Capítulo 37 - E, Então?!

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Publicado em: 02/11/2023

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Team subiu as escadas e foi direto  tomar um banho, se arrumou para dormir, mas não conseguiu pegar no sono,  a pergunta de seu tutor ficou ecoando em sua cabeça. O pequeno tentava raciocinar a questão, Sinee era a namorada de seu Phi antes dele chegar na cidade e, talvez ainda seria se eles não tivessem se conhecido naquele terrível dia, já que o fruto do rompimento do casal fora o desentendimento da garota com ele. E, se ela chegou ao status de namorada do seu sênior, ela deveria ter algo de bom que fez Win se encantar, além dela ser sobrinha  do Nakano, que tinha um coração muito bom, o que na teoria deveria ser um traço de família, então, não seria nada estranho se, Sinee e Win, retomassem o namoro, após resolverem suas desavenças. Mas porque aquilo o incomodava?

O menino não queria levar em consideração as opiniões tendenciosas de Jao ou de Manaow sobre o caráter de Sinee, tão pouco, as próprias impressões causadas por seus poucos encontros com a garota, que ocorreram sobre tensões muito fortes, afinal, ele era o “forasteiro” que poderia ser uma grande ameaça para a vida de um jovem rico como Win. Ele não tirava a razão dela de duvidar da sua aparição na vida deles, apesar de discordar do método, pois ela, realmente, o assustou na época. Team preferia acreditar que os acontecimentos que atropelaram suas vidas foram o estopim para desencadear toda a confusão e, que tudo iria se arrumar, deixando todos bem... No entanto, não sabia se esse “bem” se tratava de ver Sinee novamente ao lado de Win.

Aqueles pensamentos estavam inquietando ainda mais o Nong, fazendo seu estômago revirar. Ele esticou a mão até a cabeceira e, pegou o porta retrato com a foto dele com sua avó e sua mãe, na tentativa de se confortar, seria a elas que recorreria em um momento como aquele, para receber conselhos e carinho. “-Tudo era tão mais fácil com vocês ao meu lado... sinto tanto a falta de vocês...” – Team pensou com um longo suspiro, enquanto acariciava a imagem a sua frente. Foi naquele exato momento que Win abriu a porta para verifica-lo. O loiro empurrou a porta lentamente, para não acordar o Nong, mas quando espiou dentro do quarto e, viu o menino sentado na cama com o retrato no colo, Win logo entrou preocupado.

- Não consegue dormir? – Win questionou indo se sentar ao lado do menino na cama. – Sente algo? – Ele perguntou ansioso.

- Está tudo bem,  Hia! – Team o tranquilizou com um sorriso.  – Só  estou sem sono. – Ele amenizou, não iria se constranger contando o que o incomodava.

- Quer um chá ou algo? – Win perguntou gentilmente, enquanto olhava para o rosto carregado de preocupação.

- Não precisa... Já, já o sono vem... – Team falou com esperança, colocando o porta retrato de volta no lugar.

- N’Team, você sabe que pode falar comigo qualquer coisa!? – Win pressionou um pouco, bagunçando o cabelo  do Nong.

- Sim, eu sei, Hia! – Team deu um pequeno sorriso concordando. – Mas realmente não é nada! – O pequeno manteve o argumento.

- Ok... – Win entendeu que o pequeno não queria falar naquele momento e, achou melhor não força-lo. – Então, o Nong queira me responder uma outra coisa?! – O sênior olhou cuidadosamente para o menino que se agitou preocupado. – O quê você quer de presente de aniversário? – O loiro questionou, prendendo o riso do alívio que viu estampado na face do menor.

- Hia já me dá muito, não preciso de nada mais. – Team falou com sinceridade.

- Mas eu quero! – Win deu um olhar amoroso ao seu protegido, sem resistir a vontade de lhe apertar as bochechas fofas. – Que tal, após a sua festa eu te levar a uma viagem?! Podemos passar o final de semana em um resort beira mar . – Ele propôs, depois da conversa com o padrinho, o rapaz resolveu mudar de tática.

- Jura, Hia!? – Team ficou muito animado. – Podemos cancelar a festa  e, apenas ir! – Ele tentou.

- Você não estará fugindo disto! – Win declarou divertido. – Seus amigos me matariam, certeza! – Ele riu só de pensar na fúria dos Nongs.

- Não me culpe por tentar! – Team levantou os ombros e fez beicinho.

- Nah... Vai ser uma festa legal, o Nong vai ver! – Win prometeu. – Agora vá dormir! – Ele aconselhou, beijou de leve a testa do Nong e, saiu.

Na manhã seguinte, em um apartamento no subúrbio de Bangkok, Sinee é despertada por um delicioso aroma jamais sentido por ela, que  fez seu estômago  obriga-la a se sentar depressa na cama. A menina, não precisava se olhar no espelho, para saber que estava uma grande bagunça, ela sentia seus olhos inchados de tanto chorar na noite anterior, assim como sua garganta estava dolorida. Mas curiosamente, depois de cair em um sono profundo por exaustão, a garota acordou se sentindo mais leve, parecia que toda aquela autopiedade e desespero provocaram uma grande reflexão sobre o rumo que sua vida deveria seguir. Ainda um pouco receosa e desconfortável, ela saiu do quarto, para se deparar com sua anfitriã arrumando a mesa do café, enquanto cantava e dançava  em sua trajetória da cozinha para sala e vice-versa.

- Oh... Sawadee! Desculpe me se te acordei... – Kauhanda saudou a visitante. – É  que estou acostumada a ser só eu e, gosto de animar o dia. – Ela explicou um pouco sem jeito por ter sidi pega.

- Sawadee, Phi! – Sinee respondeu com um pequeno sorriso, aquilo era algo que realmente ela nunca tinha vivenciado. – Na verdade foi o cheiro que me acordou. – A menina confessou.

- Então se apresse a sentar e se servir! – Kauhanda convidou, já se acomodando em seu lugar. – Depois que acabarmos aqui... você se arruma e, te deixo aonde quiser... -  Ela ofereceu uma boa saída para a garota.

- Na verdade, Phi... – Sinee mordeu os lábios buscando coragem para falar. – Ahn... Eu queria pedir desculpas pela minha reação de ontem e, gostaria de tentar recomeçar se P’Kauhanda estiver de acordo... – Ela disse por fim, com olhos esperançosos.

- Claro que estou bem com isso, N’Sinee! – Kauhanda sorriu para a menina. – Sei que poderemos nos dar bem juntas. – Ela garantiu com um grande sorriso acolhedor.

E, as duas jovens tomaram o café da manhã, para logo depois Sinee ter a primeira lição em seu novo estilo de vida: tirar a mesa e lavar a louça. Kauhanda foi bem paciente, mas firme já que todas as tarefas seriam divididas entre as duas, prometendo ensinar para a mais nova todas as obrigações.

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