Coisas da Vida

Capítulo 22 - Iremos nos Proteger

Publicado em: 24/05/2023

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Assim que Mork entrou no escritório e, começou a ser sabatinado pelos policiais, para depois traçarem as estratégias de cuidar da segurança do jovem Noppanut, o pequeno Team escapuliu para fora da sala, ele estava se sentindo sufocado naquele ambiente. O Nong andou meio sem rumo com a mente nublada, acabando por parar em frente ao jardim, onde, automaticamente, começou a limpar as plantas na tentativa de acalmar sua alma. Mas nada conseguia tirar a sombra que crescia em seu coração e, quando suas mãos começaram a tremer Team acabou se espetando em alguns espinhos, fazendo as gotas de sangue brilharem em sua pele branca. Inerte, o Nong observava seu sangue acumular em seu dedo, foi quando sentiu sua mão ser puxada e, o dedo sangrento ser levado a boca.

- Hia... - A voz quebrada de Team tinha um misto de tristeza e aflição, enquanto olhava as ações do loiro a sua frente.

- Se você vai ficar se machucando, não vou mais deixa-lo cuidar do jardim. - Win advertiu brincando quando tirou o dedo do Nong de sua boca.

- Eu... eu... não vou... - Team tentava ser coerente, articular as palavras, mas o choro, que ele nem sabia que estava prendendo, se rompeu e, rapidamente Win o tomou em seus braços.

- Ei... ei... não fique assim... - Win confortava o menor acariciando suas costas.

- Hia... Eu não quero ficar sozinho... - Team balbuciou de encontro a camisa de Win.

- Você não vai, N'Team! Eu estou aqui com você! - Win falou com firmeza.

- Mas se algo acontecer? - Team estava temeroso. - Todos se foram e, me deixaram para trás... Você não pode ir também... por favor... - O menino implorou agarrando forte a gola da camisa do sênior.

- Eu não vou a lugar nenhum, não vou te deixar aqui. - Win se afastou um pouco para olhar o Nong nos olhos. - Confie em mim! - Ele pediu secando os olhos do pequeno.

- Eu... estou com medo, Hia... - Team confessou voltando a enterrar o seu rosto no peito do mais velho.

- Eu sei... - Win suspirou beijando a cabeça do pequeno. - Mas nós vamos ficar juntos, ok? Os policiais vão descobrir o que está acontecendo e Mork vai nos proteger... Vamos ficar bem! - Ele falou tentando parecer 100% convicto daquilo.

Do outro lado, Sun e Mork, se despediam dos policiais, depois de terem discutido sobre qual a melhor forma de garantir a segurança do jovem Noppanut e, consequentemente todos que o cercam, tendo em vista o que ocorreu no acidente de Trem. Quando os dois viraram para o jardins viram aquela cena tão tocante, do caloroso abraço dos mais jovens era notável os sentimentos que brotavam ali e, Sun ficou preocupado com o rumo que a vida dos dois iria tomar com a pressão do que já sofreram e, essa nova tensão. Apesar de ser um simples funcionário, Sun sempre teve o pequeno Win como um irmão menor e, a imensa gratidão que tem pela família Noppanut, o movia a querer sempre o melhor para eles, então, se sentir impotente sobre os novos acontecimentos lhe partia o coração.

- Não se preocupe! - Mork disse suavemente enquanto pegava a mão de Sun na sua. - Vou cuidar deles, confie em mim. - Ele pediu com um pequeno sorriso.

- Humm... Mas prometa que, também, irá se proteger, Nah? - Sun voltou o olhar doce para o rapaz ao seu lado. - Não quero que nada aconteça com nenhum de vocês. - Afirmou o CEO interino.

- Isso pode ser negociado durante um jantar... Que tal amanhã as 20h? - Mork jogou rápido com olhos melosos .

- Isso seria uma chantagem, Sr. Mork? - Sun se fingiu de indignado, para encobrir sua surpresa.

- De maneira alguma... É somente um encontro! - Mork foi direto deixando o mais velho de boca aberta. - Isso é um sim? - O jovem pressionou com um sorriso malicioso.

- Ok... - Sun respondeu sem jeito, mas firme. - Te envio o endereço! - Ele sorriu tentando reestabelecer seus batimentos cardíacos.

- Vou aguardar ansioso! - Mork gracejou o acompanhando até o carro para lhe abrir a porta. - Nos vemos amanhã! - Atrevidamente Mork beijou a bochecha de Sun, quando este já estava sentado atrás do volante.

- Sim... Até amanhã então... - Sun não deixou de sorrir ao se despedir do jovem segurança.

Assim que o carro de Sun saiu da propriedade, Mork reassumiu seu lado sério e profissional, reunindo os seguranças para repassar as modificações que fariam em sua forma de trabalho e, depois se reunir com os demais funcionários da casa para passar as orientações necessárias, ele cercaria todos os detalhes, para que nada acontecesse com aquela adorável família. E, os pequenos perdidos em pensamentos na beira do jardim, continuavam com seus corações agitados, mas Win não queria ver seu pequeno sofrer com antecedência e o arrastou para o seu quarto, onde se acomodaram na cama com a desculpa de assistirem um bom filme para se distrair. O mais velho mostrou a Team seu esconderijo de guloseimas e, para a surpresa do menor lá continha um pacote de suas batatas favoritas.

Quando o Sr. Nakano chegou a mansão foi logo colocado a par de todos os recentes acontecimentos pela governanta que, também, estava um pouco assustada e temendo pela vida de seu menino. Nakano, rapidamente, largou sua pasta no quarto e foi até o do seu afilhado para verifica-lo. Como havia somente um som baixo de televisão, o homem abriu lentamente a porta para espiar dentro e, como esperava suas crianças estavam juntas. Com ternura nos olhos, Nakano se aproximou, vendo Team adormecido, com os braços em volta da cintura do outro, enquanto Win estava sentado verificando seu telefone, mesmo sem deixar a outra mão parar de acariciar a densa cabeleireira recostada ao seu lado. O loiro levantou os olhos para encarar o intruso.

- Ele estava com medo... - Win sussurrou como desculpa.

- Entendo... todos estamos, com isso tudo... - Nakano sussurrou de volta, compreensivo.

- Mas nada vai acontecer, certo? - Win questionou largando o celular de lado. - Ele não merece perder mais ninguém... - O loiro mirou o pequeno aconchegado nele com os olhos marejados.

- Nenhum de nós merece... Então faremos o nosso melhor para manter a segurança de todos! - Nakano respondeu se sentando ao lado de Win e, o abraçando pela lateral. - Vocês vão ficar bem, eu prometo. - Ele seguiu o exemplo de Win e acariciou o cabelo de Team, de alguma forma seu coração acolheu o moreno como se fosse seu e, estava de verdade preocupado com a saúde física e mental de suas crianças.

- Obrigado por estar aqui! - Win agradeceu sincero pelo apoio do padrinho.

- Sempre estarei aqui para vocês dois! - Nakano afagou a cabeça do afilhado e se acomodou mais sobre a cama e os dois ficaram ali conversando baixinho para não incomodar o pequeno que dormia profundamente.