Capítulo 3

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Manhã de domingo, acordei e fiz a rotina de sempre. Domingos eram dias mais tranquilos pra mim, aproveitava para descansar e ficar em família.

— Sister? — Carol bateu na porta do meu quarto.

— Oi, entra.

— Nem te vi ontem, eu dormi no Roger. E ai como foi lá com a Valentina? — ela sentou na cama, curiosa.

— eu pensei que seria pior, Valentina estava diferente ontem, me tratou bem até.

— jura? Pensei que no máximo teria um barraco entre vocês. — é eu também pensei que seria isso. — e essa blusa aí, é dela? Luiza... vai me dizer que...

— Carol! Não! — interrompi ela na hora. — ela me trouxe embora de moto, me emprestou a blusa pois estava frio. Só isso, amanhã já devolvo.

— ihhh, posso ser sincera? — lá vem, ela fez uma cara.

— medo mas fala.

— eu acho que a Valentina tem uma quedinha por você. Pronto falei.

— pirou Carol? Da onde tirou isso? — soltei uma risada, só podia ser piada né.

— Luiza, minha opinião e não é de agora que penso isso. Muita implicância assim tem algo a mais no fundo.

— que bobagem, nada a ver.

Carol deu uma risadinha e saiu me deixando pensativa ali, por mais que eu achasse que não me recordei de como ela me olhou ontem e soltei um "será?" em voz alta. "Para Luiza, nada a ver" suspirei.

Chegando á noite, já havia jantando e estava arrumando minhas coisas da semana, deitei na cama e resolvi mandar uma mensagem pra Valentina, nada demais.. somente para avisar sobre a blusa.

"Oi, fiquei com sua blusa ontem. Amanhã te entrego na faculdade, ok?"

Demorou alguns segundos até que ela visualizar a mensagem.

"ooi Lu. Tudo bem, não se preocupe. Dormiu abraçadinha com ela né? ahahah" — pronto voltou a ser piadista

— "Valentina, Boa noite!" — não sei porque inventei de mandar mensagem, como se acha!!

— "até amanhã militantezinha!" — revirei os olhos e bloqueei o celular.

Dia seguinte já havia feito minha rotina de sempre e logo à noite já estava no ônibus a caminho da faculdade.

"Luiza? Quando chegar quero falar com você." — mensagem que recebi da Duda, parecia ser sério.

"Oi, tô chegando já." — mandei receosa do que poderia ser.

Cheguei e fui direto atrás da Duda, o que será que ela queria falar comigo. Avistei ela sentada com o Igor na biblioteca e fui até lá.

— Oi Duda, oi Igor. Queria falar comigo? — Igor deu um beijo na testa dela e saiu sorrindo, ele parecia já saber do que se tratava. — então Duda? É sério? Me fala.

— você que tem que me contar, quero saber de você e da Valentina. — respirei fundo e sentei

— Não acredito que era sobre isso, caraca Duda achei que fosse sério! E outra, não tem nada sobre mim e a Valentina. Fizemos o trabalho sábado e foi só isso.

— Só? Não rolou nada? — Duda fez uma expressão de decepção leve.

— Claro que não Duda, jamais. Nem que ela fosse a última mulher do mundo. Não me conhece não? — era só o que me faltava já não bastasse a Carol e agora a Duda.

— Eu tenho pra mim que a Valentina gosta de você, ainda mais depois do que eu vi sábado. — ela franziu o rosto como se soubesse de algo que não sei.

— Duda... o que você viu? — perguntei preocupada com a resposta.

— Eu e o Igor saímos sábado né, eu voltei com ele pra casa e não tinha ninguém. Até a Valentina chegar toda suspirando e sorridente, falando que levou você em casa. Até o Igor estranhou.

Ela falando isso eu fiquei com a boca entreaberta e sem saber o que falar, ela podia estar exagerando, era a Duda afinal. Até parece que a Valentina gostava de mim, éramos gato e rato impossível a compatibilidade.

— Deve ser coisa da sua cabeça Duda, as vezes ela estava em um bom dia. Nada a ver comigo.

— eu tô te falando Luiza, mas se não quer acreditar.

— vou indo pois minha aula já vai começar. Até depois Duda.

Cortei o assunto, sai e fui direto pra sala. Não me importava se era verdade ou não, na realidade isso não muda nada pra mim. Ainda acho ela fútil e egocêntrica.

Entrei na sala e vi ela com seu grupinho, tomei coragem e fui lá devolver a tal blusa.

— Valentina? — ela me olhou e não disse nada. — Sua blusa. Obrigada. — entreguei e fui sentar no meu lugar, ela somente pegou e não disse absurdamente nada. Até um dos amigos dela começar a fazer graça:

— ué Valentina desde quando você empresta suas coisas pra essa aí? Rolou alguma coisa que não estamos sabendo é? — era o Gustavo, chato. Na realidade maioria ali era, riquinhos e mimados como a Valentina.

— Essa ai não, cuidado como fala. Somente eu posso pegar no pé dela, né Lu? — ela riu e eu simplesmente ignorei, ela tinha voltado a ser aquela Valentina irritante...

E ai, tão gostando? Quero opinião real amores.

Valu - Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora