Selene
Fiquei parada por longos minutos a entrada da minha casa, minha antiga casa, a casa onde passei meus bons e mais momentos, não acredito que estou saindo assim sem mais nem menos.
— Não vai entrar?. — Ele questiona.
— Não sei se devo entrar. — Sorri fraca.
— Se quiser podemos ir.
— Agradeço o que você está fazendo por mim mas agora eu me viro você pode ir embora. — Falo limpando os resquícios de lágrimas em meu rosto com as mãos.
— Eu não vou sair do seu lado Piccolla.
Ignoro o que ele acabou de dizer e abro o pequeno portão entrando. Assim que vejo meu jardim as lágrimas insistem em voltar, quem cuidará delas agora, mas também não sei se continuo sendo digna de cuidar delas, sendo que desonhonrei o sobrenome Santorini.
Chego em meu quarto e encontro tudo bagunçado, tudo espalhado em todos cantos, Dionísio faz cara feia e eu reviro os olhos.
— Eu disse que você pode ir. — Falo procurando minha mochila. Ele coloca as mãos no bolso analisando meu quarto.
— Desorganização não faz bem. — Ele diz.
— Para mim faz!. — Retruco e me sento na cama me sentindo extremamente cansada, será que agora eu posso gritar?.
Se eu gritar por ajuda alguém vai me escutar e me tirar dessa escuridão?.
— Seu sorriso é muito lindo Selene, nunca me esqueço do seu sorriso, então sorria e ilumine meu dia. — Ele diz ajoelhado em minha frente segurando meu rosto. Uma linha de confusão se forma em meu rosto, como assim não esquece.
Sinto algo macio limpando minhas lágrimas, encaro o lenço em sua mão e posso jurar que esse é o lenço que meu pai deu para mim e eu entreguei o rapaz de rua a anos atrás.
— Onde você achou esse lenço?. — Pergunto confusa tocando em sua mão pegando no lenço.
— Não perderia algo que significa tanto para mim, um simples gesto seu melhorou meu natal Selene. — Ele declara.
— Você... Você... Não é possível. — Falo incrédula.
— Feliz natal e um próspero ano novo Selene.
Ele acaricia meu rosto me fazendo relaxar. É como se tudo nele fosse perfeito, nenhuma preocupação é valida quando seus olhos estão em mim e seus toques levando consigo toda dor.
— O que eu estou fazendo?. — Tiro sua mão de meu rosto e me afasto dele. — Como você tem a coragem de tocar em outra mulher sendo que você é comprometido?.
— Quem disse que eu sou comprometido?.
— Eu mesma vi seu anel naquela noite. Céus eu não acredito que dei minha virgindade para um homem casado e ainda terminei gravida. Eu não quero problemas nenhum por favor me desculpa se eu arruinei seu relacionamento mas me deixa em paz por favor. Eu... Eu.
Ele dela nossos lábios me deixando sem reação e palavras, sua mão agara meu corpo como se estivesse reivindicando sua propriedade. Quase entrei na onda porém me solto dele e acerto um tapa em seu rosto, ele fecha os olhos respirando fundo e me encara.
— Por que você fez isso?. — Limpo meus lábios como se tivesse comido areia.
— Porquê você não para de falar. Eu não sou comprometido Piccolla.
— Não minta para mim eu vi o maldito anel. E pelo amor de Deus para de me chamar assim!.
— O anel é de minha mãe Selene, você sabe que eu não tenho ninguém na minha vida mas somente esta tentando me afastar porquê eu quero cuidar de você.
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Um bebê para o italiano
RomanceEle sempre teve tudo que deseja aos seus pés, e fará de tudo para tê-la em seu domínio, nem que para isso precise engravida-la. Seus destinos estavam traçados desde muito cedo. Ela nunca deveria ter desejado reencontrar o garoto misterioso de sua in...