Não desista de mim, por favor não desista
De mim, eu pertenço a você e somente você, amor
— Steve Lacy: dark redDionísio
Três malditas semanas e ela continua sem reagir, mesmo tendo saído da UTI, ela continuava inconsciente. Eu passo todas manhãs com ela e nas noites vou para casa, cuidar do nosso filho como prometi a ela.
Adam é uma criança calma, mas as vezes ele chora que não se cansa, ele sente saudades da mãe dele eu sei, o meu filho somente se acalma quando coloco um vídeo da Selene só para que ele possa escutar o doce som de sua voz e risada.
Eu sento ao lado da cama dela, leio para ela, canto, conto pequenos detalhes do dia a dia e como eu sinto a falta dela. De como estou tentando ser forte o suficiente para não sucumbir novamente a escuridão pelo nosso filho. por ela.
Por mais que eu finja que tudo está bem e vai ficar, ainda não me conformo com nada disso. As palavras duras que proferi a minha mãe e irmão, eu não estava em meu absoluto julgamento, eu nem sei quem eu era. Mas eu disse. disse coisas horríveis. E eles têm toda razão em me chamar de doente, eu sou doente, louco, psicopata, desequilibrado mas ela não via isso em mim. Selene não via uma bomba relógio quando olhava para mim.
Ela me amava mesmo com todos meus defeitos e jogos doentios. ela não me deixou quando a machuquei, ela não desistiu de mim. E eu não desistiria, porra de estado vegetativo que nada. Ela ainda vai apertar minha mão. Ela vai voltar para os meus braços, onde nada mais poderá machuca-lá.
— Fiore... — Aperto sua mão esperando receber algum sinal em troca. — Minha linda calêndula. — Toco em seu rosto, sereno como se estivesse dormindo uma longa sesta, e ela está. — Quando você vai voltar para casa? Sabe ... o Adam ele as vezes é tão barulhento quanto a mãe e sabe tirar minha cabeça do sério. — Brinco.
— Minha mãe e sua irmã estão cuidando dele. Donna vai ser mãe. Domenico está tomando conta de todas empresas sozinho. O que você acha de voltar para que eu ajude o bastardo do Nico? — Em um dia normal ela iria gargalhar e brigar comigo por estar chamando meu irmão de bastardo. Segundo ela, a única pessoa que pode zombar Nico é ela.
No início até que eu admito que passou pela minha cabeça desfigurar o belo rosto do meu irmão por estar sempre de gracinha com minha mulher, eu sentia ciúmes de como ela era aberta e alegre com ele, de como ela sorria com seu amigo Gaspar, outro que eu quis riscar da minha lista.
Mas meus ciúmes não resultavam em nada, a não ser dar mais gasolina as suas loucuras, as que eu sinto falta.
— Volta para mim e vem dar cabo do meu dia. Fuja de casa e me faça revirar a cidade inteira procurando por você, ligue a música no volume máximo e dance descalça pela casa. Me conte alegremente como foi seu dia no trabalho enquanto se entupe de gelado, me acorde ao meio da noite para cozinhar o seu doce favorito. Eu até deixo você conduzir mas volta para mim. Por favor.
Deito minha cabeça em sua barriga abraçando seu corpo, derramando algumas gotas de lágrimas.
— Você diz que chorar não nos torna fracos... mas sim mais fortes. — Sinto uma mão em minha cabeça e lentamente, desacreditado olhando para cima — Me-meu amor?.
— Nos torna mais fortes. — Sua voz está um pouco rouca e seus olhos meio pálidos,e está magra. Mas está acordada.
— Você voltou... acordou! — Ainda abismado abraço seu corpo com mais força, dessa vez derramando lágrimas de alegria.
— Di..onisio você está me aleijando! — Da alguns tapinhas em meus ombros me eu rapidamente a solto limpando as lágrimas, não contendo o sorriso em meu rosto — Água, estou com muita cede.
