38. VOCÊ LIGOU PARA O AID

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Acho que a visão de acordar com uma ressaca e encontrar um lindo homem da realeza lhe preparando café da manhã é de deixar muitas garotas acreditando que Contos de Fadas existem

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Acho que a visão de acordar com uma ressaca e encontrar um lindo homem da realeza lhe preparando café da manhã é de deixar muitas garotas acreditando que Contos de Fadas existem. Uma pena que, ao olhar para o lindo homem em questão, eu não sinto nada além de gratidão e vontade de rir pelo avental de florezinhas que ele está usando.

"Bom dia, lorde David da Casa Durkheim", decido avisá-lo da minha presença na cozinha com uma reverência floreada.

Meu amigo arruma os óculos sobre o nariz e arrisca um sorriso enquanto me olha tomar um lugar no balcão.

"Bom dia, Lady Lawrence da Casa Greenhunter", ele coloca uma caneca com café puro na minha frente e uma cartela de comprimidos para dor de cabeça, como se pudesse ler a minha mente.

"Obrigada, Dave", sorrio para ele.

"Não há de quê", meu amigo apenas dá de ombros e volta a pegar suprimentos para o café da manhã, os quais vai colocando sobre o balcão.

Enquanto o observo após tomar o comprimido com um gole de café, é inevitável não pensar no quanto tudo seria mais fácil se gostássemos um do outro ao invés de pessoas tão complicadas. Por mais que David, às vezes, me tire do sério, é perceptível o quanto nós nos damos bem. Eu poderia facilmente me acostumar com ser acordada para o café da manhã preparado por ele após uma noite de vinho, queijo e fofoca...

"Uma pena que nós não estamos apaixonados".

"Hum?" David acaba ouvindo e me olha com uma expressão que é pura confusão.

Eu sinto minhas bochechas esquentando.

"Nada!".

Ele não parece acreditar nisso, mas é da sua natureza não forçar a barra, então David só assente e diz:

"Vou tomar banho, então. Fique à vontade".

Observo-o retirar o avental de florezinhas, que ele coloca em um suporte na pia. Depois, David sai de detrás do balcão para ir até seus aposentos, deixando-me sozinha.

"Certo".

Enquanto mordisco uma torrada, pego o celular dentro do bolso interno da jaqueta, a qual larguei no banco ontem após dispensar Xavier e os seguranças.

Há algumas mensagens de Gina demonstrando preocupação por eu não ter voltado ontem, mas não são elas que me deixam de cabelo em pé e sim as diversas chamadas perdidas de Aiden Kannenberg, totalizando cinquenta e quatro.

Por que diabos ele me telefonaria cinquenta e quatro vezes ao longo da noite?

Eu não consigo pensar em nenhum motivo para isso, o que me leva a tentar retornar a chamada para entender, mas agora é Aiden quem não me atende.

"Será que ele está na Starry Night?" É o único lugar em que consigo pensar em encontrá-lo, já que não faço a menor ideia de onde é sua atual residência.

SOBRE A REALEZA E PAIXÕES ACIDENTAIS - ATO I Onde histórias criam vida. Descubra agora