Agentes do Amanhã (wenclair)

Capítulo Vinte e Oito

Esse capítulo é mais longo, tem 2200 palavras, então boa sorte na leitura!
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7/7

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12 HORAS DEPOIS

- Como estamos aqui? - pela quarta vez na manhã, um médico entra dentro do quarto.

- Ela tá estável. Depois da cirurgia a situação estabilizou, mas ela ainda não acordou - a enfermeira no quarto estende uma prancheta ao doutor.

- Certo - ele lê os papéis e depois devolve o objeto - eu vou ir tomar um banho rápido e comer alguma coisa, desde o começo do plantão não parei um segundo.

- E a outra garota? - dentro do hospital a notícia das duas se espalhou rápido, comovendo diversos profissionais.

- Saiu da cirurgia deve ter duas ou três horas. Foi difícil, mas a Kate fez um trabalho impecável - ele se apoia no batente da porta - por pouco ela não fica paraplégica.

- Bom, você claramente precisa se alimentar, Hyo - a mulher o encoraja - se eu precisar de alguma coisa, te chamo.

- Obrigado - ele sai do cômodo, soltando um suspiro fundo.

Ao ver o médico responsável pelo caso de Enid, Yoko se levanta rapidamente e corre até ele, observando o rosto cansado e abatido, torcendo para que fosse apenas a pressão do serviço e não uma notícia ruim.

- Bom dia doutor - a fala da menor era trêmula - Hyo, certo?

- Sim - ele analisa seu rosto - e você é?

- Yoko - ela estende uma mão - sou amiga da paciente que você tá atendendo, Enid Sinclair.

- Oh - por um segundo ele pareceu se perder em sua própria mente - a senhorita Sinclair está bem, estável. Saiu da cirurgia já faz algumas horas, deve estar acordando por agora. Ela não tava cedendo à anestesia, então tivemos que usar uma mais forte.

- Sabe alguma coisa sobre uma Wednesday Addams? - uma estava bem, agora faltava saber da outra.

- Eu não sou o responsável pelo caso dela, mas sei o estado - as mãos procuram alívio no bolso do jaleco - ela saiu da cirurgia há pouco, quase ficou paraplégica, mas Kate fez um ótimo serviço lidando com a situação delicada dela.

- Ah sim, obrigada - um sorriso minúsculo nasce em seu rosto - bom, vou ficar esperando por mais notícias ali naquele canto, com a minha noiva. Obrigada, doutor.

- Depois que eu comer alguma coisa e me limpar do pós operatório, irei checar as duas e te trago notícias - com isso, ele se despede e segue para os pequenos quartos, no fundo do hospital.

- Ei, por que tá tremendo? - a voz rouca de Addams era como música para seus ouvidos - tá com frio?

- Eu não sei porquê tô assim - um suspiro cansado deixa seu corpo. Ela estava esgotada e sabia disso - não consigo dormir.

- Vamos fazer assim - a morena alcança algo no criado mudo - vou colocar uma música do Duster pra tocar baixinho, talvez te ajude dormir.

- Pode ser - ela se enlaça ainda mais no abraço que transmitia conforto e segurança - Willa?

- Sim? - o brilho da TV era baixo, mas mesmo assim iluminava o quarto com cada capa de vídeo que passava.

- Você tá aqui mesmo, certo? - sua voz vacilou com o medo de tudo ser uma ilusão - me diz que eu não tô imaginando tudo isso.

- Por que tá preocupada com isso, meu bem? - ao fundo, uma playlist de uma banda que costumavam ouvir nessas situações começa a tocar.

- Eu tô com medo de não te ter pra sempre - uma lágrima desce seu rosto.