— Eu não sei se você deve tomar algo mas foda-se. Minha mulher está acordada. — Gritar aquilo em alto e bom som foi bom e libertador. Pego uma garrafa de água que Donna trouxe para mim e abro entregando a ela. — Toma meu amor. — Coloco minha mão em sua nuca ajudando ela a erguer a cabeça um pouco e dou a água de beber a ela.
— Cadê o nosso filho?.
— Ele está bem, está em casa sendo cuidado pela minha mãe e Donna.
— Em casa? Como assim? — pergunta confusa e olha aos arredores de apercebendo que está em um quarto de hospital.
— Você está desacordada a três semanas meu amor.
— Tre três semanas? Ele está bem? Eu preciso vê-lo. Quero ir para casa. Quero ver o meu bebê.
— Você não pode fazer esforços Selene. — Proíbo ela de tentar sair da cama, ela não está cem por cento recuperada. — Você estava em coma, vou chamar o médico.
— Eu dormi por três semanas Dionísio. Eu só quero meu bebê.
— Adam está bem, mas você precisa de estar bem para vê-lo. Vou chamar o médico.
— Não. Eu não quero nenhum médico.
— E para o seu bem meu amor.
— Eu não quero. Me leva para casa por favor!.
— Selene, fiore, por mais que eu queira eu não posso. Não posso até ter a certeza que você está bem.
Seguro seu rosto vendo seus olhos se enchendo de lágrimas e seus lábios tremerem, com cuidado ajudo ela a se sentar e a abraço.
— Quero ir para casa. — chora deixando suas lágrimas quentes molharem minha camisa.
— Ninguém vai te machucar meu amor. Não mais. Não precisa ter medo eu estou aqui com você.
A porta é aberta e me viro lentamente vendo o médico e a enfermeira segurando um tabuleiro com a medicação dela.
— Que bom que está acordada senhorita Moretti. — O médico diz caminhando até a cama segurando sua prancheta habitual.
— Por favor Dionísio. — Ela sussurra apertando meu corpo, tremendo com medo. Olhando para o médico.
— Como está se sentindo? — O doutor pergunta e ela se esconde em meus braços se recusando a olhar para ele.
— Casa. Me leve para casa. — súplica me apertando ainda mais. — Não deixe ele tocar em mim. Não quero um médico. — O doutor escuta tudo que ela diz e se afasta recuando.
— Está bem meu amor. Vamos chamar uma médica. Está bem para você?.
— Depois vamos para casa?.
— Sim Piccola. Depois vamos para casa.
— Eu vou chamar a Doutora Carmen. Senhor Moretti podemos conversar?.
— Não vá! Não me deixe!— Ela se agarra em mim.
— Pode dizer doutor.
— Sua esposa parece estar passando por uma crise de estresse pós traumático. Talvez seja melhor procurar ajuda psicológica, temos muitas medicas especializadas para esse tipo de assunto.
— Não quero e nem preciso de terapia. Eu só quero ir para casa para o meu filho.
Uma hora depois a médica tê-la examinado os resultados saíram, e ela disse que tudo estava ótimo com ela. Selene só precisava ficar mais alguns dias em observação mas ela se recusou a passar nem mais uma hora se quer.
Todos ficaram muito feliz em recebê-la em casa. mas ela somente pegou no bebê e se trancou no quarto. A única pessoa que ela queria ao seu lado era eu. Selene se recusava a desgrudar do Adam ou de mim.
Não fiz nenhuma pergunta, somente fiquei ao seu lado a cada segundo, cuidando deles e os vigiando. Ela não queria conversar e eu respeito a decisão dela.
— Dizem que o tempo cura tudo. — Ela brinca com os cabelinhos do nosso filho — Você acha que ele cura mesmo?.
— O tempo não cura meu amor. Ele cicatriza as feridas, até que você não sinta mais a dor delas.
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Um bebê para o italiano
RomanceEle sempre teve tudo que deseja aos seus pés, e fará de tudo para tê-la em seu domínio, nem que para isso precise engravida-la. Seus destinos estavam traçados desde muito cedo. Ela nunca deveria ter desejado reencontrar o garoto misterioso de sua in...