Terminamos nosso beijo dando um selinho, abri meus olhos e vi um enorme sorriso no rosto de Valentina. Ela olhava pra mim não acreditando no que havia acontecido.
— ainda continua em dúvida? — perguntou, estávamos abraçadas uma olhando pra outra.
— Se eu te falar que sim, vou ser julgada?
— óbvio. Mas sério, eu respeito seu espaço, não quero te pressionar.
— e eu não quero que criei expectativas, tem muita coisa que preciso pensar e organizar dentro da minha cabeça. — respondi
— tudo bem. E quando terei certeza do que você sente?
— Valentina!!
— ok, entendi, sem pressão. — ela beijava meu pescoço ao mesmo tempo que me abraçava. — cheirosa!
— chega já né? Preciso ir embora.
— certo. Eu te levo.
— não precisa, vou de ônibus Valentina. — ela franziu o rosto.
— De jeito nenhum. Vou te levar sim, sem discussão. — tentei recusar mas não deu, subi na moto e abracei a cintura da Valentina e fomos.
— Entregue. — Valentina parou em frente de casa.
— obrigada por me trazer. Tchau. — dei um beijo na bochecha dela.
— Só na bochecha?
— Valentina!
— Tá, tá. Vou indo então. Dorme bem e sonha com nosso beijo viu militantezinha.
— Não quero ter pesadelos com isso, estúpida. — dei risada e entrei. — Oi pai, oi mãe, cheguei.
— oi filha, chegou mais cedo hoje. — disse minha mãe
— sim, não precisei pegar o ônibus, uma colega me trouxe.
— desde quando a Valentina é sua colega Luiza? Escutei o barulho da moto, era ela não era? — perguntou Carol
— Era Carol, e daí? Ela me deu um carona só, que coisa. Vou jantar e depois tomar meu banho. Com licença.
Após jantar, tomei meu banho e fui direto pra cama.
— Luiza, você tá pegando a Valentina? — Carol surgiu do nada no meu quarto. — não engoli essa história de carona, você odiava ela. Me conta agora, sou sua irmã! Nunca me escondeu nada, vai desembucha.
— Tá, tá. Resumindo, nos beijamos hoje mas foi só hoje. Desde o dia do bar a gente teve uma conexão estranha, rolou muita coisa e hoje quando fui conversar com ela acabou rolando. Foi isso. Satisfeita?!
— Eu tô chocada. Até ontem você não podia ouvir falar nela. Você gosta dela? — perguntou
— Não sei. Eu sinto uma coisa mas não sei o que é exatamente.
— já contou isso pra Duda? Você sabe que ela vai te zoar pro resto da vida né?
— Nem me fale, nem sei como vou contar isso pra ela. Mas amanhã eu penso nisso, vou dormir. Boa noite irmã.
Carol saiu do quarto apagando a luz. Eu estava quase pegando no sono quando recebo uma mensagem.
"Eu fecho meus olhos e só lembro de hoje. Não sei o que vai ser daqui pra frente mas quero que saiba que estou disposta a correr o risco com você. Boa noite, lu."
Soltei um sorriso bobo e fiquei feliz com aquela mensagem da Valentina.
"O que for pra ser, será. Dorme bem e até amanhã. 💙"
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Dia seguinte e eu já havia ido pra escola de dança, estava naquela rotina novamente, tudo se repetia. E lá estava eu dentro do ônibus a caminho da faculdade.
Chegando lá eu precisava falar com a Duda, já estava me preparando para as piadas. Ela estava no pátio mexendo no celular e sozinha, ufa.
— Duda, oi. Preciso te contar uma coisa e tem que ser agora antes que eu me arrependa.
— que isso mulher, endoidou foi? Fala.
— como eu falo isso?! Ehh.. eu e Valentina nos beijamos! Pronto falei. — escondi minha cabeça com a mochila e só escutei uma risada dela.
— mentira! Eu sabia que aquele ódio era amor incubado Luiza!
— Para, foi só um beijo boba. Fui pedir desculpas pra ela e enfim, acabou acontecendo.
— E agora? Como você vai lidar com isso? Ela gosta de você e isso tá bem claro.
— eu sei, e não quero machucar ela. A gente conversou meio por cima, eu disse à ela que precisava pensar, ver sobre meus sentimentos... só que eu não sei como agir.
— Luiza, relaxa tá? Se você disse isso pra ela, tenho certeza que a Valentina irá respeitar. Mas cá entre nós, vocês duas juntas são duas gostosas, combinam! — dei um tapinha no ombro dela sem graça.
— Vamos ver como vai ser agora na aula né.
— ah ela não vem hoje, recebi uma mensagem do Igor. A mãe deles fez um jantar com uns empresários e advogados e queria os dois presentes. Então respira mulher.
Na hora pensei o quão tedioso Valentina devia estar nesse jantar. Com certeza a mãe dela obrigou ela a ficar lá. Enfim, fui pra sala, assisti todas as aulas e quando vi já era hora de ir pro ponto pegar meu ônibus. Eu só não contava com uma pessoa lá me esperando em cima da sua moto.
— Valentina? O que você tá fazendo aqui? — fiz uma cara de surpresa. — Duda me disse que você e o Igor estariam em um jantar.
— Um saco aquele jantar. Felizmente eu fugi e vim te levar em casa.
— Não precisa fazer isso de novo, eu já me acostumei indo de ônibus. — olhei sem graça.
— eu sei. Mas de todo jeito eu já estou aqui, então sobe.
— Acho mais perigoso eu andar nesse treco com você, do que pegar ônibus a noite. — coloquei o capacete e subi. Abracei Valentina e ela me levou até a porta de casa, não nos beijamos e nem sabe parecido. Valentina estava respeitando o espaço que pedi, porém ela continuava sendo cuidadosa comigo e eu gostava desse cuidado.
Hummm, e aí? Não se esquecem de comentar e votar, amo ver vcs interagindo pois me dá mais ânimo em continuar escrevendo! Bju e até a próxima ❤️
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Valu - Desejos
FanfictionQue Luiza e Valentina são casadas e tem um filho todo mundo sabe, mas como começou essa relação? Podemos dizer que tudo deu início quando ambas eram colegas de turma do curso de direito, quando elas foram obrigadas a fazer um trabalho juntas.. só te...