Valu - Desejos

Capítulo 1

Oi gente. Eu criei uma verdadeira fic na minha cabeça do início do relacionamento de valu e achei justo começar a postar aqui. Espero que gostem, boa leitura!

Era mais um dia normal na minha vida, fazia a mesma rotina todos os dias. Acordava cedo, revisava algumas atividades da faculdade e logo por volta das 10hrs saía para meu trabalho. Eu era garçonete em um restaurante, era freelancer, trabalhava para pagar meu curso em uma escola de dança do rio. Apesar de estar cursando direito meu sonho sempre foi ter meu próprio estúdio de dança e viver dele.

Mas aquele dia fui trabalhar e tive a triste notícia que o restaurante fecharia as portas e com isso eu perderia meu emprego. Tudo bem que trabalhar lá nunca foi por vontade e sim por necessidade, afinal como eu pagaria meu curso agora? Eram tantas preocupações.. trabalhei meu último dia, sai e fui direto pra faculdade, eu era bolsista e sempre fazia questão de chegar cedo, ser uma boa aluna.

Como cheguei alguns minutos antes aproveitei para ir até a biblioteca e repassar algumas matérias. Mas nesse dia eu estava tão avoada que minha concentração estava no mundo da lua... quando eu senti alguém me cutucando..

— terra chamando Luiza, alô. — era a Duda, me olhando com uma cara de assustada.

— ah oi Duda, desculpa estava distraída aqui. — falei forçando um riso

— to vendo mesmo, tá com uma carinha. Aconteceu alguma coisa? — sentou ela do meu lado.

— perdi meu emprego de garçonete e agora tô preocupada pois o dinheiro que tenho da pra pagar só mais uma mensalidade, preciso arrumar outro trabalho pra já!

— que barra amiga, você tinha arrumado esse emprego somente pra isso. Mas logo você encontra outro, não desanima. — Duda me acalmou e ela estava certa, me afobar agora só ia me deixar mais preocupada. — eu vou te ajudar no que precisar, agora levanta e se anima mulher, vai dar tudo certo.

— obrigada Duda. Você é incrível amiga.

— imagina, bom, eu vou lá encontrar o Igor antes da aula, quer ir junto? — perguntou Duda se levantando

— até iria, mas onde está o Igor, está a peste da Valentina, então vou ficar por aqui mesmo. — revirei meus olhos, já basta dividir a mesma sala que ela, o que eu puder evitar, evito.

— você e sua implicância com a Valentina, então tá né. — Duda saiu e eu voltei para meus estudos e nem vi a hora passando, quando vi notei que a aula já tinha começado e corri pra sala, meu Deus eu nunca me atrasava!! Minha sorte foi que o professor ainda não tinha chego, suspirei aliviada até ver um certo alguém sentada na minha cadeira..

— será que dá pra você dar licença? Eu sento aqui e você sabe bem, valentina. — olhei fixamente brava enquanto valentina me olhava calma e debochada, ódio!

— oi Luiza, pensei que você não vinha hoje. Tá atrasada e você nunca se atrasa né?! — ela sorria com sarcasmo e isso me irritava tanto.

— Valentina eu não tô boa hoje, quer fazer o favor de sair do meu lugar? — coloquei minha bolsa em cima da carteira e encarei aquela sonsa.

— engraçado não tô vendo seu nome aqui não Luiza. — a rodinha dela toda rindo da piada sem graça, como pode ser tão insuportável?

— você se acha tão engraçada né? Eu não vou pedir uma segunda vez Valentina!! Sai! — falei com um tom mais alto, eu tento não me estressar mas se tratando dessa é impossível

— que isso, bravinha! — eu odeia ela! — pode sentar, nerd. Eu prefiro o fundão né galera?! — ela saiu e eu sentei na força do ódio, não vejo a hora de me formar e ficar longe dessa garota fútil.

Professor entrou, pediu desculpas pelo atraso e prosseguiu normalmente. As aulas passou voando, estava quase dando o horário pra ir embora até que o professor resolveu passar um seminário para ser feito no final de semana.

— Pessoal, seguinte. Quase esqueço mas tenho um trabalhinho para vocês pro fim de semana — todo mundo reclama, inclusive a chata da Valentina. —vai ser em duplas e como sempre são as mesmas, desse vez farei sorteio para decidir, eu quero mais entrosamento dessa turma, vou sortear e não quero reclamações.

Professor começou a tirar nome por nome, tudo que eu conseguia pensar era "Valentina não, valentina não" não ia suportar fazer qualquer coisa com essa sonsa. Todos os nomes saindo, menos o meu é o DELA. Até que..

—Os papéis estão acabando hein.. vamos para a próxima dupla. Luiza e.. — silêncio na sala até o professor pegar outro papel — olha só, isso vai ser novidade. Luiza e Valentina!

Não!!! Ouvi isso foi como entrar em um buraco sem saída. Não tem a menor chance disso dar certo, me nego!

— Psiu, Luiza. Vamos fazer o trabalho na sua casa ou na minha? — valentina falou sarcástica, por deus ela é insuportável!!! Imediatamente me levanto e reclamo, preciso mudar isso.

— professor não aceito fazer trabalho algum com essa garota, eu faço com qualquer pessoa. Ela não. — fico de braços cruzados e tento fazer uma cara de dó para convencer o professor.

— Luiza não tem como mudar, é um seminário simples, simples demais eu diria. Nada que vocês duas não consiga fazer e outra se eu mudar você, outras duplas também vão querer e aí deixará de ser um sorteio. — sento com a cara fechada e simplesmente não acredito, que maré de azar eu estou.

Finalmente a aula acaba e posso ir embora, hoje o dia foi péssimo de todas as maneiras possíveis. Tudo dando errado pra mim. Valentina passou o resto da aula tentando falar comigo porém a ignorei, tentei sair correndo da sala pra evitar trocar qualquer palavra com ela. Porém ela é insuportável demais pra me deixar em paz.

— Luiza espera! — segurou meu braço, eu parei e virei calmante contando até três.

— fala inferno.

— temos dois dias pra fazer esse trabalho, temos que combinar isso. — Valentina falava sem sarcasmo ou piadas, novo porém ainda sim é uma sonsa.

— então eu pensei em fazer isso sozinha e você se vira com o seu, sei lá. — ela virou os olhos e deu uma risada. — tá rindo do que? Tô falando sério.

— você fica uma graça brava, sabia? — impressionante ela nunca perde uma oportunidade de me irritar, somente reviro os olhos e dou as costas. — espera Luiza, calma. Sem piadas e nada do tipo prometo. Somente focar no trabalho pode ser ou..

— tá! Tô vendo que não tem saída mesmo. Amanhã a tarde você pode? — vou tentar ser paciente somente por conta desse trabalho, apenas.

— claro que posso. 14hr na minha casa? Mas se quiser pode ser na sua, você quem vê. — qualquer um dos dois é ruim pelo simples fato de estar com a Valentina mas antes a casa dela que a minha, que pesadelo!

— pode ser na sua, estarei lá às 14hrs em ponto. Até amanhã. — fechei a cara e sai, tudo que eu quero é fazer esse trabalho e me livrar desse encosto.

— Ate amanhã Luiza.