Capítulo Quinze

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- Willa? - naquele momento, seu coração batia tão forte que ela jurava que todos podiam ouvir.

Ainda confusa, Wednesday se aproxima vagarosamente, analisando cada traço do rosto da mulher a sua frente.

- Por favor me diz que isso não é um sonho - Enid chorava. Se aquilo fosse apenas sua imaginação, ela adoraria poder morar ali para sempre.

- Não, não acho que seja - a morena coloca seu café na mesa e se apressa em abraçar a figura que chorava - céus, eu pensei que nunca mais fosse te ver. Mil perdões. Me desculpa.

Ao sentir os braços envolverem seu corpo, a loira se rende ao toque que havia esperado por tanto tempo, permitindo seu sistema ser inundado pelo perfume tão familiar e pelo cheiro do shampoo que adorava.
De algum modo, aquilo que ela mais desejava havia acontecido e não era ficção, sonho ou mentira: Wednesday Addams estava a abraçando, mesmo tendo sido dada por morta há quatro anos. Milhares de perguntas rodeavam sua cabeça, mas apenas por sentir seu toque novamente, ela poderia esperar pelas respostas quanto tempo fosse necessário.

- Como... porque... eu tenho tantas perguntas - ela tentava falar por entre os soluços de seu choro - eu tenho tantas dúvidas, Willa.

- Eu sei, me desculpa - a morena aperta mais o abraço - eu sei que você tem milhares de perguntas. Prometo responder todas elas.

- Não me solta tão cedo - Sinclair estava praticamente no colo de Addams, havia se permitido invadir seu espaço pessoal sem qualquer impedimento.

- Eu não vou - os dedos da menor brincavam com os fios loiros - eu tô aqui, Nini.

Meia hora depois, estavam se separando.
A maior tentava a todo custo segurar as lágrimas, mas cada vez que seus olhos encontravam a mulher sentada na sua frente, não podia segurar. O alívio, a felicidade e a necessidade de tê-la por perto dominavam seu corpo.
Já era mais de duas horas da manhã quando deixaram a cafeteria, apenas porque o jovem que estava encarregado precisava fechar o estabelecimento, se não, teriam gasto a noite toda ali, se observando e se abraçando.
A pedido da loira, ambas vão até seu apartamento para conversar e esclarecer tudo o que havia acontecido. Obviamente quem dirigiu foi a morena, que sempre ficava encarregada dessa missão, mas que agora não deixaria sua companheira dirigir no estado em que se encontrava.
Meia hora depois, estavam entrando no elevador.

- Então... - a mulher de olhos negros começou sem saber muito bem o que dizer - você mudou de apartamento?

- Sim, não consegui ficar no antigo - a outra figura passava a mão pela testa, sua cabeça doía por conta do choro - não consegui ficar lá. Pra onde eu olhava eu via você. Seria impossível viver lá dentro.

- Eu sinto muito - antes que pudesse continuar, a porta do elevador se abre, revelando um pequeno andar com quatro portas.

Sem palavra alguma, Sinclair anda até a de número 210, a destranca e sinaliza para que a figura em sua frente entre.
Apesar de ser da loira, não parecia ter seu toque: tudo tinha cores mínimas, que variavam entre roxo, azul e uma única almofada amarela na poltrona. Tudo parecia sem vida, sem graça, o que era extremamente estranho, por se tratar da mulher que amava cores.
Uma pontada aperta o peito da Addams, quando ela vê sua guitarra e seu violão pendurados na parede, ao lado de um quadro com uma foto das duas: naquele momento ela entende que sua parceira nunca havia desistido.

- Pode se sentar - ela aponta para o pequeno sofá - eu sei que você tá estranhando tudo. As coisas mudaram muito, Willa.

- Posso começar a explicar ou você quer apenas dormir? - enquanto se acomoda, a morena não quebra o contato visual - você parece estar exausta. Se resolver dormir, estarei aqui quando acordar, eu prometo.

Agentes do Amanhã (wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora