Capítulo 05 - O Adeus

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Publicado em: 25/02/2023

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Na manhã seguinte os dois jovens foram acordados pelas enfermeiras, que sorriram ao ver os dois compartilhando a maca. E, pelas marcas de lágrimas aparentes no rosto do menor, elas compreenderam que ele já havia recebido a notícia sobre o falecimento da avó no acidente. As mulheres ficaram comovidas quando conheceram, na noite anterior, o histórico do menino, relatado pelo rapaz que o acompanhava que se colocou como responsável pelo menor. Elas estavam aliviadas que aquele anjinho encontrasse uma boa alma disposta a ajudá-lo em um momento tão difícil em sua vida. Gentilmente, elas pediram licença a Win, que prontamente se afastou para que pudessem medicar e verificar os sinais vitais de Team.

Win aproveitou a presença delas para ir ao banheiro se higienizar e, quando voltou as enfermeiras já estavam terminando. O jovem se encostou no batente da janela e, ficou vendo a forma cuidadosa que cuidavam do menino, enquanto tentavam ter uma conversa amável com ele. Mas Team agora não era nem a sombra do garoto radiante que Win conheceu, o que entristeceu seu coração e, o fez jurar em sua mente que traria de volta o sorriso naquele rosto, da mesma forma que o Nong e sua avó fizeram com ele. Os olhos opacos da criança buscaram o de Win, assim que as enfermeiras saíram informando que logo o médico viria vê-lo para lhe dar alta, o pequeno estava assustado e com a cabeça tentando ser funcional brigando com o coração que só queria sentir sua perda.

- Hia... Eu preciso ver a vovó... as coisas para ... - Team com uma voz suave e quebrada tentou se fazer entender enquanto lutava contra as lágrimas.

- Fique tranquilo... - Win disse se aproximando dele, ele sabia por experiência própria o que era o raciocínio x a emoção. - Eu tomei a liberdade de pedir a pessoas de minha confiança para cuidar da liberação e os demais assuntos... - O loiro, também, tinha a dificuldade de aceitar a partida brutal da boa senhora. - Você só precisa decidir se quer fazer o enterro ou cremação e, se quer aqui ou levá-la para Ubon. - Win informou segurando a mão trêmula do Nong.

- Obrigado Hia! - Team tento um sorriso fraco, perdoável pela situação. - Vovó queria ser enterrada, mas apesar vivermos sempre em Ubon ela não tinha apego... sempre sonhou em sair de lá, então acho que gostaria de ser enterrada aqui. - Ele ponderou com algumas lágrimas e Win apenas acenou afirmativo. - Nós temos algumas reservas... eu preciso ver se consigo acessar... - Ele franziu a testa tentando pensar.

- Não se preocupe com isso N'Team , vou lidar com isso. - Win apertou a mão dele com uma mão e, com a outra esfregava as costa dele para acalma-lo.

- Mas Hia... - Team queria dizer que Win não tinha obrigação disso e, que como neto e único parente ele tinha a obrigação, mas o sênior o cortou.

- Não há mas, N'Team! - Win interrompeu o menino. - Antes de partir ... ela me aceitou como neto, sou seu irmão mais velho agora, então é minha obrigação cuidar de tudo. -O jovem afirmou. - Deixe-me cuidar da minha nova família, Nah?- Ele disse com o coração em pulos.

- Humm... - Team concordou com o coração se movendo da mesma forma, agradecia o imenso carinho do mais velho.

Depois de chorarem um pouco mais, em um forte abraço, os dois jovens se acalmaram e, Team se acomodou na maca com seus pensamentos longínquos enquanto Win pegou o telefone quebrado para passar a decisão do Nong sobre o sepultamento para seus amigos, aproveitar para dar notícias de sua melhora dentro do possível e, a previsão de alta. Logo chegou o café da manhã e, Win teve que brigar um pouco para que o pequeno se alimentasse. O jovem loiro, incrivelmente, se lembrou de todos os argumentos utilizados por sua governanta para persuadi-lo, quando ele estava no lugar do Nong. Algumas horas depois o médico veio verificar Team e, como estava tudo bem na parte física, o profissional orientou sobre a possibilidade de um acompanhamento psicólogo para ajudar a passar pelo período de luto, os cuidados com os ferimentos e, liberou o menino.

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