Capítulo Oito

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Boa sorte com esse capítulo.
Pra quem não se sente confortável, os próximos tem descrição de cenas de violência, então quem não quiser ler, pula direto para o último.
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Obrigada por ler <3
3/6

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04:00 AM, 1 de setembro de 2019 - domingo

A euforia havia começado a dominar o galpão. Uma multidão de pessoas andava de um lado para o outro com caixas, armas, roupas e papéis, esbarrando uma nas outras e correndo contra o tempo. Em duas horas, estariam deixando o lugar e caminhando para o destino final, para o objetivo que tinham trabalhado por quase dois meses.
O medo de que nada desse certo era imenso, mas a esperança parecia ter o dobro de tamanho. Sage já estava no prédio onde se encontrariam antes de invadir o lugar, ele estava preparando tudo e garantindo que a polícia não chegasse tão rápido. Com a ajuda de alguns federais corruptos, eles tinha acesso às frequências de rádio militares e civis e também tinha acesso a todo o protocolo que seguiam em casos de assaltos e ataques de grande porte, sabendo assim, exatamente como prolongar e instaurar o maior caos que conseguisse.
A FDN estaria praticamente vazia, pelo cronograma que o maioral conseguiu, haveria um total de vinte pessoas no prédio todo, dos quais dois seriam os zeladores e o restante, guardas.

Wednesday se encontrava desesperada, procurando por seu comunicador em todos os lugares: não lembrava onde havia o colocado e, pior, com a movimentação de pessoas era possível que alguém tivesse pego por engano. Seu corpo se alivia ao ver a pequena caixinha preta com um fio transparente em cima de sua mala, com certa violência ela pega o aparelho e o coloca, garantindo assim que não fosse o esquecer.

Enid estava calmamente ajudando todo o seu grupo a carregar as coisas, havia levantado mais cedo (na verdade sequer pegou no sono) e já estava pronta quando todos acordaram. Suas malas estavam arrumadas, ela já tinha seu comunicador colocado, assim como sua roupa tática e sua balaclava estava em seu bolso, iria colocá-la apenas na hora de agir.

A dupla não se encontrou até o horário de partida, estavam se vendo apenas no carro que iriam.
O cansaço era evidente em ambas, elas sabiam que o sono não foi uma opção na noite passada, apesar do dia cheio de serviço que tiveram. No carro, os grupos iam misturados, pelo fato de que se separariam na construção de fachada na frente da agência. O caminho até lá, foi silencioso e apreensivo, nem mesmo Harvey ou Ashton disseram uma palavra.
Ao estacionarem nos fundos do prédio vazio, a ansiedade começou a crescer dentro de todos: realmente iria acontecer, poderia dar certo, poderia dar errado, nada era impossível.

- Antes de irmos - Ashton disse depois de desligar o motor - podem achar tolo ou contraditório, mas nós sempre fazemos uma pequena oração antes de cada missão, pedindo proteção um ao outro. Se puderem, gostaria que se juntassem à nós.

As duas se encaram antes de dar as mãos e fecharem os olhos. Harvey rapidamente ora um pai nosso e faz uma pequena prece pedindo proteção a todos os colegas de missão e especialmente para as três figuras que estavam no carro consigo. Depois de finalizar, os quatro descem do automóvel, colocando as máscaras e os coletes, indo em direção à entrada dos fundos do edifício.

Lá dentro, aos poucos a aglomeração aumentava, mostrando cada vez mais pessoas encapuzadas e protegidas por capacetes e seja lá o que mais usassem. Os times eram separados por pequenos detalhes:
O de invasão, usava capacetes, coletes e proteções de cotovelo, joelho e canela;
O responsável por hackear o banco de dados, usava coletes e todos tinham maletas com algo dentro;
O de proteção carregava escudos, além da mesma roupa e acessórios que o time de invasão;
E por fim, o de resgate carregava uma pequena maleta (um kit de primeiros socorros), um escudo e usava uma máscara de gás, com uma balaclava por baixo.
Até agora, nenhum deles portava armamento ou algo do tipo, receberiam ali.

Agentes do Amanhã (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora