Agentes do Amanhã (wenclair)

Capítulo Três

E com isso os três primeiros capítulos da fic já estão aqui!
Daqui pra frente, as coisas vão tomar um rumo mais obscuro, então quem gosta de mistério tá no lucro.
Não esqueçam de comentar e votar.
Obrigada por ler <3

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Sexta, 19 de julho, 2019
5 horas antes da missão

- Pegaram tudo? - Yoko ajudava as duas mulheres a arrumar as malas - lembraram de deixar os documentos verdadeiros de vocês aqui?

- Sim, tá tudo aí - Sinclair estava fechando sua mala - nossos documentos falsos já tão na carteira e já decorados as informações da ficha.

- Então quem são vocês? - Weems pergunta, com a finalidade de ver se realmente tinham gravado tudo.

- Eu sou Esthella, aquela é a Maxine - Wednesday coloca sua mochila nas costas - fomos parceiras por dois anos em Nova York, depois que nosso capitão foi morto, a gente tá procurando um jeito de fazer o governo pagar. Eles sabiam que era uma missão a disfarce, mas atiraram nele mesmo assim.

- Na troca de tiros eu fui baleada na perna, por isso tenho uma cicatriz - a loira começava a carregar as malas para fora do escritório.

- Bom o suficiente? - a menor encara a mulher mais velha.

- Ótimo, agora vão. Daqui até o lugar do encontro demora quatro horas - ela sinaliza para as mulheres deixarem a sala - boa sorte Sinclair e... perdão, Addams.

- Não adianta chorar pelo leite derramado - é a última coisa que a morena diz antes de deixar o pequeno cubículo, com malas nas mãos.

As duas saem da agência, recebendo aplausos. Na verdade, Wednesday recebia aplausos, ela era a mais capacitada e centrada de seu setor, nunca deixava a desejar e sempre superava expectativas alheias. Sabendo que aquela seria a última vez que atravessaria as portas para ir cumprir uma missão, ela não consegue segurar algumas lágrimas silenciosas que insistem em descer deu rosto.
As duas parceiras colocam as malas e bolsas no baú da van que iriam usar e entram dentro do veículo. Como de costume, a menor dirigia.

- Eu sei que você tá chorando, Addams - a loira colocava o cinto de segurança enquanto o carro começava a se mover.

- Se puder, por favor me deixa com meus pensamentos durante a viagem - sua voz era trêmula e baixa - não me leva a mal, mas eu preciso ficar em silêncio um pouco.

- Não vou te julgar. Qualquer coisa é só me cutucar, vou tirar um cochilo - ela se ajeita no banco, em busca de uma posição confortável.

Saindo de Nova York, em direção à Boston, as rodovias pareciam uma infinidade de curvas e carros. A motorista praguejava frequentemente quando qualquer lembrança insistia em cruzar sua mente ou quando algum carro a cortava. Ela apertava o volante com tanta força, que parecia tentar o explodir, enquanto a figura no banco do passageiro resmungava alguma coisa sobre estar desconfortável e com frio. Aquela seria uma cena adorável, se vista sem contexto: Enid encolhida no banco do passageiro, se cobrindo com um casaco, que mal tampava seu corpo, tentando dormir, abraçada com um pequeno travesseiro e Wednesday dirigindo com certa pressa, que ocasionalmente observava a mulher ao seu lado, deixando um sorriso escapar a cada vez que se virava.
Duas horas já haviam ido, o céu começava a mudar para a noite, fazendo as cores se misturarem formando um degradê perfeito e único.

- Vai demorar muito? - a voz sonolenta da mulher tira sua companheira de seus pensamentos - faz quando tempo que a gente tá na estrada?

- Duas horas, estamos na metade do caminho - ela checa o GPS - falta pouco.