Capítulo 18- Antonella

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Depois do café com Maluh , fomos para o quarto e conversamos sobre tudo que aconteceu noite passada. A forma que meu irmão a tratou e falou dos pais dela me surpreendeu bastante, não imaginava que ele tinha essa amizade com tia Lilian e tio Bernardo.

Fico imensamente feliz em saber que eles tiveram uma conversa civilizada, melhor ainda a forma que ela falou dele , que eu não esteja imaginando coisa, mas, vejo que as coisas podem mudar de agora por diante.

Contei sobre minha conversa com Noah na festa e sobre ele me chamar pra sair, Maluh só faltou escolher a minha roupa de tão animada que ficou.
Vejo seu contentamento ao me vê saindo com alguém, que ela não crie esperança porque Noah seria a última pessoa que eu ficaria.

Me encontro na frente do prédio que eu moro, e vejo quando vem uma moto em minha direção, e meu queixo cai quando vejo tirar o capacete.

- Você não tá achando que eu vou subir nesse trosso ou está? Vejo seu sorriso convencido em minha direção.

-  Não vai me dizer que você nunca andou em uma moto? Ele faz um movimento que a moto faz um barulho assustador.

- Noah, não vou subir nisso de jeito nenhum.
Cruzo os meus braços e vejo ele descer da moto e vim na minha direção.

- Tenho certeza que você vai gostar, e a propósito você está muito linda.
Sinto seu olhar passear por meu corpo e subir até meus olhos.

- Hum, não ache que me elogiando vai fazer eu subir nesse negócio aí , porquê eu não vou.
Ele dá uma passo em minha direção e pega em minhas mãos, franzo o cenho com sua atitude.

-  A primeira vez é sempre assutador, mais minha Suzi é incrível você vai amar ela quando subir, é confortável e sem contar que você pode seguraram em mim.

Cínico é o sorriso que ele faz ao citar a última frase e me pergunto onde eu estava com a cabeça quando aceitei, era pra eu ter cancelado, mas não, vai ouvi os conselhos de Maria Luiza outra vez.

- Se você correr comigo eu vou lhes tapear tá ouvindo. Me dá logo esse capacete e essa mochila é para quê?

Ele dá um sorriso meio sem graça e fico imaginando o que Noah está aprontando.

- Aqui tem tudo para um delicioso pequinique, tem algum problema nisso?

- A última vez que eu fiz um pequinique eu tinha 15 anos, na última viagem escolar.

- Ficarei feliz em reviver suas lembranças com o melhor passeio que você já tevi.

- Espero não me arrepender!
Ele me entrega o capacete e me ajuda a colocar em mim, pego a mochila e coloco em minhas costas, ao subi na moto me certifico em passar minha mãos na cintura dele, só porquê nunca andei nisso, qual o problema de um carro em me diz?

- Pode apertar se você assim desejar ok?
E assim eu faço, porque ao sair com a moto vejo ele acelerar , e sinto um medo em mim, ele passa pelas rodovias como se fosse tão normais para ele.

Em uma das suas curvas vejo o vento bater no meu rosto mesmo que esteja com o capacete, sinto uma adrenalina em mim entrar e vejo que não é tão ruim asism.
Solto mais sua cintura sentindo a confiança que ele passa a pilotar Suzi . Quem nomeia uma moto com nome me diz?

Vejo ele estacionar, e não acredito que ele me trouxe no zoológico. Desço da moto e ele me  olha esperando uma opinião minha.

- Até que Suzi não é tão mal como pensei.
Vejo o seu sorriso se alargar e assim caminhamos para entrada do zoológico.

- Espero que você goste do lugar, confesso que pensei em muitos.

- Amo a natureza e tudo que nela tem, os animais são algo extraordinário e realmente você acertou no lugar.

- Antonella gostou do lugar será que é pedir muito se você repetir?
Reviro os olhos em sua direção e ele gargalha.

- Só vamos entrar Noah, antes que eu desista.

- Tudo bem vamos , iremos começar por onde?
Você já viu os répteis daqui?

- Nunca vim nesse zoológico e me pergunto como nunca tinha vindo aqui.

- Aqui é realmente lindo! Vamos começar pelos répteis e depois vamos pelos animais grandes.

- O jeito que você achar melhor.
Vejo a quantidade de pessoas espalhadas em cada canto de meus olhos conseguem vê, porque é enorme, vejo o encantamento que ele tem por répteis, talvez ele não seja tão idiota como pensei.

- Ei o que você acha de comprarmos algodão doce naquele senhor.
Ele me olha e direciono os meus olhos para o homem e assim caminhamos até ele.

- Bom dia Senhor!
Quero dois algodões doces por favor!

- Aqui está!
Espero que o casal tenham um ótimo dia.
Vejo Noah me olhar e conter o sorriso enquanto eu o fuzilo.

- Obrigada senhor!
Vamos aproveitar sim eu garanto.

- Todo engraçado você né? ele acha que somos um casal.

- Deixe ele achar, o que tem demais nisso, eu seria um ótimo namorado sabia.
Olho incrédula para ele e dessa vez ele não esconde a gargalhada.

- Lembre- se o motivo que você me trouxe aqui Noah.
Ele passa seu braço em minha cintura devido a multidão que está aqui e sussurra em meu ouvido.

- Estou aqui pra lhe mostrar que sou diferente do que você acha de mim.

- Coma seu algodão que é melhor ok?
Pego uma parte enorme e coloco na boca dele e vejo que ele fica com a boca toda melada pelo tanto de algodão que coloquei em sua boca, ele me olha com um olhar travesso e vejo que nada de bom vem daí.

- Ellazinha você acabou de melar a minha cara, então aceite as consequências.

E antes que eu tenha chance de falar algo, sinto as mãos dele sobre mim e já não sinto meus pés no chão.

- NOAAAAAAAAAH!
Me ponhe no chão agora!
  E como era de se esperar ele não me solta e caminha para um lago onde tem umas antas enormes.

- Você não disse que gosta de animais grandes, o que você acha de tomar banho com eles?

- Eu que vou lhe jogar do outro lado se você não me soltar seu idiota .

Sinto ele me colocar contra o muro onde elas se encontram e quando faço menção de falar algo ele me corta mais uma vez.

- Se caso você me jogar lá, vai ter que me salvar porquê eu não sei nadar Antonella.

Prendo o riso ao ouvir a sua fala e ele estreita os olhos sabendo o que pretendo fazer.

- Pode ri!
Mas para minha defesa eu tentei aprender,porém não tive sucesso nesta área.

- Oh tadinho não é tão perfeito como achou né?
Caio em gargalhada e ele me encara todo sério,e só agora eu percebo que eu me encontro em seus braços, enquanto ele está com as mãos em minha cintura.

- Seu sorriso é lindo e está sendo a primeira vez que você sorrir para mim.

Retiro as mãos de seus braços e ele tira suas mãos de minha cintura, e por um instante vi em seu semblante uma frustração que antes não tinha.

- Olha lá! Como ela consegue está naquele lugar tão pequeno e cadê a outras que estavam ali quando chegamos?

- Eu também não sei, os animais acabam sendo muitos inteligentes no seu habitat.

- Vamos vê as girafas depois?
Vejo ele buscar a minha mão e por um instante não acho nada demais em seu ato, afinal, aqui está movimentado.

- Vamos, sabia que as girafas são denominadas como Resiliência , a história delas são incríveis.

- Que tal você me contar quando estivermos lá com elas?

Vejo que a multidão não mais se encontra e mesmo assim ele não solta a minha mão.
E neste momento também não sinto vontade de soltar a dele.

Talvez ele não seja como eu achei que ele era, deixo meus pensamentos de lado quando vejo que chegamos onde as girafas estão.

- Está pronta pra saber a história dessas belezinhas?
Ele lança um sorriso sapeca para mim e mesmo que eu tente ignorar, a curiosidade está sendo maior aqui em mim.

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