Capítulo 16- Antonella

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O que ele acha que está fazendo?
Quem ele pensa que é em achar que vou dá ouvidos as baboseiras que ele me disse?
Mas que droga?!
Porque isso está acontecendo logo comigo?

- Você vai ficar perdida em seus pensamentos ou vai me dizer o que aconteceu pra estarmos indo cedo pra casa?

Esqueci que Maluh veio comigo, nesse momento ela estaciona na frente do prédio que eu moro e esperando de mim uma resposta.

- Precisa acontecer algo pra voltarmos pra casa Maria Luiza?
Desço do carro e vejo ela  com o cenho  franzindo a me encarar.

- Não precisa!
Mas, será que eu não lhe conheço pra saber que algo aconteceu?

Vejo ela sair do carro e para na minha direção e eu dou um passo para trás a impedindo de chegar perto de mim.

- Dá pra me deixar em paz um pouco?
Será que é pedir muito, em nenhum momento pedi pra você vim comigo, muito menos bancar a minha babá.
Vejo ela travar no lugar talvez seja pelo meu pequeno surto.

- Olha!
Não imaginei que o fim da noite seria assim , se eu estou aqui é porque sei que você não está bem, porém, não vou permiti que você desconte em mim as suas frustrações ok?!
Eu vou embora!

- O melhor que você faz é mim deixar sozinha.

Vejo ela abrir a porta do carro e antes dela entrar suas palavras vem frias, porém, como verdades.
E a única reação que tenho é não fazer absolutamente nada.

- Não Antonella!
A última coisa que você precisa é ficar sozinha, mas, acho que dessa vez o melhor é eu ir, foram muitas emoções para uma noite só.

  Vejo uma lágrima descer em seu rosto e sinto um peso em saber que a culpa é minha.

E assim ela vai!

Porque eu sou assim me diz?

Eu afasto as pessoas que mais querem o meu bem, que persiste em mim , subo para meu andar e ao entrar em casa sinto como sozinha eu estou, interiormente está sendo cada vez mais difícil.

Ao adentrar o meu quarto não perco a chance de tirar meu salto, vejo meu vestido deslizar por meu corpo, procuro meu pijama e me aconchego em minha cama.
Sinto as lembranças me consumirem, por minha culpa Oliver morreu, por minha culpa Angel perdeu seu filho, por minha culpa hoje sou a minha pior versão.

Sinto as lágrimas descerem em meu rosto, e um nó na garganta ser consumido em uma dor que a tempo está em mim, choro pela dor que habita em mim, choro por não saber lidar, abraço meu travesseiro e sinto uma voz me dizer que tudo é culpa minha, porque ele está em minha vida, porque ele tem uma mania de querer se importar comigo.

Saia da minha cabeça Noah, eu não quero e nem preciso de mais ninguém em minha vida.
E assim adormeço sentido que o peso da culpa ainda está em mim.

Bipe - bipe -bipe
6:00

Acordo com o alarme do meu celular, mais que droga, eu esqueci de desativar.

Vejo uma notificação em meu celular e franzo o cenho ao lê o que está na minha tela:

-Tomei a coragem de pegar seu número com a sua secretária, gostaria de saber se você quer almoçar comigo?
Por favor, eu preciso me desculpar por minha deselegância ontem a noite."

- Que eu esteja ainda dormindo e seja apenas um sonho...

Fechos os meus olhos e quando abro, vejo que não é sonho droga.
Penso no que digitar e depois de longos minutos, decido respondê-lo.

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