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Dionísio

Como assim ela fugiu? — pergunto irritado, já conseguimos provas o suficiente capaz para colocar aquela mulher atrás das grades para o resto de sua vida.

Mas agora me dizem que ela desapareceu. Simplesmente sumiu do mapa. Como se já não bastasse ela ter ido atrás da minha esposa no mês passado agora eu nem faço a mínima ideia de onde ela esteja.

— Ela não está em sua casa e em nenhum lugar de Florença todas as equipas e toda polícia de Itália está avisada. — Arya a delegada diz, mas isso não me deixa nem um pouco feliz. Katia não passa de uma psicopata.

— Agora que ela está por aí a solta, com Germano livre e as ameaças, eu acho que o melhor será contar pra Selene toda a história, para própria segurança dela! — David alega.

Em nenhuma hipótese contar a verdade sobre a mãe dela seria uma boa ideia, Selene não pode ter uma recaída se não o estado dela pode agravar e eu não quero isso.

— Cedo ou tarde essa notícia já vai estar nos telejornais e seria melhor ela saber por você. Eu vou contar para Donna! — Domenico diz.

Eu venho escondendo muita coisa da minha mulher faz meses, pro bem dela. Não posso deixar que ela fique mais estressada do que já anda, fazendo perguntas das quais eu não respondo.

— Nós temos que voltar ao trabalho. — Arya diz e David também se levanta.

— Te manteremos informados. Mas melhor você contar a verdade para ela. — David diz e os dois deixam a sala.

Suspiro fundo jogando a cabeça para trás, toda essa história está acabando comigo, que todos problemas resolveram aparecer de uma só vez, Kátia pode se esconder até nas profundezas do oceano, mas se ela ousar encostar em um fio de cabelo da minha mulher eu a mandarei pro inferno de onde ela veio e nunca deveria ter saído.

— Acho melhor irmos para casa, mamãe está perguntando o porquê de nós estarmos trabalhando em pleno domingo! — Nico diz se levantando.

Saímos da empresa e cada um seguiu  para seu carro, recebo uma ligação e conecto ao sistema bluetooth do carro.

— Dionísio Moretti. — Atendo porém a outra linha permanece em silêncio.

— Você tem sido uma completa pedra no sapato, e eu não gosto de empecilhos na minha vida. — Kátia e eu rapidamente pego meu computador, enviando o número para David e Alexander. — Vocês Morettis só tiraram minhas filhas e viraram elas contra mim. 

— Você causou toda sua ruína.

— Você verá quanta ruína eu ainda posso causar. Você não perde por esperar. — A ligação cai e soco o volante, acelerando para casa da minha mãe.

Eu preciso vê-la, toca-la, sentir que ela está bem e segura em meus braços. Cazzo eu preciso da mia Piccola para ficar bem. Selene é meu remédio natural.

Desço as pressas seguindo para o interior da casa e ouço gargalhadas vindas da cozinha e sigo as vozes.

— Olha quem chegou. — Minha mãe diz e ela se vira me encarando.

Selene praticamente pula do banco de seguida se agarrando em mim, em meu pescoço, abraço seu corpo sorrindo.

— Você está bem? — pergunto e ela sorri colocando sua mão em meu peito, acaricio sua barriga e sinto uma leve pontada, ela abre um sorriso enorme. — Ele chutou?.

— Ele só chuta para você. — ela diz e minha mãe sorri.

— Nós também estamos bem,  obrigada por perguntar. — Minha mãe diz chamando nossa atenção. —  Minha querida  pode acreditar, essa criança vai ser uma cópia exatado pai dele. — Ela aponta pro Nico — Falando em uma cópia do pai...

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora