Capítulo 08- Antonella

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O que eu posso dizer sobre o destino? Que ele provavelmente não gosta de mim, estou ciente disso. Hoje é a festa que nomeia os melhores empresários ,em todos os seus setores.

Meus pai é um dos anfitriões, ele começou a sua empresa com 16 anos, tomou a frente com meu avô, fez de uma pequena empresa de carro a bem mais sucedida, somos os melhores do mercado, e há uns quinze dias atrás ele fechou um contrato com as empresas Collins.

Mais olha onde o destino resolveu brincar, quando me direcionei na entrada pude vê ele, o mesmo da balada, o que inesplicavelmente tratei um pouquinho mal, o porquê dele está aqui, e  por qual motivo eu me sinto assim tão ameaçada, enfim, o quanto eu puder está longe dele eu ficarei.

- Filha espero que você aceite minha proposta.

Meu pai deseja que eu seja a subchefe , retornar ao meu antigo cargo , já que a dois ano atrás eu ainda era. Confesso que amo meu trabalho,e nele consigo me desligar do que me assombra.

E sinto que devo voltar, e dessa vez não irei questionar.

- Estava pesando pai.. e sim, eu irei voltar a parti de segunda tudo bem?!

Percebo o espanto de meu pai, afinal as diversas vezes que ele me pediu e eu simplesmente neguei.

- Que maravilha meu bem, você ficará na frente do nosso novo projeto, junto com as empresas Collins tudo bem?

- Sim pai, tudo bem. A mamãe vai demorar?
Minha mãe reencontrou uma antiga amiga antes de vim pra cá e ainda  não chegou.

- Sim, você sabe quando ela encontra alguém do colegial,ela não se aquieta até colocar os papos em dias, principalmente sendo Elisa.

- Se eu não me engano eu conheci ela quando eu tinha uns 13. 

-  Isso, e logo depois nos mudamos pra Itália e elas manteram contato, mas, apenas hoje elas se viram novamente.

Caminhemos  para nossa mesa , e logo depois meus olhos foram para a pessoa que foi chamado ao palco.

Isso só pode ser brincadeira, o quão importante ele é, para está ali, poucos levantam, só os mais renomados.

- Vejo que fiz certo em ter assinado o contrato com as empresas Collins.

Direciono meu olhar a meu pai sem acreditar no que ele falou.

- Quem é ele papai?

Bebo um pouco de meu champanhe, sentindo incomodada com aquela conversa.

-Noah Collins filha, nosso mais novo sócio no projeto Perfect Car.

NÃO, NÃO, NÃO, NÃO. ISSO É UMA LOUCURA.

- Tenho certeza que vocês vão se dá bem, já que esse projeto será seu e dele.

- Certamente Pai! Se o senhor me dê licença eu vou ao toalhete.

E assim saio, como irei trabalhar com esse idiota que só no olhar já me irrita.
Jogo água em meu rosto, aposto que Maluh irá encher meu saco com essa novidade.
Saio de onde estou e vejo que meu pai está conversando com ele, meu pai me apresenta a Noah, e em nenhum momento digo que o conheço.

E neste momento estou dançando com ele, confesso que a pergunta que ele fez me pega desprevenida.

- É tão ruim assim está perto de mim?
Sinto seu olhar sobre mim e peço desculpas por ter agido naquele dia. 

-Eu, hum, desculpa por ter agido daquela forma naquele dia, confesso que não estava nos meus melhores dias.

Sinto seus dedos em minha cintura, em um levo carinho, deixo passar, afinal estamos em uma dança.

- Digamos que eu sei bem a respeito de um dia ruim.
Ele me impulsiona , fazendo meu corpo das umas voltas e vejo as pessoas olhar para nós.

- Pode acreditar Noah eu sei muito bem do que estou falando.

- Então ficarei feliz em saber o porquê de você não está em um bom momento naquele dia.

Ele me olha desafiador, e o quão cara de pau ele é, em achar que eu aceitaria lhe falar o que não lhe convém?

- Acho que nossa dança já deu. Foi um prazer dançar com você.
-Porque você está fugindo?

- Talvez, porquê a minha vida pessoal não é da sua conta, não tem porque de você saber como eu estava me sentindo.

- Tudo bem, não foi isso que eu quiz passar pra você, eu só gostei da sua companhia mesmo que em pouco  espaço de tempo.

Ela me olha como se quisesse me decifrar, mas, quão burro ele seria a querer me conhecer.

- Sou grata mais uma vez pela dança, acho que nos veremos em breve, na empresa.
Ele pega a mão e deixa um beijo na mesma.

- O prazer foi meu Antonella!
Tenho certeza que faremos um ótimo trabalho juntos.

- Assim espero Noah!
Vou atrás de minha mãe que se encontra com meu pai na frente do salão.

- Vejo que a dança fez bem pra você filha!
Noah é muito bonito.

Minha mãe com certeza não perde tempo em seu comentário.

- Nem comece dona Cecília, sabe muito bem que não tenho interesse em ninguém.

-  Ate quando tu dirá isso filha? Você é nova e merece viver a vida, nem todos tem uma segunda chance como você.

Dentro do carro nos encontramos e sinto o peso de suas palavras em mim. Sei que meu pai quer minha presença na empresa porque é um meio de sempre me vê.

- Eu já disse mamãe, eu estou vivendo a minha vida, estou feliz, e me sinto melhor ainda sozinha.

- Tudo bem, saiba que o amor ele vem quando menos esperamos, somos pegos de surpresa, e quando percebemos já estamos fisgado né meu amor?

Ela olha pra meu pai e vejo a recíprocidade no olhar de ambos.

- Sim, amoré mio. Antonella irá saber quando senti o ar sair de seus pulmões, só espero filha, que você não faça besteira, e deixe escapar.

-  Eu já disse que eu não quero amar ninguém, e continuará sendo assim.
Meus pais me deixam em meu apartamento e mesmo não querendo penso em tudo que eles disseram.

Eu não sei nada sobre o amor, afinal se eu soubesse nada de ruim tinha acontecido.
O amor é algo estúpido,  não a sentindo em amar alguém, e eu não acredito , não mas.

Adentro meu quarto, e ao me olhar no espelho, vejo como eu mudei, dizem que  tudo passamos nos faz amadurecer e enxergar mais do que podemos vê.

E hoje eu vejo que ah cicatrizes que não tem cura, e sempre viverá em nós.
Mesmo que desejamos que elas esvaiam do  nosso corpo , não a nada que possamos fazer.

Deito em minha cama e sinto o sono bem próximo, e assim adormeço acreditando que nem tudo é como desejamos.

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