Capítulo 5

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Cheguei em casa cansada depois de um dia exaustivo de faculdade, sempre chegava tarde e meus pais na maioria das vezes já estavam dormido. Esquentei o jantar, tomei um banho e fui direto pra cama.

Na manhã seguinte acordei correndo pois estava quase na hora da minha aula de dança, meu celular acabou não despertando e por sorte acordei a tempo.

— bom dia pai e mãe. — peguei uma maçã e dei um beijo neles e fui saindo.

— que isso filha, toma seu café direito. — disse minha mãe.

— não vai dar mãe, se não irei chegar atrasada na aula. Beijo até depois.

Cheguei no horário exato, ufa deu tempo. Me preparei, aqueci e fui treinar os passos de bachata. Nesse meio tempo eu lembrei que eu conseguiria pagar só mais uma mensalidade, precisava arrumar um emprego logo pois isso estava me preocupando. Não queria interromper minhas aulas.

— Luiza, está tudo bem? Te achei meio pra baixo hoje. — perguntou Bruna, professora e dona do estúdio de dança.

— É, talvez eu esteja. Mas não se preocupe. — ela insistiu para que eu falasse sobre. — Não sei se vou continuar com as aulas, perdi meu trabalho e preciso encontrar outro ou não terei como arcar com o custo.

Abaixei a cabeça com tristeza e quando volto a olhar pra ela, tem um sorriso estampado, ela parecia ter uma solução que me intriga.

— Luiza, não sei se você aceita mas eu estou precisando de uma professora de dança no período da tarde. E você é uma ótima dançarina, com uma ajuda minha é claro você pega o ritmo das aulas rapidinho.

Eu simplesmente fiquei paralisada e não sabia o que dizer, isso era uma grande oportunidade.

— E tem outra coisa, caso você aceite eu continuarei te dando aulas normais, não vou te cobrar. É um bônus além do salário. E aí, fala alguma coisa! — eu ainda tava sem saber o que dizer, em um ato de felicidade pulo dando um abraço em Bruna. — posso considerar isso como um sim? — perguntou ela

— Meu Deus, claro. Aceito. Eu nem sei como agradecer essa oportunidade, você não vai se arrepender. Darei tudo de mim.

Voltei pra casa em êxtase, finalmente irei trabalhar com algo que amo. Combinei de começarmos na próxima semana, não via a hora.
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Passado alguns dias, chegando na faculdade vejo Valentina no jardim sentada em um banco, lendo um livro. Pensei vou passar reto mas ela implicava tanto comigo que nada melhor do que revidar um pouquinho.

— Finalmente fazendo algo útil né Valentina, não sabia que gostava de ler. — ela abaixou o livro e me olhou com aqueles olhos verdes, claro com a resposta na ponta da língua.

— Tem muitas coisas sobre mim que você não conhece, Luiza. — ela me encarou de um jeito.

— Eu já li esse livro, só pra constar..ela morre no final. — ela arregalou os olhos, sem acreditar que dei um spoiler.

— Luiza!! Isso foi jogo baixo. — dei uma risada de canto ao ver a reação dela.

— Eu sei. Boa leitura Valentina. — sai andando rindo, a cara dela foi impagável.

Encontrei a Duda no corredor das salas e sim ela estava com o Igor, depois que começaram a namorar não se largavam nunca.

— Luiza, era você mesmo com quem queria conversar. — ela me puxou de canto

— fala.

— amanhã eu, Igor e mais uns amigos vamos sair pra um barzinho, vamos? Por favor Luiza....

— Ihh não sei, quem vai? — perguntei

— ah, nós, uns amigos do Igor e a Valentina.. — claro que ela iria, porém eu estava feliz que ia começar meu trabalho como professora de dança que nem liguei, estava feliz.

— Eu vou.

— Pensei que seria mais difícil de te convencer, oba gosto assim. Vou dormir na sua casa então. Pode ser? — perguntou Duda e eu respondi que sim.

Após o término das aulas, indo pro ponto de ônibus ouço alguém me chamando:

— Luiza..— virei pra trás, era a Valentina.

— o que foi Valentina? Fala logo pois meu ônibus passa já já.

— posso te dar uma carona se quiser.— ela me olhou arqueando as sobrancelhas.

— Não. Obrigada. — virei as costas e ela me chamou novamente. — fala logo Valentina.

— Igor me falou que você vai sair amanhã com a gente, quero propor bandeira branca. — eu ri, ela tá falando sério? — Não ri, cansei desses joguinhos, quero que nos demos bem de uma vez por todas.

Ela realmente estava falando sério, eu não sabia o que responder não esperava por tal atitude.

— Valentina não pira. Eu e você somos incompatíveis.

— Isso é o que você acha. Cansei dessa implicância toda, só quero que fique tudo bem e sociável entre a gente. — forcei um riso de lado abaixando a cabeça, por mais que eu achasse a Valentina insuportável, isso era melhor do que aguentar os deboches dela, então concordei.

— Tudo bem Valentina, bandeira da paz. Mas isso não significa que eu goste de você ou te ache menos estúpida. — ela riu e parecia contente com a resposta. — agora tchau, antes que eu perca meu ônibus.

— até amanhã, Luiza. — ela ficou lá parada me vendo entrar no ônibus..

Tão gostando? Estou escrevendo e tentando atualizar o mais rápido possível. Próximo capítulo terá cena de ciúmes por parte da Luiza. 🫢 aguardem.

Valu - Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora