Selene
Medo, as vezes Dionísio realmente me assusta, mas o medo que sinto não supera meu amor e desejo por ele. Dionísio Moretti me faz sentir tão viva, nunca me senti assim, viva, mas desde que ele entrou na minha vida.
Me fez enxergar que o amor não precisa de ser perfeito, muito menos eu. Eu podia ser quem eu quisesse com ele.
Sua santa imaculada até sua pequena ninfetinha, sem ser julgada pelas minhas ações.
Katia deve estar jogando sal grosso nas minhas lembranças, me amaldiçoando aos confins do inferno, mas eu posso dizer uma coisa. Meu inferno é tão doce e o diabo e meu salvador.
Seu celular toca porém ele desliga chiando, seus dedos apertam o volante, sobressaindo mais as veias de seu braço já que ele está com as mangas arregaçadas, ele mante uma mão no volante e outra pairando em sua testa pensativo.
Tiro sua mão de sua testa e levo até a fenda do meu vestido, ele desvia a atenção por alguns segundos, olhando para nossas mãos, minha que está sobre a dele. Traço círculos em sua pele, ele volta a prestar atenção a estrada acariciando minha coxa.
Sem malícia, somente carinho, eu sei que tocar em mim, faz ele relaxar, sem sexo só nos dois. São raras as vezes mas eu aprecio cada momento.
Levo sua mão até meus lábios e beijo, devolvendo ela na minha coxa.
Eu já me habituei com seu silêncio, na maioria das vezes o silêncio é melhor, mas dessa vez ele não me afastou. Bom me afastou até trocarmos de carro e pegarmos outro caminho.
Ele estaciona no cais, vejo alguns barcos e iates pela luz fraca dos candieiros espalhados ao longo das madeiras. Ele segura minha mão e me dá uma longa olhada antes de beija-la e descer do carro, dando a volta e abrindo a porta para mim.
Ele segura minhas pernas e retira os saltos, e envolve em minha cintura me carregando em seus braços.
- Você está bem?.
- Sim.
Ele me coloca no chão e me ajuda a subir no iate em puro silêncio ensurdecedor.
Vejo pétalas de rosas azuis e buquês de hortênsias espalhadas pelo chão, tal como velas aromáticas.
- Dionísio. - Me viro para ele - Isso está lindo.
Envolvo meus braços em seu pescoço e tento beijar ele mas ele desvia.
- Não Selene, não hoje muito menos agora!.
- Você preparou isso tudo, porquê estragar essa noite. - Trilho minhas mãos pelo seu peito até a sua cintura, toco na fivela de seu sinto e ele segura minha mão.
- Eu disse não. Então não atravesse limites dos quais você se arrependerá. - Ele solta meu braço e abre a porta de um quarto, dando espaço para que eu entre.
Caminho até o centro e vejo que a rosas também espalhadas pelo quarto e pela cama. Ele não entra, somente fica parado na porta me olhando. Abro o zíper do meu vestido e o tiro jogando no chão, ficando somente de calcinha.
- Você está chateado comigo?.
- Nunca fiore. Nunca ficaria chateado com você.
- Então porquê você não pode entrar no quarto e fazer amor comigo?.
- Selene. - Ele entra e vem até mim - Você está se escutando?.
- Não é sexo, não é transa. Eu só preciso de você, venha me amar. - Suplico.
- Eu já disse que não posso, não hoje. Eu vou acabar perdendo a cabeça e você nem eu queremos ir por esse caminho.
- Não pode, ou não quer?.
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Um bebê para o italiano
RomanceEle sempre teve tudo que deseja aos seus pés, e fará de tudo para tê-la em seu domínio, nem que para isso precise engravida-la. Seus destinos estavam traçados desde muito cedo. Ela nunca deveria ter desejado reencontrar o garoto misterioso de sua in...