Capítulo 02- Noah

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Hoje assumo a empresa a qual passei dois anos agindo como um funcionário comum, funcionário esse que muitos diziam que não tinha onde cair morto.

Costumo conseguir o que quero com apenas três detalhes.
Persistência
Convicção
Determinação

Cada passo que dei foi por mérito, meus pais não aceitaram facilmente essa minha decisão, mas, respeitaram até porquê nunca gostei que as pessoas me vissem apenas como o " filhinho de papai"

Todos viram como eu me sair, aos trancos e barrancos,e hoje está no poder a qual eu sempre lutei pra estar, é imensurável o prazer que me encontro.

- Como se sente filho, primeiro dia como CEO da empresa?

Do canto da porta, meu pai me olha com devoção, por ter conseguido com grande proeza chegar onde cheguei.

- Feliz pai! Todos sabem como eu lutei pra está honrando seu lugar.

- Você dedicou dois anos a cumpri esse papel filho, vi seus passos e você se tornou o CEO a partir do momento que decidiu deixar de lado seu direito de filho, pra agi como alguém que não tinha nada.

- Era preciso!

- Você fez mais do que eu já fiz naquela empresa.

- Obrigado Papai!

- Não a de quê Campeão!
Seja o líder que você sempre foi, mas não esqueça de sua vida filho, você não se apega a ninguém.

- Não gosto de me apegar seu Chales, minha vida está do jeito que eu sempre quiz, e mesmo que meus irmãos já estejam com suas famílias, me sinto bem assim.

- O que eu estou tentando dizer Noah, que você precisa encontrar alguém que lhe desperte o sentimento a qual fará você fazer loucuras.

- Gosto de desafios pai, mas não desse que está me propondo.

Ao terminar de colocar a gravata, com os olhares de meu pai em mim.

- Desde criança você sempre falava que desejava encontrar um amor como o meu e de sua mãe, e sei que é o que você mais deseja filho.

Não nego que sempre achei incrível a forma que meus pais se tratavam, o amor que até hoje neles se encontram.
Um amor avassalador que já rendeu tantas histórias na hora de dormi.

- O senhor não vai desistir até tirar essa confissão de mim né?
Meu pai me encara com um ar de vencendor estampado em seu rosto.

- Exatamente. Vai filho, não me diga que nunca se apaixonou por ninguém?

-O que eu posso dizer é que não encontrei o amor que me tirasse do chão, ou até mesmo como o senhor já me disse, que me fizesse querer desvendar cada parte do ser que um dia vai fazer da minha vida uma loucura. Está bom pro seu ego pai?

-Agora sim!
Conseguir o que queria vindo aqui.
Bom trabalho filho.
E assim ele sai com seu ego inflado.

Amo o jeito que meu pai se preocupa com minha felicidade, como ele deseja que eu não me sinta tão vazio, mas, não é como se eu fosse encontrar o amor da minha vida hoje.

Não é tão fácil como meu pai pensa.
E muito menos a hora certa de me relacionar com alguém.

Tenho apenas que focar nessa nova etapa da minha vida.
Concentre-se Noah!
Apenas não ligue para as asneira de seu pai. O amor pode esperar certo?!
E assim será!

Acabo de chegar na empresa, estaciono minha BMW na minha vaga, pego meus óculos que estão em minha maleta, ajeito minha gravata, e ao descer do carro , vejo de longe o porteiro que sempre me tratou como um filho nesses últimos dois anos, que estamos aqui.

- Como vai Grande chefe?

- Qual é seu Emanuel, essa formalidade não precisa ter entre nois dois.

- Eu sei, apenas tô tirando sarro da sua cara, não é assim que os jovens falam meu filho?

- Sim, é desse jeito mesmo.

- Tenha uma belo dia hoje.

- Muito obrigado, igualmente para o senhor.

Entro em minha sala e as horas passam e mesmo sendo o primeiro dia, não deixa de ser cansativo, contratos e mais contratos surgem em minha mesa.

O telefone toca e ouça a voz da minha secretária.

- Senhor, o delegado Apollo deseja falar contigo!.

- Manda ele entrar Olívia.

- Certo senhor!

- E as palmas vai para Noah Collins, aquele que deixou de ir pra muitas Baladas, deixou de pegar mulheres que estavam aos seus pés, onde quer que passava, para se tornar o Ceo , o He-Man das empresas Collins.

Eu nunca ví um ser tão idiota, tão palhaço, um poço de ego, como Apollo Morgado.

- Eu me pergunto como você virou delegado. - Assim você me ofende amigão.

- O que faz aqui Apollo?

- Meu plantão acabou, resolvi o último caso do Cerial killer que foi ao jornal hoje pela manhã, então eu pedi uns dias de folga.

- Eu recebi a revista , parabéns pelo caso.
Levanto e vou abraça-lo.

- Mas, você não veio só pra mim vê né?
O sorriso dele toma uma forma gigantesca e me pergunto se não dói.

- Então Noahzinho... A gente vai na balada hoje, queria vim lhe contar pessoalmente.

- Hoje é segunda, você está de folga e eu não, amanhã eu trabalho, sem chance.

- Qual é?! Nós nem comemoramos ainda tudo que você conseguiu.

- Deixa pra sábado!

- Não dá, já fiz reserva...
E não tem como voltar atrás amigão.

- Eu vou te matar Apollo.
Arremesso uma caneta em direção a ele.

- Não pode, porque você não vai encontrar uma pessoa como eu.

- Me chama de Noahzinho de novo.

- Calma caro amigo, vou mandar o endereço pra você.
Nos encontramos lá.

- Sai daqui Apollo, antes que eu desista e lhe jogue pela janela.

Apollo sai em disparada pela porta, e riu por saber que não sei como ele consegue ser um incrível delegado, e um amigo idiota ao mesmo tempo.
Olho em meu relógio, onde marca 17:20. Vamos lá Noah, você nem precisa beber, apenas acompanhar seu amigo e pronto.
Porque a noite vai ser longa.

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