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Selene

Acordo com os raios de sol penetrando as janelas iluminando o quarto, uma brisa fresca com o aroma doce das flores preenche o quarto tal como o som dos passarinhos, obrigo meu corpo a se mover me sentando na beirada da cama e coloco minhas mãos na cabeça martelando com dor difusa que parece se irradiar para a região cervical descendo pela minha espinha até a lombar.

As lágrimas banham meu rosto e o soluço preso em minha garganta é inevitável, passo as mãos pelo meu rosto enxugando as lágrimas.

— Por que estou chorando? — questiono a mim mesma. Olho pro meu quarto e mordo o lábio inferior contendo as lágrimas.

Esse não é meu quarto! Me levanto da cama e analiso o local não me lembrando de como vim parar ao quarto dele. Nunca estive no interior de seu quarto entretanto sei que esse lugar pertence a ele, alem de sua fragrância estar presente em cada canto, tudo está arrumado perfeitamente, até os livros na pequena estante estão em ordem alfabética.

Meu estômago embrulha e tapo a boca segurando minha barriga, por favor bebê tenha pena da mamãe, faça doer menos. Meus pés me arrastam até a janela que dá ligação a sacada e inspiro o ar fresco acalmando os enjoos. Nunca havia prestado atenção a esse lado da casa, vejo uma trilha de caminhos de pedra seguindo pela grama verde até mais acolá me obrigando a estreitar os olhos para enxergar melhor o que suponho ser uma pequena ponte de madeira que atravessa um riacho e vejo alguns homens trabalhando em algo, algo muito grande coberto por grandes lonas.

Resolvo voltar pro quarto, pro meu quarto, fecho a porta atrás de mim e o aroma vindo de lá debaixo faz meu estômago roncar e decido seguir o cheiro á comida. Chego ao pé da escada e escuto uma voz feminina diferente de todas que já escutei nessa casa, será uma nova trabalhadora?.

Sinto uma fragrância feminina provavelmente um daqueles perfumes muito caros porem está dando voltas ao meu estômago, tapo o nariz entrando na cozinha encontrado uma loira alta com uma camisa social branca segurando um tablet em sua mão mostrando algo para Dionísio que segura uma colher em sua mão mexendo algo que pelo cheiro suponho serem ovos escalfados.

Meu coração aperta e bate como se estivesse me dando socos interiores, respiro fundo contendo a ânsia e a pontada de ciúmes. Quem será ela e porquê está tão próxima dele, o que será que ela está mostrando para ele?.

— Bom dia. — caminho em direção a geladeira ignorando a presença dos dois.

— Você pode ir senhorita Vitali conversaremos sobre os detalhes na empresa. — ordena, a mulher olha para mim e abre um sorriso triste assentindo e saindo rebolando sua saia lápis preta muito justa e os louboutins.

Bebo meu copo de água e começo a voltar pelo mesmo caminho que vim ignorando ele.

— Para onde a senhorita acha que vai?.

Respiro fundo contendo minha raiva e me viro encarando o homem que acaba de colocar um prato com comida na mesa e puxa a cadeira olhando para mim.

— Como você está? Também estou bem. Obrigada por perguntar! — ironizo, cruzando os braços.

— Venha se sentar, você precisa comer!.

— Não estou com fome. — resmungo. Viro pronta para sair daquele lugar infestado pelo perfume daquela mulher.

— Eu não estava pedindo Selene. Você vai se sentar e comer tudo igual uma boa garota!.

— Me obriga!. — Desafio cruzando os braços, ele cerra a mandíbula estreitando os olhos. Suas esferas se tornam escuras e ameaçadoras carregando um olhar vil. Meu coração palpita a medida que ele vem se aproximando lentamente, igual um predador.

— Não teste minha paciência Selene. — avisa, o tom de sua voz rouca rompe causando calafrios em mim. — Você vai se sentar e comer sozinha se não quer que eu te dê de comer!.

— Selene faça isso, Selene faça aquilo, Selene você não vai a lugar algum. — desdenho — Eu não quero e não vou comer em um lugar em que o perfume de sua amiguinha está infestando e me deixando mal disposta!.

Ele passa as mãos no cabelo e sorri mais do que o normal, engulo seco e dou um passo para trás batendo na parede, ele coloca seu braço direito na parede me prendendo.

— Se esse é o problema eu mando arrumarem a mesa lá fora amore mio. — afirma ficando a dois passos de mim. Acaricia a lateral do meu rosto me deixando tremula, encaro suas esferas envenenadas pelas sombras de um verde vil igual ao dos vilões da Disney.

— Você está me assustando Dionísio. — declaro recuando acuada e intimidada pelo seu tamanho e a forma que seus olhos devoram minha alma.

— Não tenha medo de mim Piccola. — seu polegar roça meus lábios e seus olhos me reivindicam. — Eu não vou te fazer mal, se bem que me lembro você declarou que iria me fazer perder o controle!.

Ele se curva colocando seu rosto a centímetros do meu, sua respiração quente de algum modo faz com que minhas pernas tremam.

— Dionísio. — Deixo seu nome escapar  ofegando com o toque de seus lábios em meu pescoço.

— Não é isso que você quer? Você não quer que eu perca o controle Selene?!. — sussurra sugando meu pescoço, mordendo e distribuindo beijos molhando.

Seus dedos invadem meu cabelo agarrando meus cachos, tudo tão bruto e excitante, puxa minha cabeça pro lado dando a ele melhor acesso ao meu pescoço, aperto os olhos mordendo os lábios absorvendo seus toques acendendo minha chama, puxa meu cabelo me fazendo arfar e soltar um gemido.

— Diga Selene. — Lambe o lóbulo da minha orelha me fazendo revirar os olhos e abraçar seu corpo procurando mais contacto entre nós. —  Você quer que eu perca o controle. Diga que você quer isso amore!.

Eu quero. Meu amor eu quero você. — Arranho suas costas e sinto sua protuberância roçando minha barriga. — Perca o controle e me foda igual uma puta.  Sua puta.

Rosna puxando meus cabelos me fazendo inclinar a cabeça para trás e sua língua quente e molhada passa pela pele exposta até meu queixo o mordendo. Sua outra mão acaricia meu pescoço descendo uma trilha até os botões do meu pijama onde puxa fazendo os botões se soltarem e cairem no chão. Ele aperta meu seio me fazendo ofegar e arquear a coluna, ele brinca com o mamilo e o puxa fazendo meu corpo arrepiar e eu fechar minhas pernas.

— Você não merece meus toques Selene. —  Morde meu lábio inferior o puxando. — Não depois de ter se encontrando com outro homem as escondidas. — Aperta meu seio com força fazendo o formigamento no meio das minhas pernas aumentar.

— Dionísio!.

— Cala boca que eu não mandei você falar. — Vocifera, seus lábios reivindicam os meus iniciando um beijo bruto me deixando confusa porém foda-se o raciocínio eu quero seja lá o que isso for. Ele solta meu seio e ele lateja, acaricia meus lábios e seus dedos envolvem meu pescoço apertando — Eu mando você obedece. Se eu disser que você não vai encontrar seu amigo você não vai!.

— Você não pode fazer isso! — protesto e ele aumenta a força do seu aperto sorrindo de escanteio lançando um olhar sombrio.

— Eu posso e sabe porquê?. — Sorri fitando meu corpo com pura devoção, depravação e luxúria. — Eu sou seu homem e você minha mulher, eu sou o único que pode tocar em você, amar você, adorar seu corpo, seu sorriso. Eu sou o único que merece seus toques, você é a porra da minha mulher Selene.

— Você é doente Dionísio. — cicio sentindo  as lágrimas preenchendo meus olhos.

— Por você fiore, você e somente você. Não me chame de egoísta eu odeio partilhar o que é meu, eu quero 100% do seu tempo. Você é minha.

Ele me carrega me obrigando a cruzar as pernas em seus quadris, ele abraçou meu corpo e começou um beijo feroz, suas mãos percorrendo meu corpo com volúpia e sua boca consumindo a minha. Sinto o gosto salga das lágrimas no beijo, isso é tão bom porém sinto que é errado mas eu quero estar errada cansei de ser a certa.

— Agora você vai comer! — Declara separando nosso beijo encostando nossas testas ofegantes. Ele me coloca no chão e acaricia meu rosto. — Seja uma boa garota que eu te dou a recompensa Selene. — Se curva até meu ouvido sussurando. — Vou te comer igual uma puta. Minha putinha mio amore.

Um bebê para o italianoOnde histórias criam vida. Descubra agora