Capítulo 2

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Despertador tocou, era 9hrs da manhã, sábado. Um dos meus dias favoritos pois eu tinha aulas de dança, acordava tão disposta e alegre que por um instante esqueci que veria a Valentina mais tarde.

— Luiza, mamãe te chamou pra tomar o café pois ela quer tirar a mesa já. — minha irmã mais nova Sara me chamou, era meu grude.

— tô indo sarinha. — nada como tomar um bom café antes das aulas. Tomei e corri pro estúdio de dança, minha aulas costumavam ser aos sábados e as vezes nas terças, variava.

— Luiza, minha aluna mais aplicada. Hoje vamos aprender uma dança diferente, bachata. — falou minha professora Bruna que também era dona do estúdio

— nunca dancei. Borá aprender. Vou me aquecer e já venho. — os primeiros passos foram razoáveis, mas eu teria tempo para pegar certinho.

— muito bem Luiza, nunca vi uma aluna dançar tão bem bachata logo na primeira aula. Você tem futuro se continuar no caminho da dança! — ouvir aquilo da minha professora era música para meus ouvidos, cada dia eu tinha certeza do que queria pra mim.

A aula foi muito boa hoje, logo que terminou corri pra casa, tomei um banho e fui almoçar em família pra logo após encarar meu pior castigo, ir até a casa da Valentina. Céus será uma tarde de sábado turbulenta e extremamente irritante. Estávamos todos juntos almoçando, quando ouço meu celular vibrando.. era ela.

"Oi Luiza, peguei seu número com a Duda. Tudo certo pra daqui a pouco né?"

"Oi, sim." — seca? Com ela sempre, era o máximo que eu conseguia.

— Luiza, você sabe que não gosto que mexa no celular enquanto estamos na mesa. — afirmou meu pai.

— desculpa pai, só tô respondendo uma colega da faculdade. Daqui a pouco tenho que ir na casa dela fazer um trabalho. — guardei o celular no bolso e voltei a comer.

— que colega luiza? — perguntou Carol

— a Valentina. — falei com a cabeça baixa pois todo mundo ali sabia do meu atrito com ela, sempre contava o estresse que essa garota me fazia passar.

— Ihh, aquela que você odeia? Mudou rápido de opinião hein.

— não mudei não carol, foi um sorteio entre a turma que o professor fez e eu estou sendo obrigada a aturar aquela insuportável. — respirei fundo e meu celular vibrando novamente, era ela. Deus me ajuda! — enfim, vou arrumar umas coisas. Com licença família.

Me levantei e fui até meu quarto ajeitar minha bolsa e ver o que a Valentina estava me mandando, maldita hora que essa garota pegou meu número!

"Luiza você sabe onde eu moro né? Só pra ter certeza que você não vai errar rsrsrs" — parece que eu li vendo a cara de sonsa dela falando.

"Sei o condomínio somente." —duda tinha me falado, claro.

"Beleza, moro na segunda rua, é a última casa :)"

"Ok"

Arrumei minhas coisas, quando vi já estava na hora de ir. Meu pai me levou até lá, dei um beijo nele e fui até a portaria.

— Oi, boa tarde. Meu nome é Luiza e eu vou até a casa da Valentina Albuquerque. —Falei no interfone.

— boa tarde Luiza, sua entrada tá liberada já. Segunda rua, casa 306, a última.

Dei um sorriso e agradeci. Quando entrei fiquei chocada em como as casas eram grandes e elegantes, realmente um condomínio de luxo. Agora entendi porque a Valentina era tão mimada e egocêntrica, óbvio que ela era filhinha de papai e tinha tudo nas mãos. Achei a casa, toquei a campainha e esperei alguns segundos.

Valu - Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora