Capítulo 13

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O clima durante a festa ainda estava tenso entre eu e a Valentina, ninguém percebeu nada afinal maioria estava quase bebados já. Não queria contar pra Duda pois com certeza ela falaria horrores no meu ouvido.

Valentina estava longe em um roda com seus amigos porém eu notava que as vezes ela me olhava disfarçadamente, eu já estava quase indo embora.

— Luiza né? Oi. Meu nome é Fernanda mas pode me chamar de Fer. Sempre te vejo na faculdade, te acho uma gata. — oxi que doida.

— Oi Fernanda. Obrigada, eu acho. — agradeci mas fui ríspida.

Claramente aquela garota estava bebada, dando muito em cima de mim e eu sempre seca. Ela sentou do meu lado e por mais que eu desviasse e pedisse pra ela sair não adiantava.

— Fernanda né? Então eu não vou te beijar e você está sendo inconveniente. Será que dá pra você me dar licença querida. — fui educada ainda. — busquei rapidamente ver onde Valentina estava mas não encontrei, não queria que ela pensava algo de errado.

— Bem que falaram que você é toda bravinha, eu gosto. Mas se você não quer. — ela colocou a não na minha coxa rapidamente e disse no meu ouvido.— Mas se mudar de ideia, tô aqui.

Claro imediatamente tirei a mão dela dali, sempre tem um bebado pra fazer graça. Porém quando eu olho reto vejo Duda me repreendendo com o olhar, fiquei sem entender pois não tinha feito nada.

— Que bonito né? Precisava disso Luiza? Que papelão!!! — olhei pra ela ainda sem entender.

— do que você tá falando Duda? Aquela doida veio tentar me beijar mas não aconteceu nada, mandei ela embora.

— Não foi o que pareceu com a bela mão dela na sua perna, conversando ao pé do ouvido. E vou te falar, Valentina viu e saiu arrasada. — Na hora meu coração disparou.

— Duda eu juro! Pode perguntar para as meninas que estavam comigo, eu recusei todas as investidas daquela garota. Vocês entenderam tudo errado. — Duda viu que eu estava falando a verdade e na hora mandou eu ir atrás da Valentina.

— Luiza, ela deve ter ido pra casa. Toma, Igor me deu a chave, aproveita que os pais deles não estão aí. Não deixa a Valentina pensar algo errado, vocês estavam indo tão bem. — Duda não sabia o que tinha rolado mais cedo e não seria agora que eu contaria, sai da casa do Henrique e fui até a de Valentina que ficava pertinho uma da outra.

Cheguei, abri a porta principal e entrei silenciosamente. Subi as escadas e fui em direção ao quarto da Valentina. Meu coração estava na boca pois já havíamos brigado e agora essa situação.

Vi a porta dela entreaberta, quando eu olho ela de costas sentada na beira da cama com a cabeça baixa.

— Valentina? — Bati na porta e ela virou assustada.

— Luiza? O que você quer aqui? — falou em um tom mais agressivo.— vai embora.

— Não, não vou. Preciso de explicar o que você viu..

— explicar? — ela deu uma risada irônica. — você não tem nada para me explicar. Você é livre pra fazer o que quiser, agora vai embora por favor.

— Valentina me ouve. — cheguei perto dela. — não aconteceu nada entre mim e aquela garota, ela tentou de fato mas eu neguei. Valentina olha pra mim..

— vai embora, Luiza. Eu respeitei seu espaço pois agora respeite o meu e vai embora! — ela nem olhava pra mim, senti um aperto tão grande.

— Tudo bem, mas acredite em mim.

Sai fechando a porta, desci as escadas e quando estava prestes a sair me deu um súbito de consciência. Decidi ficar, não iria deixar Valentina sozinha ali pensando tantas bobagens errada ao meu respeito.

Claro, respeitei o espaço dela e não fui até o quarto. Sentei no sofá da sala, pensando no que fazer. Resolvi deixar Valentina se acalmar e esperar que ela queira conversar comigo, mas dali eu não saía.

Passado uns quarenta minutos já, eu não tinha coragem de subir lá, parece que toda aquela pose de querer resolver as coisas havia sumido. Me levantei, peguei meu celular na tentativa de falar com a Duda, quando ouvi uns passos descendo a escada.

— Luiza? Você ainda tá aqui? — Valentina parecia mais calma porém ainda com o tom rude. Ela já tinha tirado a roupa da festa e estava de pijama.

— Eu não consegui ir embora. — ela desceu as escadas ficando na minha direção. — preciso que acredite em mim.

— Luiza, eu estou cansada, não tô afim de papo.— cheguei mais perto dela, colocando minhas mãos em seu rosto.

— por favor Valentina, não quero que pense mentiras sobre mim. Eu juro que te disse a verdade, não aconteceu nada, pode perguntar para as meninas que estavam perto de mim.

— Luiza você não tem que me explicar nada, a vida é sua. Se você diz que não aconteceu, aí é contigo. Não é problema meu.

— Valentina..

— deu Luiza. — ela me interrompeu. — do que vai adiantar você vir aqui e me falar essas coisas? Nada. Pois não temos mais nada. Então vai embora.

Eu paralisei na frente dela, percebi que perder ela me doeria muito mais. Eu simplesmente não conseguia ir embora, não conseguia me desprender por mais que minha razão quisesse, meu coração queria ela.

Todas as coisas que eu disse a ela antes, agora eu já não diria novamente. Na verdade, olhando aquele rosto lindo e nitidamente brava comigo só me faz querer beija- lá.

Me aproximei dela, olhando fixamente em seus olhos verdes, peguei na sua mão e ela sem entender mas seguindo meus passos, entrelacei nossos dedos e me aproximei ainda mais do corpo dela.

— Eu não vou embora. — sussurrei perto da boca de Valentina. Foi quando eu a beijei. De início ela parecia reclusa ao beijo, mas logo colocou as mãos na minha cintura e apertou como se ela precisasse desse toque ao meu corpo.

Minhas mãos passeava pelo corpo da Valentina, era um beijo intenso com um misto de saudade e querer. Agora um silêncio naquela casa enorme, única coisa que se ouvia era o estralo do nosso beijo.

Hummm, finalmente Luiza se tocando né? Próximo capítulo terá continuidade a esse beijo 🔥
O que acharam?

Valu - Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora