PARTE UM:
Sobrinha do rei de Orion, Antonella Lawrence cresceu sob rédeas tão curtas quanto as de qualquer membro da família real Greenhunter. Apesar de a possibilidade de sua ascensão para uma posição mais alta na linha de susceção ser baixa, ela n...
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"Eu s-sabia que era uma péssima ideia. A ág-gua t-tá um ge-ee-lo", Antonella fala ao me alcançar, por entre dentes trincados de frio.
Apesar de concordar com ela, apenas a critério de provocação, abro meu sorriso característico e a puxo para junto de mim com um braço, enlaçando sua cintura.
"Mas tudo entre nós sempre pode esquentar, Princesa".
Ela me lança um olhar intenso de pura contrariedade, mas que vai perdendo a força conforme aproximo meu rosto do seu até estarmos a centímetros um do outro.
"Você não acha?" Sussurro, ainda a provocando.
Ela arqueia uma sobrancelha e franze os lábios, zangada.
"Se não vai me beijar, então pare de...".
Não a deixo terminar, pois a calo com meus lábios frios se chocando contra os seus em uma mistura sólida de sal do mar, que domina minha boca quando sua língua se entrelaça com a minha.
Não é o primeiro beijo da noite, mas, com certeza, é o mais intenso. Apesar de ter sido uma brincadeira, sinto como se realmente esquentássemos o ambiente, pois esqueço completamente da água gelada enquanto nos beijamos. Principalmente depois que Antonella pega impulso e enrosca suas pernas ao redor da minha cintura enquanto a seguro pela bunda.
O beijo se aprofunda. Mesmo quando temos de parar para recuperar o fôlego, nossos lábios voltam a se encontrar e, aos poucos, beijá-la começa a parecer pouco.
Eu estou pegando fogo e, com isso, minha razão está se tornando cinzas. Não fosse pela água gelada, tenho certeza que o meu...
"É, não dá mais", Antonella se afasta de repente, lançando-me um olhar apagado de frustração. "Se continuarmos aqui, vou congelar. Não importa o quão bom esteja sendo beijá-lo".
Rápido assim, o clima vai embora quando ela se solta de mim e me faz sentir um tremendo estúpido por ter achado que era boa ideia entrarmos no mar em uma madrugada de outono.
"Tudo bem, vamos sair".
A Princesa segura minha mão e saímos do mar aos pulos, alcançando a areia e o lugar onde deixamos nossas roupas.
Eu coloco minha camisa e a calça, mas Antonella apenas veste minha jaqueta e, juro pelos Ancestrais, é a melhor visão de toda essa noite.
"O que foi?" Ela me pega a olhando e acaba desconfiada.
Eu apenas dou de ombros, aproximando-me como quem não quer nada ao enlaça-la pela cintura outra vez.
"Eu só estava pensando no quanto você é linda".
Não fico surpreso quando ela cora, porque não existe nada mais Antonella do que bochechas rubras de vergonha, seguidas de um olhar desviado para os próprios pés.