Um bebê para o italiano

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Selene

Eu não gosto de brigar ou muito menos que ele se zangue comigo, eu sei que eu sempre arrumo brigas sem sentido somente porquê meu passatempo favorito é irritar Dionísio mas dessa vez eu estava certa e ele errado. Eu não sou uma prisioneira em seu castelo, ele não pode me prender aqui para sempre, eu tenho uma vida e sempre tive uma antes dele.

Ele não pode mandar em mim como se eu fosse sua posse, não pode me proibir de encontrar meu amigo somente pelos seus ciúmes doentios.

- Você tem certeza de que não será um problema? - Gaspar questiona com o semblante preocupado.

- Desde quando Dionísio é meu dono? Essa é a nossa coisa, é quarta feira dos tacos e eu não deixaria você na mão só para ficar presa naquela casa sozinha!.

Dionísio teve alguns problemas urgentes que resolver relacionados ao trabalho que requer sua presença, me levar junto ele não iria, me deixar sair também muito menos, eu não sou uma prisioneira repito. Se ele não autoriza por bem eu sairei contra sua vontade.

- Entendo que com Vinícius você não ligava a mínima mas agora é diferente eu acho, e fazer as coisas pelas costas do seu namorado não é bonito falo como seu melhor amigo.

- Gaspar de que lado você está em? - Cutuco seu braço provocando ele.

- Do lado do senso de responsabilidade, não acho que vosso relacionamento seja saudável sendo que você tornou ele em sua âncora e está se tornando dependente dele mas se eu tivesse uma namorada não gostaria que ela fosse se encontrar com outro homem!.

Reviro os olhos, isso é somente bobagem eu não estou me tornando dependente de Dionísio, ele está sendo meu farol e minha âncora mas não nesse ponto, eu realmente gosto dele e não estou confundindo amor com dependência. Pego em um taco mergulhando no molho picante e mordo uma das minhas comidas favoritas, o picante da comida mexicana faz as minhas papilas gustativas entrarem em um estado de fusão e sinto minhas narinas e olhos picarem. Eu adoro comida picante não, mas gosto das quartas feiras dos tacos pelos momentos, eu e Gaspar criamos belos momentos e até temos uma foto na parede dos clientes fiéis.

- Á-Água. - Peço abanando as mãos soprando minha boca.

- Eu acho que você não deveria comer comida picante!. - Ele entrega o copo com água e eu bebo como se minha vida dependesse disso, minha vida não porém minhas papilas gustativas sim.

- É tradição, eu como um taco picante e você canta no karaokê!. - Falo colocando o copo na mesa e dessa vez pegando num taco normal - E nós somos melhores amigos Gaspar, Dionísio sabe disso e não deveria ficar tão estressado com isso.

- Se Dionísio saísse para se encontrar com uma amiga qual seria sua reação?.

Fecho minha cara com a simples suposição de ele vir a fazer isso, mas ele não tem amigas, ele somente falou de Alexander então Clarice estava brincando sobre Gabrielle, ela não existe.

- Gaspar. - coloco minha cabeça em seu ombro - Gasparzinho meu querido melhor amigo. Eu sou a pessoa mais calma e compreensível que existe nesse mundo sabia?.

Ele solta uma risada nasal que logo se transforma em gargalhada e da alguns tapinhas em meu ombro.

- Selene. - Ele pende seu corpo pro lado se virando mais para mim, ele apoia seu braço direito na mesa e apoia sua cabeça em sua mão com uma de suas sombrancelhas erguidas - Seleninha minha querida melhor amiga. Todo mundo já está careca de saber que você é surtada, lembra quando você surtou e quase quebrou um vaso pelo simples facto de não gostar da Catarina porquê o McGarrett namorava com ela e não você?.