27. UM TOQUE DE ESCURIDÃO

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No dia seguinte à minha primeira vitória como Huang Jin Mi, resolvo esquecer do jovem mestre da família Kannenberg e do seu romance um pouco para me concentrar em outro problema: eu tenho quatro meses para finalizar o meu livro, mas não faço a men...

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No dia seguinte à minha primeira vitória como Huang Jin Mi, resolvo esquecer do jovem mestre da família Kannenberg e do seu romance um pouco para me concentrar em outro problema: eu tenho quatro meses para finalizar o meu livro, mas não faço a menor ideia de como continuar de onde parei sem ter mais informações sobre Chrysanthème.

É pior do que um bloqueio criativo. Sinto-me como se estivesse presa por muros altos, que não me permitem ver o que quero e tudo isso acompanhado de um relógio cuja passagem dos segundos parece zombar de mim. Definitivamente, eu não tenho tempo a perder. Uma das cláusulas do novo contrato com a Julia, que assinei hoje, é sobre não passar do meu limite de tempo ou então adeus Chrysanthème, Huang Jin Mi e o sonho de ser escritora. Tudo de uma vez só.

Por isso, depois que converso com Aiden e tento tranquilizá-lo quanto ao encontro, sento à minha escrivaninha para revisar a lista com as opções de onde posso conseguir mais informações sobre a antiga Dama Desconhecida:

1) Palacete – se as minhas suspeitas estiverem corretas, dado o quadro intimista, e Chrysanthème teve algum envolvimento romântico com meu antepassado, com certeza haverá informações por lá.

2) Palácio – A biblioteca não revelou muita coisa, mas, contando com o fato de que Chrys era dama de companhia da rainha, com certeza há vestígios dela no palácio. Ela não deve ter levado tudo quando partiu. Quem entra lá, sempre deixa algo. O problema está em tentar descobrir onde eram seus aposentos naquele lugar enorme e, é claro, passar pela minha madrinha e a governanta Wang sem revelar muito.

3) Museu de Dominique – Já visitei todas as alas e li tantos jornais velhos que estou craque no período do reinado de Yiran I e arrasaria no vestibular. No entanto, Chrysanthème não parecia relevante o suficiente para aparecer nem em colunas de fofocas. Se ela realmente se envolveu com o príncipe, ninguém nunca descobriu.

4) Aureum College – Já revisitei boa parte do acervo e continuo sem grandes informações. Isso talvez se dê pelo fato de que a faculdade só surgiu vários anos após a passagem da dama de companhia por Orion.

5) Mansão Feng – Sendo Chrysanthème dama de companhia de Rosemary, deve haver algo por lá.

Eu estou pondo boa parte da minha fé no quinto elemento da lista quando saio do quarto para procurar Cepheus e Ren pela casa, os quais encontro jogando cartas na sala de jantar, com direito a aposta de dinheiro e tudo.

"Olha só quem saiu da toca, se não foi a minha irmã favorita", Ren me lança um sorriso zombeteiro.

"Isso não é lá grande coisa quando sou a sua única irmã", rebato, logo me voltando a quem realmente me interessa no momento: "Desculpe atrapalhar, mas será que posso te fazer uma pergunta ou duas? É sobre os Feng".

É claro que a minha curiosidade repentina na sua família pouco benquista pelos Greenhunter deixaria Cepheus curioso. O meu cunhado me olha em silêncio por um momento, talvez se perguntando se ouviu certo, coloca as cartas viradas para baixo sobre o tampo da mesa e então sorri:

SOBRE A REALEZA E PAIXÕES ACIDENTAIS - ATO I Onde histórias criam vida. Descubra agora