Um bebê para o italiano

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Dionísio

Enrolo um de seus cachos em meus dedos, e aproximo minha narina de seus cabelos, inalando sua doce e adorável fragrância a lavanda. Cazzo,  não existe nada nesse mundo que eu não faria por essa mulher.

Beijo seus ombros desnudos e observo a tentação de suas costas desnudas e o lençol cobrindo somente parte de suas pernas. Uma verdadeira escultura Greco-romana. Cubro o restante de seu corpo deixando que ela tenha esse momento de descanso. O que não tivemos na noite passada. Foi uma noite bem recheada e não queria ter que deixá-la.

Reúno todas as forçar para deixar a cama e me obrigar a ir até o banheiro e fazer o meu banho. Está se tornando hábito ter sua companhia em todos os banhos. Selene é um vício inquebrável. Minha doce ragazza, é minha para todo o sempre não importe quantas vidas existam depois dessa. Quero ela e somente ela em todas elas.

Visto uma camisa social preta e uma calça também de alta costura. Calço meus sapatos e penteio meus cabelos todos para trás. Pego na pequena caixa lilás e abro ela passado 5 anos. Vejo o pequeno colar com um pingente de borboleta e me lembro dela. Da sua doçura, alegria e gentileza por mais que ela tivesse seus defeitos, os que a meteram em encrenca muitas vezes. Ela era simplesmente mais uma garota tentando ser feliz em um mundo imperfeito.

— Porquê você não me acordou? — pergunta meio grogue. Segurando o lençol cobrindo sua nudes e com a outra mão coçando seu olho.

— Você precisa de descansar querida — digo. Devolvo o colar na caixa e antes que eu a feche ela toma a caixa de mim sorrindo. Deixando que o lençol se solte de seu corpo revelando sua nudes.

— Wow... que colar lindo... — Ela toca no objeto encantada.

— Fiore devolva isso, por favor. — Estendo minha mão.

— Haaa... eu estraguei a surpresa. — Sorri se esquivando de mim.

— Eu não estou brincando Selene. Devolva esse colar. — adverto.

— Que foi meu amor... porquê está ficando nervoso é somente um colar.

— Não é somente um colar Selene!.

— Não precisa ficar irritado somente porquê eu estraguei a surpresa. Eu devolvo e finjo empolgação quando você me der.

— Não existe surpresa nenhuma Selene. Devolva agora. — esbravejo e ela se assusta com meu tom de voz.

— Se não é para mim então para quem é? — O brilho de seus olhos muda, e posso ver a angústia e o medo tomando conta dela.

— Querida... — Tento me aproximar dela porém ela se encolhe com a minha aproximação, me fazendo recuar. Eu não deveria ter elevado o tom de voz com ela.

— Desculpa. — Devolve o colar na caixa e deixa sobre a mesa. Seus olhos brilham porém são as lágrimas que dão aquele brilho a eles.

— Meu amor por favor olhe para mim. — imploro e ela me ignora. Vira seu rosto pro lado e limpa rapidamente as lágrimas apanhando o lençol e cobrindo novamente seu corpo.

— Acho que você está de saída e atrasado para o trabalho. Também eu. — profere seca.

— Me desculpa Selene. Eu não queria e nem deveria ter gritado com você querida.

— E eu não deveria ter interferido em assuntos que não cabem a mim.

— Dio, Cazzo Piccolla. Tudo que acontece na minha vida tem sim a ver com você. Você é á minha mulher. A futura senhora Moretti e a mãe dos meus filhos.