Capítulo 11

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Terminamos nosso beijo dando um selinho, abri meus olhos e vi um enorme sorriso no rosto de Valentina. Ela olhava pra mim não acreditando no que havia acontecido.

— ainda continua em dúvida? — perguntou, estávamos abraçadas uma olhando pra outra.

— Se eu te falar que sim, vou ser julgada?

— óbvio. Mas sério, eu respeito seu espaço, não quero te pressionar.

— e eu não quero que criei expectativas, tem muita coisa que preciso pensar e organizar dentro da minha cabeça. — respondi

— tudo bem. E quando terei certeza do que você sente?

— Valentina!!

— ok, entendi, sem pressão. — ela beijava meu pescoço ao mesmo tempo que me abraçava. — cheirosa!

— chega já né? Preciso ir embora.

— certo. Eu te levo.

— não precisa, vou de ônibus Valentina. — ela franziu o rosto.

— De jeito nenhum. Vou te levar sim, sem discussão. — tentei recusar mas não deu, subi na moto e abracei a cintura da Valentina e fomos.

— Entregue. — Valentina parou em frente de casa.

— obrigada por me trazer. Tchau. — dei um beijo na bochecha dela.

— Só na bochecha?

— Valentina!

— Tá, tá. Vou indo então. Dorme bem e sonha com nosso beijo viu militantezinha.

— Não quero ter pesadelos com isso, estúpida. — dei risada e entrei. — Oi pai, oi mãe, cheguei.

— oi filha, chegou mais cedo hoje. — disse minha mãe

— sim, não precisei pegar o ônibus, uma colega me trouxe.

— desde quando a Valentina é sua colega Luiza? Escutei o barulho da moto, era ela não era? — perguntou Carol

— Era Carol, e daí? Ela me deu um carona só, que coisa. Vou jantar e depois tomar meu banho. Com licença.

Após jantar, tomei meu banho e fui direto pra cama.

— Luiza, você tá pegando a Valentina? — Carol surgiu do nada no meu quarto. — não engoli essa história de carona, você odiava ela. Me conta agora, sou sua irmã! Nunca me escondeu nada, vai desembucha.

— Tá, tá. Resumindo, nos beijamos hoje mas foi só hoje. Desde o dia do bar a gente teve uma conexão estranha, rolou muita coisa e hoje quando fui conversar com ela acabou rolando. Foi isso. Satisfeita?!

— Eu tô chocada. Até ontem você não podia ouvir falar nela. Você gosta dela? — perguntou

— Não sei. Eu sinto uma coisa mas não sei o que é exatamente.

— já contou isso pra Duda? Você sabe que ela vai te zoar pro resto da vida né?

— Nem me fale, nem sei como vou contar isso pra ela. Mas amanhã eu penso nisso, vou dormir. Boa noite irmã.

Carol saiu do quarto apagando a luz. Eu estava quase pegando no sono quando recebo uma mensagem.

"Eu fecho meus olhos e só lembro de hoje. Não sei o que vai ser daqui pra frente mas quero que saiba que estou disposta a correr o risco com você. Boa noite, lu."

Soltei um sorriso bobo e fiquei feliz com aquela mensagem da Valentina.

"O que for pra ser, será. Dorme bem e até amanhã. 💙"

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Dia seguinte e eu já havia ido pra escola de dança, estava naquela rotina novamente, tudo se repetia. E lá estava eu dentro do ônibus a caminho da faculdade.

Chegando lá eu precisava falar com a Duda, já estava me preparando para as piadas. Ela estava no pátio mexendo no celular e sozinha, ufa.

— Duda, oi. Preciso te contar uma coisa e tem que ser agora antes que eu me arrependa.

— que isso mulher, endoidou foi? Fala.

— como eu falo isso?! Ehh.. eu e Valentina nos beijamos! Pronto falei. — escondi minha cabeça com a mochila e só escutei uma risada dela.

— mentira! Eu sabia que aquele ódio era amor incubado Luiza!

— Para, foi só um beijo boba. Fui pedir desculpas pra ela e enfim, acabou acontecendo.

— E agora? Como você vai lidar com isso? Ela gosta de você e isso tá bem claro.

— eu sei, e não quero machucar ela. A gente conversou meio por cima, eu disse à ela que precisava pensar, ver sobre meus sentimentos... só que eu não sei como agir.

— Luiza, relaxa tá? Se você disse isso pra ela, tenho certeza que a Valentina irá respeitar. Mas cá entre nós, vocês duas juntas são duas gostosas, combinam! — dei um tapinha no ombro dela sem graça.

— Vamos ver como vai ser agora na aula né.

— ah ela não vem hoje, recebi uma mensagem do Igor. A mãe deles fez um jantar com uns empresários e advogados e queria os dois presentes. Então respira mulher.

Na hora pensei o quão tedioso Valentina devia estar nesse jantar. Com certeza a mãe dela obrigou ela a ficar lá. Enfim, fui pra sala, assisti todas as aulas e quando vi já era hora de ir pro ponto pegar meu ônibus. Eu só não contava com uma pessoa lá me esperando em cima da sua moto.

— Valentina? O que você tá fazendo aqui? — fiz uma cara de surpresa. — Duda me disse que você e o Igor estariam em um jantar.

— Um saco aquele jantar. Felizmente eu fugi e vim te levar em casa.

— Não precisa fazer isso de novo, eu já me acostumei indo de ônibus. — olhei sem graça.

— eu sei. Mas de todo jeito eu já estou aqui, então sobe.

— Acho mais perigoso eu andar nesse treco com você, do que pegar ônibus a noite. — coloquei o capacete e subi. Abracei Valentina e ela me levou até a porta de casa, não nos beijamos e nem sabe parecido. Valentina estava respeitando o espaço que pedi, porém ela continuava sendo cuidadosa comigo e eu gostava desse cuidado.

Hummm, e aí? Não se esquecem de comentar e votar, amo ver vcs interagindo pois me dá mais ânimo em continuar escrevendo! Bju e até a próxima ❤️

Valu - Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora