Capítulo Nove

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Aviso: esse capítulo e o próximo tem descrição de machucados e cenas violentas. Quem não se sente confortável, pode pular direto para o último.
Boa sorte, vocês vão precisar.
Não se esqueçam de votar e comentar!
Obrigada por ler <3
4/6

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- Perséfone, tudo sob controle? - Sage se comunicava com a mandante dentro do campo.

- Sim, eram apenas alguns guardas a mais - ao fundo, era possível ouvir passos e conversas.

- Me mantenha informado.

Dentro do prédio, agora os integrantes começavam a se espalhar, garantindo que cada pedaço do local estava sendo vigiado, para evitar surpresas desagradáveis. O conjunto responsável por roubar os dados já subia para o último andar, junto com as pessoas responsáveis por protegê-los. Cansada de apenas observar, Addams segue os grupos, levando consigo mais três colegas como reforço, caso precisem.

O alarme que tocava desde o momento que invadiram o local, para por alguns segundos, antes de voltar a tocar como barulho de fundo. Já haviam se passado quinze minutos desde que estavam em ação e, muito provavelmente, por agora as autoridades já sabiam da invasão e com certeza já teriam enviado unidades para a construção, o que fazia com que o tempo limite fosse reduzido em, pelo menos, mais dez minutos.

- DOIS MINUTOS PRA PEGAR TUDO, SE NÃO A PORTA VAI FECHAR COM VOCÊS AÍ DENTRO - a morena batia no metal, chamando a atenção de todos - SEM ENROLAÇÃO, ENTENDIDO? É ENTRAR, PEGAR O QUE PRECISA E SAIR, NÃO QUERO NINGUÉM MORTO POR ASFIXIA AQUI!

Com isso, as pessoas começam a invadir a pequena sala, vasculhando todos os cantos e garantindo que estão sozinhos, enquanto poucas figuras se dirigem aos computadores e HDs externos dentro do cubículo.
Com as mãos trêmulas, o grupo dos invasores digitais começam a digitar e burlar o sistema, sabendo que um passo em falso poderia causar uma catástrofe no plano, que até agora, corria perfeitamente bem.

- UM MINUTO!

Os dedos tamborilavam nos teclados, aguardando o upload das informações, que parecia levar uma eternidade.

- Perséfone? - a voz de Sage era agitada - vocês tem companhia. Cinco viaturas na esquerda e mais duas pela direita. Seja lá o que ainda tiver pra fazer, acelera o processo.

- O TEMPO ACABOU! TODO MUNDO PRA FORA - sua voz era alta e agora, dominada por nervosismo - TEM POLÍCIA CHEGANDO!

Ao acabar de falar, tiros vindos do térreo ecoam, indicando que as autoridades já haviam invadido o local e tentavam conter o que estava acontecendo. Com pressa, todos começam a sair, deixando o cômodo que agora começava a ser preenchido por CO2 enquanto a porta lentamente fechava. Aqueles que estavam lá dentro, ao sair puxam o ar com força, como uma garantia de que agora estavam respirando oxigênio.
Os tiros ainda ecoavam e gritos também, pelos comunicadores, diversas baixas eram marcadas: já haviam perdido cinco integrantes e dois, estavam severamente machucados.

- Resgate, é com vocês - a voz trêmula da menor encontra os ouvidos dos colegas.

Descendo para o segundo andar, o silêncio era mantido como se fosse uma regra sagrada. Já haviam alguns policiais fazendo uma varredura no andar, o que dificultava um pouco a ação das coisas. Com cautela, ela lidera o grupo e o divide em pequenas seções, indicando quem iria atacar, dar cobertura e ficar na retaguarda. Poucos segundos depois, a troca de tiros havia começado no segundo andar também. O fogo cruzado era mais perigoso para as autoridades, que já haviam perdido metade dos companheiros nos primeiros segundos de ataque.
Correndo para cima, o time de cobertura ataca, para que os outros pudessem avançar e assim, uma ofensiva violenta tinha começado: sem dó alguma, os integrantes partem para cima dos guardas, atirando como se não houvesse amanhã, fazendo mais e mais corpos irem ao chão e sangue começar a sujar o piso tão branco do lugar. Com os guardas eliminados naquele andar, sobrava mais um para que pudessem alcançar o chão e sair.

Liderando o resgate, Sinclair divide os grupos de acordo com o plano e começa a invadir o local, escaneando cada canto por uma pessoa em específica. Pega de surpresa, um tiro erra por poucos centímetros sua cabeça, a lembrando que ali não tinha tempo para distrações. Virando rapidamente, ela atinge o guarda que havia quase a acertado, e com uma bala precisa na cabeça, o corpo do homem vai ao chão com um baque alto. Ela então se abriga atrás de um pilar, junto com seus companheiros.

- Posição dos times restantes dentro do prédio? - o barulho do fogo cruzado era passado pelo microfone do aparelho.

- Time de invasão, banco de dados e proteção no segundo andar, aguardando cobertura para sair - o alívio em ouvir a voz uma da outra percorria o corpo das parceiras.

- Certo, enviando dois times para cobertura, fiquem onde estão - a loira sinaliza para os colegas ao seu lado a seguirem, antes de começar a correr abaixada para o outro lado do saguão.

Com passos largos, o grupo que ia atrás se une a sua líder, que agora trocava tiros com duas autoridades, que insistiam em avançar. Resolvendo o problema antes mesmo que fosse criado, com uma granada de dispersão, ela distrai os atiradores por tempo suficiente para conseguir acertá-los e seguir seu caminho.
Agora nas escadas, os passos eram largos e apressados, mal podia esperar para garantir que sua parceira estava bem. Logo ao subir o último degrau, ela vê pelo menos, vinte armas apontadas para si.

- Resgate! Podem abaixar - ela se apressa em dizer, enquanto seus parceiros começam a se dividir para cobrir os degraus - vamos devagar. Não façam nada estúpido e sigam nosso time.

Ali começava outra parte do caos que não imaginavam: mais policiais e, dessa vez, faziam parte da Swat, a missão de descer agora não era uma questão de fuga mas sim, de necessidade.

Ao pedido de Sage, um míssil é atirado no topo do terceiro andar, fazendo parte da construção colapsar e cair, afastando um pouco as autoridades governamentais que haviam acabado de chegar.

- VOCÊS TEM QUE SAIR DAÍ AGORA - o homem gritava no microfone.

Outra vez a bazuca é disparada, mas dessa vez em um carro parado perto da agência, causando uma explosão e um impedimento no caminho dos guardas que chegavam por aquele lado.

Dentro do prédio, as explosões faziam as janelas, mesas e o chão tremer, sabiam que se não saíssem morreriam alvejados pela força tarefa do governo, ou sufocados pelos destroços da construção quando fosse explodida.
Por instinto, Sinclair aperta a mão da Addams, que estava ao seu lado com a respiração tão desregulada quanto a sua.

- Ei, nós vamos sair dessa - a morena sussurrou antes de outra explosão ecoar - só precisamos começar a nos mover.

- TIME DOIS, COM O BANCO DE DADOS, TIME QUATRO COM O DE PROTEÇÃO E TIME UM COM O ATAQUE - a voz da loira era alta, para garantir que mesmo em meio aos tiros e explosões pudesse ser ouvida - SE MOVENDO AGORA! VOCÊS SABEM O PLANO. VAMO, VAMO!

Com isso, agora o que restava para fazer era torcer para que conseguissem sair.
O primeiro time a ser escoltado para fora da construção, foi o do banco de dados, que era o principal.
Descendo os degraus, o andar debaixo parecia ser uma cena de filme: sangue e corpos para todos os lados, tiros e mais tiros ecoando, cada vez mais pessoas entrando. Apesar do caos, com duas granadas o problema foi amenizado: se aproveitando da confusão causada pelo flash de luz, o time de resgate atira sem dó nos guardas, fazendo dois terços irem ao chão e o restante, procurar abrigo. Com passos rápidos e largos, alcançam a calçada novamente, recebendo cobertura da artilharia pesada, que tentava segurar a nova onda de autoridades que começava a chegar no lugar.
Seguindo os passos do primeiro time a sair, o segundo desce com cautela, atacando todos os que estavam em seu caminho, agora era mais fácil pelo número reduzido de guardas ali dentro, então o que precisaram fazer foi apenas jogar mais uma granada e correr para fora da construção.

Agora restava Wednesday, Enid e seus respectivos times.
Antes que pudessem começar a descer, o andar que estavam foi bombardeado por seu próprio grupo, a pedido de Sage.
A explosão causou um barulho extremamente alto e um nível de desespero elevado ao que já sentiam, tendo em vista que agora parte do teto começava a colapsar, fazendo o andar de cima vir em direção ao que estavam e tudo ser coberto por poeira e detritos, que haviam levado consigo dois agentes, os soterrando no concreto e ferragens.
No impulso, todos apenas começam a correr, sem saberem que o pior os aguardava no andar de baixo.
Ao descer os degraus, partes dos andares de cima já estavam caindo nos corpos inconscientes no chão, a poeira fazia a visibilidade reduzir ainda mais e os tiros misturados às vozes e ao barulho da explosão que ainda ecoava na cabeça daqueles que estavam de pé, confundiam todos os sentidos.
Agora a missão era sobreviver.

Agentes do Amanhã (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora