Capítulo Treze

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As horas seguintes foram gastas somente nas explicações de Enid, que contava com detalhes os motivos por trás das pinturas de Van Gogh e explicava sobre os movimentos artísticos que desencadearam posteriormente. Yoko odiaria admitir que apesar de odiar o tema, amava ouvir sua amiga falar sobre: era possível ver a paixão do assunto queimar em seus olhos com cada palavra que saía de sua boca. Naquele momento, a tristeza, angústia e falta de vida que havia virado o estado natural de seus olhos, não se fazia presente, agora eles exalavam amor, apreciação e determinação. Estavam de volta ao brilho que tinham antes de tudo acontecer.

- Então é por isso que ele pintou essa aqui - ela apontava para a obra Terraço do Café na Praça do Fórum - Yo, tá me ouvindo?

- Tô sim, é que essa pintura é muito bonita - ela ajeita os óculos - dá pra entender o motivo dele ter pintado.

- Realmente - a menor para e observa a mistura de cores, deixando seu pensamento voltar para quando costumava pintar os quadros.

Flashback - 2012 ●

- EU NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ, ENID! JÁ PRO SEU QUARTO! - Esther berrava com a pequena garota a sua frente, que tentava de todas as formas reprimir o choro - SÓ VAI SAIR DE LÁ QUANDO EU MANDAR!

Em passos leves e apressados, ela corre até o andar de cima, fechando a porta atrás de si e deixando as lágrimas caírem.
Uma ideia então, surge: pintar.
Ainda tinha algumas telas e tintas de um trabalho escolar da semana anterior, então poderia se distrair com algo para passar o tempo, que suas telas e tintas pessoais haviam acabado.
Sem perder qualquer tempo, ela pega as tintas e os pincéis e começa a seguir sua mente, que estava mais barulhenta do que o normal, precisava urgentemente transformar aquele barulho em algo útil, ou ao menos, agradável. Alguns minutos depois, apenas algumas formas estavam na tela.
Duas horas depois, o quadro estava pronto:
Ao fundo, um campo de lavanda era iluminado por alguns raios de sol, que saíam por entre as nuvens do céu nublado e escuro. Em foco, uma figura de costas, com uma posição relaxada e cabelos ao vento, observava tudo. Aquela pintura expressava o quanto Enid precisava e queria estar fora daquele lugar.
Sem ao menos bater, Esther entra no quarto.

- Pintura bonita - as palavras saíam meio sem jeito, tentando amenizar a discussão que havia acontecido pouco - o jantar pronto. Seu prato na mesa.

Sem mais nenhuma palavra, ela se retira, deixando uma loira um pouco confusa e, em partes, aliviada dentro do quarto.
Pelo menos sua pintura estava legal.

- Eni? - uma mão toca seu ombro - bora, tá na hora do café.

- Vamos sim - ela assente e começa a seguir sua amiga.

O caminho até a cafeteria foi agitado, a música no rádio fez com que ambas cantassem e tentassem dançar em seus assentos, duetando o ritmo que ecoava pelos alto falantes.

Tanaka estava nervosa, não sabia como começar a contar tudo, na verdade, agora estava começando a desistir do plano. Ver sua amiga tão feliz em tempos onde a tristeza, culpa e angústia a corroíam, fazia com que seu estômago desse voltas e se comprimisse ao pensamento de estragar tudo aquilo. Mas agora, já não tinha mais volta, precisava fazer aquilo.

Agentes do Amanhã (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora