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Selene

Ano novo.

Dionísio passa pela porta como sempre, caminhando em minha direção com uma sacola preta com o logo da Prada e uma caixa vermelha.

— Obrigada pela educação de bater a porta!. — Falo passando a loção em minha perna apoiada na beirada da cama. Ainda bem que eu tô de roupão, ficar nua em meu próprio quarto é um perigo já que Dionísio está sempre entrando sem pedir permissão.

— Como você está?. — Ele deixa a caixa e a sacola na cama.

— Estaria melhor se você soubesse bater a porta. — Retruco e caminho até a penteadeira, pego no perfume e passo em meu corpo.

— Minha casa e minha noiva não vejo a necessidade de tal ato. — Sua boca se curvou em um sorriso de satisfação mesmo com sua expressão fechada.

— Pode ir tirando o cavalinho da chuva querido, meu quarto, minhas regras e eu não sou sua noiva!. — Exclamo caminhando até ele e fico na frente dele — Pode sair do meu quarto. Para que eu possa me vestir senhor Moretti ou será que é pedir muito?.

— Eu trouxe um presente para você brontola. — Ele zomba me chamando de resmungona.

— Só vou deixar passar que você me chamou de resmungona pós quero ver o que você trouxe. — Me sento na cama e ele para do meu lado me observando como se fosse meu segurança.

Prada to me sentindo uma socialite, vejo um tecido vermelho e retiro da sacola e me levanto esticando o pano para ver melhor o vestido e me pergunto como isso coube em uma sacola desse tamanho, bom nas mãos dele parecia pequena vendo agora é bem grande. O vestido possui um decote em V, alças finas, na parte da costa possui fitas e é largo com uma fenda na lateral esquerda, dou alguns pulinhos internamente.

— Meu pai do céu, não sabia que o velhote tinha um bom gosto para vestidos. — Zombo colocando o vestido sobre a cama não amassando.

— Clarice quem me ajudou a escolher. — Ele confessa e sinto sua mão em meu ombro — Me chama de velho mais uma vez e te mostro o que o velho é capaz.

— Sempre tive uma tara por homens mais velhos, prefiro experiência e ser a aluna e não ter que ensinar garotos como tratar uma mulher. — Provoco abrindo um sorriso malicioso, ele envolve meu pescoço e parte do meu rosto com sua mão grande e forte me fazendo morder o lábio.

— Não me provoque ragazza. — Ele grunhe roçando seu nariz em meu rosto fazendo minha pele arrepiar ao contacto de sua respiração quente nela.

— Se você não sair do meu quarto nós vamos chegar atrasados a festa. — Sussurro ofegante.

— Escolha sensata Piccolla.

Ele me solta e segura minha barriga me virando para frente e roubando um selinho desprevenido de mim, eu sou humana, tenho desejos não sou feita de concreto muito mais com um deus de ébano igual Dionísio, não é nenhum pecado beijar ele e ficar sobrevoando nas nuvens.

— Você fica linda toda ruborizada Fiore. — Ele beija minha testa acariciando minha bochecha e sua mão repousa em meu ventre — Minha mulher, a mãe dos meus filhos.

Ele se agacha e abraça minha cintura ficando assim alguns minutos enquanto faço carinho em seu cabelo, ele beija minha barriga.

— Espero que você não esteja dando trabalho para sua mãe campeã. — Sorrio ainda mantendo minha mão em seu cabelo, é uma conversa entre pai e filha, apesar de eu ter um pressentimento de que seja um menino mas não vou estragar esse momento tão lindo — Não vejo a hora te poder te carregar em meus braços e cuidar de você, papai te ama, você e sua mãe.

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora