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Selene

Adivinhem quem acordou radiante hoje?. O sol porquê eu tô só o pó, e ainda com o barulho alto do meu celular tocando, eu amo Taylor Swift mas hoje não.

— Quem é?. — Pergunto sonolenta bocejando em seguida.

— Bom dia minha flor, que humor do cão hoje nem?. — Reviro os olhos bufando e deixo meu corpo ser consumido pelo cansaço e me deito na cama me virando pro lado.

— Só se for para você...Auch merda sole, figlio di puttana. — Insulto o sol que quase me cegou com seus malditos raios.

— Eu ia perguntar se você está bem mas dispenso seu sarcasmo.

Finalmente desisto de voltar a dormir e me sento na cama apertando os olhos pelo menos ainda enxergo mesmo lacrimejando.

— Como vão as coisas por aí?.

— Na floricultura tudo bem por enquanto já que com dona Kátia cuidando disso esse lugar praticamente vá desmoronar sem você Lene.

— Como ela está, está bem?.

— Não quero te deixar triste Selene, mas Kátia não merece ser chamada dê mãe, acredite você está muito melhor sem ela!.

— Eu tenho que ir Dionísio está me chamando. — Minto desligando o celular e cubro minha boca impedindo o grito.

Meu corpo é tomado por espasmos, desço da cama tremendo mal tendo controle do meu corpo e vou me segurando pelos cômodos até o banheiro. Eu só quero que tudo volte a ser como antes, quero minha mãe, ela tem seus inúmeros defeitos mas nunca deixará de ser a mulher que me deu a vida. Caio de joelhos em frente a privada e me seguro nela vomitando até minhas tripas, minha garganta dói o gosto da bile em minha boca somente me deixa mal disposta.

Puxo o autoclismo dando a descarga, as primeiras gotas de lágrimas caem em meu vestido, não consigo mais contelas então deixo que a culpa me consuma.

— Me perdoa mãe. — Eu estraguei tudo, arruinei minha vida e o mais importante de tudo o casamento da minha irmã e perdi o respeito da minha mãe.

Reúno as forças que do momento não possuo e  me levanto tirando minha roupa, coloco uma touca plástica e entro no box, ligo o chuveiro  deixo a água cair sobre o meu corpo aliviando meus músculos e por um milésimo segundo esquecer dos problemas.

Depois de sentir minha pele quase enrugada saio do banheiro, visto somente um robe azul e pantufas da mesma cor, solto meus cachos desfeitos, saio do quarto me sentindo bem fisicamente mas mentalmente de rastos.

— Dionísio. — Chamo por ele descendo as escadas e ouço vozes vindo da sala.

Assim que vejo toda família Moretti reunida mal consigo raciocinar e só consigo sentir o abraço da minha irmã.

— Graças a Deus que você está bem Selene. —  Sorrio contendo as lágrimas abraçando ela como se anos tivessem se passado.

— Estou bem não se preocupe. —  Falo e vejo Dionísio vindo até mim.

— Algum problema fiore?. — Ele questiona ficando em minha frente e Donna entre nós.

— Nenhum, não se preocupa. — Forço um sorriso e pela sua expressão ele parece não engolir muito bem.

— Querida. — Isabel diz me puxando pelo braço e me dando um longo abraço — venha cá, sente-se. — Ela praticamente gira Victor do seu lugar para que eu me sente ao seu lado.

— Ei esse lugar esta ocupado!. — Ele resmunga indo se sentar em outro lugar.

— Não mais. — Ela responde segurando minha mão e Donna também se encaixa no sofá segurando minha outra mão.

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora