de esposa de um Moretti não era fácil, eu quase não acreditei mas a mídia é o verdadeiro vilão aqui, os jornalistas, fotógrafos paparazzos, tabloides, tudo isso concentrado em um único envento.

O tanto de pessoas que eu conheci hoje, na verdade, pessoas que vieram nos cumprimentar antes de Isabel me roubar do meu noivo, e das que vieram depois, tentando se intrometer na vida alheia, bando de coscuvilheiros. As mulheres que vieram elogiar as minhas jóias, preencheram a minha cota de pessoas fúteis que eu encontrava em 3 anos.

Mas nem todas são assim, as amigas de Isabel são bem legais e divertidas, a conversa com elas flui normalmente, é espontânea como se fossemos amigas de longa data.

— Dionísio está contaminando Domenico. — Donna resmunga olhando na direção em que os homens estão conversando. — Olha só para aquela toxicidade, sinto a radiação até daqui.

Dionísio e Domenico parecem não estar dando a mínima para a conversa, o olhar deles mantém-se fixo em nossa mesa.

— Não é para tanto Donatella, provavelmente Dionísio está assim porquê Domenico fala demais, e é muito irritante. — Rebato, se for para defender eu vou defender meu homem.

— Nah... tenho a certeza que Donna está certa. — Mariah diz.

— Viu só... qualquer um que fique alguns segundos perto do conde drácula, acaba pegando o vírus dele. — Donna diz.

— Acho que as duas tem razão, mas que Nico é irritante... isso ninguém pode negar. — Rose pontua.

— Hello... Estão falando dos meus filhos e eu ainda estou aqui! — Isabel informa.

— Que belos filhos problemáticos você tem! — Rita brinca.

— Drácula está vindo. — Donna aponta.

— Bom ele vai ter que esperar. Estou apertada, vou ao banheiro. — Me levanto.

— Não quer companhia? Vá que o Draculinha ou Mavis decidam vir ao mundo agora?.

Mando o dedo do meio para ela e sigo pro banheiro. Entro em uma das cabines, faço minha necessidade e ouço vozes conhecidas entrando.

— Eu ainda não acredito que um homem como Dionísio Moretti está noivo de uma coisinha insignificante como aquela. — Eu não conheço essa voz, nunca ouvi.

— Ela é só uma garota dando o famoso golpe da barriga em algum homem rico. Mas também não consigo acreditar como Dionísio está acreditando nela, e oferecendo diamantes que valem mais que esse maldito envento. — Essa sim eu me lembro, nunca esqueceria dela. Dizem que as grávidas guardam rancor e eu guardei muito dela.

— Você viu os Jimmy Choo que ela está usando? Um desperdício nela. Aquele cabelo que mais parece uma juba de leão.

— Os sapatos ficariam melhor em mim, o vestido, as jóias... não numa mestiça qualquer. Ela e a irmã são duas manipuladoras isso sim.

Olha falar de mim, todo mundo pode, até gozar com a minha cara, aparecia e etnia mas minha irmã não, minha irmã é sagrada.

— Boa noite queridas. — Saio da cabine deixando elas surpresas. Lavo minhas mãos e as seco sendo seguida pelos olhares venenosos das duas víboras.

— Olha lá a macaca fala. — A mulher que eu não conheço murmura e as duas caem na gargalhada.

— Víbora sênior e Junior. Duas mulheres amarguradas e invejosas, destilando veneno. — Dou um passo na direção delas e a outra recua — Se o meu brilho ofusca seu falso brilho, faça o favor de engolir seus ciúmes e socar bem no fundo de sua bunda.

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora