Fraqueza

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Ana
Pov

Cheguei na casa da avó da Mariana onde eu sabia que ela havia se instalado com a Regina, toquei a campainha e logo fui atendida pela Teresa que segurava o Dieguinho no colo, ele estava tão crescido.

- Oi Teresa, como ele está lindo! - comentei sorrindo.

- E dando um trabalho... - Teresa falou cansada pelo desgaste do puerpério.

- Posso pegar? - estendi as mãos e Tere me entregou o bebê. Eu fiz uma porção de gracinhas para ele. Teresa fechou a porta e franziu a testa confusa, ela falou preocupada:

- Veio para brigar com a Mariana? Porque se for por isso, é melhor ir embora... - ela pegou o Diego do meu colo e continuou: - Ana, ela só começou a melhorar agora, vim para cá ficar com ela para apoia-la.

- Não, eu não vim para discutir. Na verdade estou aqui para ter uma conversa amigável com ela. Precisamos falar sobre a Regina e a Valentina. - tranquilizei Teresa que tentava resguardar a filha.

- Eu te imploro que seja cautelosa. Mariana anda sem se alimentar e pela primeira vez estou preocupada.

- Como assim?

- Diz que não tem fome. Não sei mais o que fazer...

- E a Regina?

- É a única coisa que faz com que ela se levante da cama. Ana, eu nunca a vi assim.

- Teresa, foi ela que errou... O que queria que eu fizesse?

- Somos humanos, todos nós erramos, você nunca errou?

- Não vou justificar os erros dela com os meus. - me irritei, dei uma pausa e continuei: - Posso falar com ela?

- Eu estou aqui... - Mariana apareceu ao fundo, ela estava de fato "acabada", mais magra e olhos fundos. Vê - la assim dilacerou minha alma e a vontade que eu tinha, era correr ao encontro dela e abraça - la. Entretanto no fundo eu tinha sentimento de pena por ver alguém que tanto amei naquelas condições. De toda forma, ela havia agido mal. Respirei fundo, ignorei às condições dela e mantive a postura.

- Teresa, pode nos deixar a sós? - pedi para Teresa que nos olhava desconfiada. Ela saiu e foi com o Dieguinho para dentro. Olhei para Mariana e falei: - Podemos conversar?

- Vamos ali fora... - Mariana andou até uma mesa que tinha na varanda da casa. Ela parecia fraca, então se sentou na cadeira passando a mão na cabeça. Eu fiquei preocupada com ela:

- Você está bem?

- Não é nada... Pode falar. - ela respondeu com a voz enfraquecida.

- Ok, bom, eu vim para poder falar sobre as meninas. Tenho uma proposta para te fazer...

- Ana, sinceramente?! Eu não sei se estou preparada para ouvir suas propostas. - Mariana levantou tonteando, ela perdeu os sentidos e quase caiu. Eu corri para acudi-la e ela desmaiou nos meus braços.

- Mariana! Acorda, pelo amor de Deus! - escorei ela sob meu corpo e comecei a abanar seu rosto, ela estava completamente desmaiada, chamei pela Teresa: - Teresa! Socorro! - estava consternada ao ver Mariana assim, não sabia como agir, o que fazer. Teresa apareceu desesperada e ligamos para a emergência.

Mariana
Pov

Abri os olhos lentamente e olhei para o meu braço, tinha um soro na minha veia. Olhei ao redor e parecia um quarto de hospital. Arregalei os olhos assustada, sentei nervosa e logo encontrei Ana que estava sentada em uma poltrona do lado da cama.

- Ei, ei, ei... - Ana tocou na minha mão e falou: - Você precisa relaxar.

- Onde está minha mãe? - indaguei com a voz fraca, eu estava me sentindo tonta.

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